Total de visualizações de página

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Síndrome do Pânico

       O transtorno do pânico ou síndrome do pânico é uma condição mental que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental.
       Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las.
       Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente. Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível" e a reação natural é acionar os mecanismos de fuga, diante do perigo e o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir — em detrimento de outras partes do corpo.
       Os sintomas são desencadeados a partir da liberação de adrenalina frente a um estímulo considerado como potencialmente perigoso,  a adrenalina provoca alterações fisiológicas que preparam o indivíduo para o enfrentamento desse perigo: aumento da frequência cardíaca e respiratória, a fim de melhor oxigenação muscular e o aumento da frequência respiratória (hiperventilação) este é o principal motivo do surgimento dos sintomas. Durante a hiperventilação, o organismo excreta uma quantidade acima do normal de gás carbônico.       Este, apesar de ser um excreta do organismo, exerce função fundamental no controle do equilíbrio ácido-básico do sangue. Quando ocorre diminuição do gás carbônico ocorre também um aumento no pH sanguíneo (alcalose metabólica) e, consequente a isso, uma maior afinidade da albumina plasmática pelo cálcio circulante, o que irá se traduzir clinicamente por uma hipocalcemia relativa (por redução na fração livre do cálcio). 
Os sintomas dessa hipocalcemia são sentidos em todo o organismo:

- Sistema Nervoso Central: ocorre vasoconstrição arterial que se traduz em vertigem, escurecimento da visão, sensação de desmaio.

- Sistema Nervoso Periférico: ocorre dificuldade na transmissão dos estímulos pelos nervos sensitivos, ocasionando parestesias (formigamentos) que possuem uma característica própria: são centrípetos, ou seja, da periferia para o centro do corpo. O indivíduo se queixa de formigamento que acomete as pontas dos dedos e se estende para o braço (em luva, nas mãos; em bota, nos pés), adormecimento da região que compreende o nariz e ao redor da boca (característico do quadro).

- Musculatura Esquelética: a hipocalcemia causa aumento da excitabilidade muscular crescente que se traduz inicialmente por tremores de extremidades, seguido de espasmos musculares (contrações de pequenos grupos musculares: tremores nas pálpebras, pescoço, tórax e braços) e chegando até a tetania (contração muscular persistente). Em relação à tetania, é comum a queixa de dificuldade para abertura dos olhos (contratura do músculo orbicular dos olhos), dor torácica alta (contratura da porção superior do esôfago), sensação de aperto na garganta (contração da musculatura da hipofaringe, notadamente do cricofaringeo), de abertura da boca (contratura do masseter e de músculos faciais - sinal de Chvostec), e contratura das mãos (mão de parteiro - sinal de Trousseau). São muito frequentes as cãimbras.
      Adicionalmente, a hiperventilação é realizada através de respiração bucal, o que traz duas consequências diretas: o ressecamento da boca (boca seca) e falta de ar (ocasionada pela não estimulação dos nervos sensitivos intranasais).
     Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos cardíacos, experiências psicológicas como medo incontrolável etc.). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico. Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema ansiedade, conhecidos como ataques de pânico. Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente, diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas (como vergonha, estigma social, ostracismo etc.). Como resultado disso, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem agorafobia.
      O sistema de "alerta" normal do organismo — o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça — tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno.         Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar.O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc).           Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.
      O transtorno do pânico é um sério problema de saúde, mas pode ser tratado. Geralmente ele é disparado em jovens adultos, cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre com mais freqüência dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens. O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico.
      Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existem também algumas evidências de que muitos indivíduos, especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens, podem parar de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois dos 50 anos). É importante, entretanto, não alterar qualquer tratamento ou medicação em andamento sem um acompanhamento médico especializado.
      Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento. 
      O transtorno do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado. Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, este pode ser confundido com alguma outra doença. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. As pessoas freqüentemente vão às salas de emergência quando estão tendo ataques de pânico e muitos exames podem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade.
       O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos e psicoterapia. O uso de uma nova técnica denominada estimulação magnética transcraniana repetitiva também vem sendo indicado.
       Como os sintomas orgânicos principais são secundários à queda dos níveis plasmáticos de cálcio secundários à hiperventilação, uma técnica simples pode ser utilizada para controle rápido do mal estar: a reinalação de gás carbônico; isso se consegue pela respiração em um saco plástico ou de papel, o que ocasiona o aumento desse gás no sangue, a reversão da alcalose e a liberação do cálcio ligado à albumina. A melhora dos sintomas é rápida e ocorre em cerca de dois a três minutos. Não se deve esquecer de realizar a troca periódica do ar dentro do saco (para que não exista queda acentuada do oxigênio!). A tontura ou sensação de "cabeça vazia" pode demorar algumas horas ou até dois dias para normalização.
     O aprendizado de que o controle dos sintomas pode ser feito através do controle da respiração ajuda em muito no tratamento a longo prazo da Síndrome do Pânico.
     Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, conselheiros de saúde mental, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico, o indivíduo deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra). A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. Em áreas remotas, onde um profissional especializado não está disponível, um médico de família pode se responsabilizar pelo tratamento. O psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamentos e deve ser o profissional escolhido caso haja disponibilidade.
     Medicamentos ou técnicas modernas podem ser utilizadas para quebrar a conexão psicológica entre uma fobia específica e os ataques de pânico.

Tratamentos empregados incluem:

- Antidepressivos: tomados regularmente para constituir uma resistência à ocorrência dos sintomas. Embora tais medicamentos sejam descritos como "antidepressivos", o seu mecanismo de ação, voltado para inibição da recaptação de serotonina, é apontado para o efeito antipânico. Muitos indivíduos com o transtorno do pânico não apresentam os sintomas clássicos da depressão e podem achar que os medicamentos foram prescritos erroneamente, por isso é importante a orientação do médico ao prescrever, assim como a combinação com a psicoterapia. Classes de antidepressivos comumente utilizados: 
ISRS
IMAO
- Ansiolíticos (benzodiazepínicos): ministrados durante um episódio de ataque de pânico, não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam freqüentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem viciar. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.
Estimulação magnética transcraniana repetitiva: é uma técnica indolor que atinge o cérebro de maneira não invasiva, usada desde 1985 em neurologia e desde 1997 no campo da psiquiatria, que pode beneficiar pacientes refratários, ou seja, nos quais diversas combinações de medicamentos não foram eficazes.
 
Cura e controle

    A exposição múltipla e cautelosa ao elemento fóbico (associado à doença) sem causar ataques de pânico (graças à medicação) pode quebrar o padrão fobia-pânico, possibilitando ao indivíduo posteriormente conviver com a fobia sem necessitar de medicação. Entretanto, fobias menores que se desenvolvem como resultado dos ataques de pânico podem ser eliminadas sem medicação por meio de psicoterapia ou simplesmente pela exposição.
    Geralmente a combinação da psicoterapia com medicamentos produz bons resultados. Alguns avanços podem ser notados num período de seis a oito semanas. Muitas vezes, a busca pela combinação correta de medicamentos (e mesmo de um médico com o qual o indivíduo se sinta confortável) pode levar algum tempo. Assim, um tratamento apropriado acompanhado por um profissional experiente pode prevenir o ataque de pânico ou ao menos reduzir substancialmente sua freqüência e severidade, significando a recuperação e ressocialização do paciente (se for o caso). Recaídas podem ocorrer, mas geralmente são tratadas com eficácia da mesma forma que o primeiro episódio.
     Em adição, pessoas com transtorno do pânico podem precisar de tratamento para outros problemas emocionais. A depressão geralmente está associada ao transtorno do pânico, assim como pode haver alcoolismo e uso de outras drogas. Pesquisas sugerem que tentativas de suicídio são mais freqüentes em indivíduos com transtorno do pânico, embora tais pesquisas ainda sejam bastante controversas.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Curiosidade: Brooke Greenberg: a menina que continua um bebê com 16 anos de idade

     A menina da foto chama-se Brooke Greenberg e têm 16 anos, isso mesmo, a garota americana possui um mal que não lhe permite que se desenvolva tanto fisicamente, quanto mentalmente e também não fala, não consegue se locomover sózinha e possui os mesmos dentes de quando era, de fato, um bebê - dentes de leite.        
      Sua idade óssea é estimada em 10 anos e apesar de todas as dificuldades, Brooke frequenta uma escola para crianças com necessidades especiais. A garota nunca foi diagnosticada como portadora de alguma anomalia cromossômica, e mesmo com um estudo do seu DNA, ainda é um mistério o motivo pelo qual ela continua a ter a aparência de uma criança, mesmo sendo uma adolescente que tem desejos, vontades e interesses que todo adolescente tem.



com 8 anos

com 12 anos
com a irmã caçula
com 10 anos

16 anos

com as irmãs mais novas, pois ela é a mais velha
 
com 7 anos


No ceará tem um caso ainda mais surpreendente de 
uma mulher de 28 anos com a aparência de um bebê de 9 meses.


O problema dessa menina é relacionado a uma deficiência na tireóide, pois está não produz o hormônio relacionado ao crescimento, e a ausência desse hormônio também afeta o intelecto, além do motor, comunicação e as fases de desenvolvimento.


domingo, 10 de julho de 2011

Terapia Ocupacional no hospital infantil muda rotina de pacientes

       Amenizar o ambiente hospitalar, facilitar a recuperação das crianças, diminuir o tempo de internação e quebrar o ócio dos pacientes enquanto permanece na unidade hospitalar. Essas são algumas das atribuições do profissional de Terapia Ocupacional.
  A Terapia Ocupacional começou primeiramente na brinquedoteca, espaço reservado para que as crianças internadas na pediatria pudessem mudar a sua rotina e onde são realizadas atividades lúdicas /educacionais todos os dias. E isso, dá ótimos resultados, pois isso alegra e é uma forma rápida de recuperação de crianças com o apoio de uma equipe multidisciplinar. Quando chegam crianças que só ficam deitadas na cama, não ficam de pé pois têm medo de andar, com as atividades terapêuticas ocupacionais na brinquedoteca elas vão perdendo o medo, pois vão se desenvolvendo e saem do hospital caminhando normalmente.
    Também existem casos de crianças maiores, com + ou - 12 anos, que não conseguem montar um quebra-cabeça e nós Terapeutas Ocupacionais trabalhamos a sua coordenação motora, e assim estimulada ela passa a conseguir realizar essa atividade. Os trabalhos da T.O também acontecem nos leitos, quando as crianças não podem se deslocar até a brinquedoteca que fica exclusiva para atividades lúdicas sem que ocorram intervenções médicas.
    Além das crianças, os acompanhantes e /ou familiares também são estimulados a participar das atividades, interagindo com elas. 

sábado, 9 de julho de 2011

Hidrocefalia & Terapia Ocupacional

        A Hidrocefalia, também conhecida vulgarmente como "água na cabeça", é uma condição na qual há líquido cérebro-espinhal (líqüor) em excesso ao redor do cérebro e da medula espinhal. O líquido cérebro-espinhal atua como uma almofada para o cérebro e a medula espinhal, suprindo de nutrientes e eliminando escórias (produtos degradados).
       E pode estar presente ao nascimento (congênita) ou pode desenvolver depois (adquirida). 

Hidrocefalia Congênita está presente ao nascimento, embora possa passarr desapercebida por anos. Ela se forma quando o cérebro e as estruturas vizinhas se desenvolvem de forma anormal. A causa exata é normalmente desconhecida, mas pode incluir causas genéticas e certas infecções durante a gravidez. 

   •   Hidrocefalia Adquirida resulta de traumas ou doenças que acontecem durante ou depois do nascimento, incluindo infecções no cérebro e na coluna vertebral (meningites), sangramento de vasos sanguíneos no cérebro, trauma de crânio, ou tumores e cistos cerebrais. A Hidrocefalia pode acontecer mesmo quando não há nenhum trauma ou doença conhecidos para causá-la. 

     A Hidrocefalia pode ser classificada de acordo com sua causa: 

Hidrocefalia Obstrutiva (não-comunicante) causada por um bloqueio no sistema dos ventrículos do cérebro. O bloqueio impede que o líquido cérebro-espinhal flua pelas áreas que cercam o cérebro e a medula espinhal (espaço subaracnóideo), como deve ocorrer regularmente. A obstrução pode estar presente ao nascimento ou pode acontecer depois. Um dos tipos mais comuns é a estenose do aqueduto, que acontece por causa de um estreitamento do aqueduto de Sylvius, um canal que conecta dois dos ventrículos cerebrais (cavidades dentro do cérebro). 

 • Hidrocefalia Não-obstrutiva (comunicante)
resultado de problemas com a produção do líquido cérebro-espinhal ou de sua absorção. Um das causas mais comuns é o sangramento no espaço subaracnóideo. A Hidrocefalia Comunicante pode estar presente ao nascimento ou podem acontecer depois.

     Outro tipo de Hidrocefalia, a chamada Hidrocefalia de Pressão Normal é um tipo adquirido de hidrocefalia comunicante no qual os ventrículos estão aumentados, mas não estão sob alta pressão. A hidrocefalia de pressão normal é vista em adultos mais idosos. Pode ser o resultado de trauma ou doença, mas na maioria dos casos a causa é desconhecida. Crianças prematuras, nascidas antes de 34 semanas, ou pesando menos que 2,5 Kg têm um risco alto dos vasos sanguíneos sangrarem no cérebro. A hemorragia grave pode conduzir à Hidrocefalia Adquirida, comunicante ou não, dependendo do local e da extensão da hemorragia. 
       Quadro Clínico: Os sintomas mais comuns variam, dependendo da idade de
 aparecimento, em crianças, os sintomas incluem: cabeça grande que cresce rapidamente; dilatação macia e "inchada" em cima da cabeça (fontanela anterior dilatada); Irritabilidade; ataques epiléticos; retardo no desenvolvimento físico e mental. Em crianças mais velhas e em adultos, os sintomas incluem: dor de cabeça; dificuldade para caminhar; perda das habilidades físicas; mudança de personalidade; diminuição da capacidade mental. Em qualquer idade, os sintomas podem incluir: vômitos e letárgia.

        Diagnóstico

      A Hidrocefalia congênita pode ser diagnosticada durante um ultra-som pré- natal de rotina, mas freqüentemente é descoberta durante a infância ou enquanto bebê. O médico pode suspeitar de hidrocefalia antes de outros sintomas quando uma criança parece ter uma cabeça grande, que parece estar crescendo rapidamente. Se o osso do crânio (fontanela anterior) ainda está aberto, um ultra-som da cabeça pode determinar se o crânio está crescendo devido a Hidrocefalia. Se os resultados do ultra-som forem anormais, uma melhor avaliação é necessária.
     O médico irá perguntar pela história clínica da pessoa e fará um exame físico e neurológico. Podem ser obtidas imagens detalhadas do cérebro com uma Tomografia Computadorizada (TC) ou um exame de Imagem de Ressonância Magnética (IRM). Se estas imagens revelam Hidrocefalia ou outros problemas, a criança ou o adulto normalmente são encaminhados a um neurocirurgião para avaliação adicional e tratamento. 

      Prevenção: algumas das causas de Hidrocefalia podem ser prevenidas:
 
   • Para ajudar a evitar uma lesão grave da cabeça, use um capacete de proteção apropriado ao participar de uma prática esportiva de contato ou outras atividades, como esquiar, patinar, andar de skate ou bicicleta, com um risco de trauma de crânio.
 
• Se você estiver grávida, consulte com seu ginecologista assim que você souber que engravidou e faça o pré-natal. Seu médico irá checar algumas possíveis infecções e problemas que possam acontecer durante a gravidez. Visitas regulares também reduzirão o risco de nascimento prematuro.

      Tratamento

  O tratamento da hidrocefalia depende de sua causa. Ocasionalmente, são usados medicamentos para reduzir a velocidade de produção do líquido cérebro-espinhal por um tempo. Porém, isto não tem êxito no tratamento a longo prazo. A maioria dos casos requer drenagem do líquido em excesso. Um tubo chamado “Derivação” é inserido em uma das cavidades do cérebro por um buraco no crânio. A derivação é inserida debaixo da pele da cabeça fazendo o percurso do cérebro até o abdome, levando o fluido cérebro-espinhal onde possa ser absorvido – Derivação Ventrículo-Peritonial. A derivação pode precisar ser substituída periodicamente quando a criança cresce ou se o paciente desenvolve uma infecção ou ainda se a derivação ficar obstruída.  Algumas pessoas podem ser tratadas de Hidrocefalia Obstrutiva com uma técnica chamada Ventriculostomia no qual um neurocirurgião faz uma incisão no local do bloqueio para permitir que o líquido cérebro-espinhal seja drenado. Os neurocirurgiões também estão experimentando um reparo cirúrgico de hidrocefalia congênita enquanto o feto ainda está dentro da mãe. 

       Prognóstico 

   A perspectiva depende da causa de Hidrocefalia e normalmente é melhor se o problema é diagnosticado e é tratado cedo. Se a hidrocefalia piora rapidamente ou dura muito tempo, pode causar lesão cerebral e até a morte. Crianças com Hidrocefalia são mais prováveis de ter déficits de desenvolvimento. Até mesmo depois de tratadas, a maioria das crianças com Hidrocefalia tem inteligência mais baixa, problemas de memória e problemas visuais, incluindo estrabismo (olhos desalinhados). Crianças com Hidrocefalia também podem entrar na puberdade mais cedo que o normal. Com tratamento apropriado, a sobrevida da maioria das crianças com hidrocefalia é boa e aproximadamente a metade delas tem inteligência normal. 

      Terapia Ocupacional 

   Estimular e melhorar as aquisições das habilidades de vida diária (hábitos de higiene, alimentação, vestuário, escrita) e de vida prática, para objetivar de tornar o indivíduo independente no seu dia- a- dia seja na escola, no lar, no trabalho ou lazer.
  Aprimorar a capacidade cognitiva, perceptiva, sensorial e motora através do treinamento das habilidades globais dos membros superiores e destrezas manuais grossas e finas, o desenvolvimento da coordenação visomotora, da dinâmica bimanual e unimanual, da força segmentar de membros superiores e a transferência de dominância manual. E caso seja necessário, confeccionar órteses e/ou adaptações que facilitem o desempenho do indivíduo no seu ambiente, com acompanhamento domiciliar, escolar ou no trabalho, se necessário. 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Atendimento Domiciliar

      
    O atendimento domiciliar proporciona maior comodidade e exclusividade dos serviços de Terapia Ocupacional, além de ser uma alternativa para pessoas que, por diferentes razões, possuem dificuldades de mobilidade ou acesso às clínicas ou centros de reabilitação. O atendimento também pode ocorrer em local de trabalho ou ambiente escolar.
     Este permite melhor participação do paciente e da família no tratamento proposto; promove autonomia e independência dos pacientes, tanto nas atividades básicas da vida diária ( higiene, alimentação, banho, locomoção e vestuário ), quanto em atividades instrumentais da vida diária ( trabalho, adiministração doméstica, vida social e lazer); melhora a interação e empenho do paciente no tratamento; proporciona a reintegração do paciente em seu núcleo familiar; confecciona e oferece treinamento de órteses, adaptações ambientais e adaptações pessoais para melhor desempenho do paciente. 
     Além de oferecer vantagens para os paciente que são:

  • Ser tratado nas acomodações e no conforto do seu lar;

  • Ter maior privacidade, podendo usar a sua própria roupa, ter maior controle e segurança física;

  • Ter maior dignidade em um ambiente que não alimenta a idéia de enfermidade;

  • Estar em um ambiente de maior socialização:

  • Poder contar com o apoio, atenção e carinho da família;

 • Alimentar-se adequadamente com alimentos preparados em sua casa, sob orientação profissional;

  • Recuperar a saúde no menor prazo possível (já foi comprovado que a recuperação, com tratamento na própria casa, é mais eficiente e mais rápida);

  • Evitar riscos de infecções cruzadas;

  • Receber tratamento e cuidados com qualidade superior à do hospital.

 Assim como a família têm vantagens também que são: 

• Ver, sentir e cuidar do paciente-familiar em sua casa, sem precisar se deslocar para o hospital em um curto horário predeterminado, tendo muitas vezes que pernoitar no hospital para cuidar do familiar;

• Não gastar dinheiro e tempo com locomoção e estacionamento, sem considerar os riscos do trânsito, além da redução do estresse;

• Melhor acompanhamento da evolução do paciente através dos serviços prestados.