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domingo, 11 de dezembro de 2011

Quedas em idosos e a Terapia Ocupacional

   Aproximadamente 30% dos idosos sofrem pelo menos uma queda por ano, segundo o Ministério da Saúde. Entre as mortes por causas externas (não relacionadas à saúde), esse tipo de acidente é responsável por 24% dos óbitos  nessa faixa etária.
     As principais causas de quedas com idosos são a fraqueza muscular, a diminuição da visão e da audição, a falta de equilíbrio e o uso inadequado de medicamentos. Em casa é onde os idosos mais caem, os grandes vilões são as escadas e os banheiros.
  Os familiares dos pacientes idosos podem identificar sinais que levariam à quedas prestando atenção no idoso, ou seja, os familiares devem olhar se ele tropeça com frequência, se está com alguma dificuldade para enxergar, se tem déficits cognitivos e se tem dificuldade para andar ou se levantar depois de sentado. Se apresentar alguns desses itens, ele é um caidor em potencial.
  Dentro da Terapia Ocupacional, os principais instrumentos utilizados para tratamento de quedas e a adaptação da casa do idoso, é focada nas atividades diárias e no desempenho ocupacional, por isso ao receber o idoso caidor o Terapeuta Ocupacional procura conhecer sua rotina, saber se tem algum déficit cognitivo ou dificuldades físicas, as roupas e calçados que costuma usar e seu histórico de quedas. Em seguida investiga os ambientes pelos quais essa pessoa transita e seus hábitos. Feito isso, são propostas mudanças, que podem incluir instalação de barras, melhora da iluminação, fixação de tapetes, aumento do espaço livre e fitas de alerta em degraus. Nem sempre o que se propõe o idoso aceita ou é viável para a família. Há famílias que não têm dinheiro para instalar barras de apoio no banheiro, por exemplo. Neste caso, já cheguei a orientar que fizessem essas barras com ferro galvanizado, aquele de antena de TV. Para que uma mudança ou adaptação na casa do idoso seja bem sucedida o profissional deve lembrar que aquele não é um espaço qualquer. A casa de uma pessoa é cheia de significados e lembranças que fazem parte de sua história, e isso está mais presente ainda quando falamos em idosos.
  Durante o tratamento o Terapeuta Ocupacional procura reforçar o que já foi orientado e se necessário faz alterações no plano inicial, de acordo com a viabilidade do projeto. Quando o tratamento termina, são agendados retornos periódicos para manter as mudanças e evitar que novas quedas ocorram. 
  Nesse processo é importante ressaltar o papel da família, pois depois que são feitas as mudanças são as pessoas próximas as encarregadas de mantê-las.
  O mal mais difícil em se tratar é o cognitivo, pois quando a déficits físicos é só fazer a adaptação que o idoso irá seguir o que foi orientado. Já quando os déficits são cognitivos, é necessário que o Terapeuta Ocupacional e/ou cuidador reforce constantemente as orientações e assuma a responsabilidade pela prevenção das quedas. Quando um idoso está em determinado grau de demência, por exemplo, dificilmente irá se lembrar que precisa segurar no corrimão para andar.
  No caso das doenças degenerativas as adaptações são feitas aos poucos, conforme as perdas funcionais avançam, isso é importante para não sobrecarregar ou assustar o paciente com mudanças que só precisarão ser feitas no estágio final da doença.
   Alguns pacientes rejeitam o tratamento ou a mudança da rotina após o  acidente, porque eles acham que a queda representa muito mais do que simplesmente cair, pois vêem a queda como a concretização de um declínio funcional, como se estivesse incapaz. Há casos de pessoas que desenvolvem quadros depressivos após cair.
  No tratamento de quedas não há exatamente mudanças no estilo de vida. O Terapeuta Ocupacional leva em conta os desejos, a personalidade e hábitos da pessoa, por isso essas mudanças não costumam ser radicais. Têm pacientes idosas que se recusam a tirar os tapetes de suas casas, mesmo sabendo que eles oferecem risco, nesses casos é preciso manejar a situação e encontrar um meio termo, como fixar fitas adesivas antiderrapantes.
   O papel do Terapeuta Ocupacional é buscar soluções que sejam adequadas para a condição familiar do idoso. Se a família tiver poucos recursos para alterar grandes estruturas da casa, por exemplo, o Terapeuta Ocupacional tem condições de sugerir alternativas.
  Devido ao aumento no número de idosos no país, os Terapeutas Ocupacionais estão se preparando para atender esse aumento da demanda, começando nas universidades que têm oferecido mais cursos de Terapia Ocupacional e também a pouco tempo os convênios passaram a cobrir esse tipo de serviço.
  A adaptação de uma casa pode ficar tanto cara quanto barata, isso vai depender dos materiais utilizados. Existem soluções simples que podem garantir a segurança do idoso gastando pouco, como instalar corrimão de ferro galvanizado ou tubo de PVC recheado com cimento, retirar tapetes, fios e objetos soltos pelo chão, colocar fitas de alerta nos degraus e antiderrapantes, manter os ambientes bem iluminados e com espaço livre para circulação, evitar encerar o chão, organizar os objetos de forma que os mais utilizados fiquem em lugar de fácil acesso, evitar andar de meias pela casa, e evitar usar sapato com salto alto e roupas esfregando o chão. Já se a família tiver condições financeiras as mudanças podem incluir a troca de piso, de móveis e da cor da parede, instalação de spots de luz, instalação de elevador de assento sanitário e construção de rampas de acesso.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Origami Personalizado - modo de fazer

    À pedidos, estou postando aqui, primeiramente, os tipos de papéis que fazemos o origami personalizado. Os tipos de papéis são: papel sulfite ou colorplus nas cores que vc desejar, e também podemos fazer com aqueles folhetos que recebemos em supermercados. Agora, vamos ao modo de fazer:

1) Riscar e cortar a folha escolhida nas dimensões de 5cm por 9cm.

2) Depois de ter cortado, vão pegar o "retângulo" e dobrar ao meio - apartir do comprimento;

3) Feito o número 2, dobre ao meio novamente, formando um retângulo menor;

4) Dobre a ponta para o lado em forma de L

5) Faça o mesmo com a outra ponta, igualando-as;

6) Abra e observe a forma adquirida;

7) Logo, dobre as pontas para baixo;

8) E, vire as pontas para trás, formando um triângulo;

9) Abra levemente para esconder a ponta por dentro do papel;

10) Para finalizar, dobre o papel ao meio. 

    Essa será a dobradura básica para a elaboração de todas as peças. 

sábado, 19 de novembro de 2011

Cinoterapia

 Cinoterapia é uma nova abordagem terapêutica que tem como diferencial o uso de cães como co-terapeutas no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais. Ajudando na realização de atividades lúdicas que estimulam o equilíbrio, a fala, a expressão de sentimentos, a imaginação e o autoconhecimento. 
  Profissionais das áreas de saúde e educação acreditam nesse instrumento " o cão" como reforçador, estimulador e facilitador da reabilitação e reeducação global do paciente. Pois eles despertam naturalmente emoções comunicativas no ser humano. 
   Para saber qual o melhor cão para se realizar o tratamento, primeirante deve - se procurar um veterinário  e em conjunto, ele irá orientar o tipo de cão através da parte de saúde pública à da parte fisiológica e comportamental dos animais, além da interação animal-paciente.
   O diferencial da cinoterapia em relação à equoterapia é o tipo de estímulo dado ao paciente, o tratamento com cavalos se baseia em estímulos da movimentação pélvica dos pacientes, com o andar dos cavalos, e no equilíbrio para se manter em cima do animal, já com os cães tentamos fazer com que as crianças e os idosos realizem os movimentos que haviam sido perdidos.

       Atividade X Terapia

    É importante distinguir a atividade assistida da terapia assistida por animais. A primeira não requer um profissional, ou seja, o cão pode ir à uma creche ou asilo para que as pessoas possam acarinhá-lo, por exemplo, não está sendo  direcionado a uma pessoa somente e traz benefícios educacionais, recreacionais ou motivacionais a partir do contato com o animal; já a terapia assistida, necessariamente, tem que ser feita por alguém qualificado. Pois, o trabalho é personalizado de acordo com os objetivos a serem alcançados. Importante lembrar que a cinoterapia é um tratamento complementar, e que não exclui e muito menos substitui o tratamento convencional.

     Benefícios
  Os benefícios da terapia com cães são inúmeros, pois o método é válido para todas as idades e circunstâncias, mas no caso de idosos os resultados são bastante satisfatórios e para as crianças, nem se fala.  Elas se sentem mais empolgadas a realizar o tratamento, pois têm a noção de estar no comando, já que quem dá a ordem aos animais são elas.
   O sucesso do tratamento passa pela sua aplicabilidade e resposta dada pelo paciente. A cinoterapia favorece a socialização, abre espaço para a convivência em grupo, ajuda na inclusão de crianças com necessidades educativas especiais, permitindo trabalhar a emoção, a comunicação, a marcha, a coordenação motora fina e grossa, o equilíbrio dinâmico e estático, a fala, a afetividade, o companheirismo, a atenção, o interesse, a tolerância.
    Mas não são somente os pacientes que saem ganhando, não, para os cães - co-terapeutas, isso é um excelente negócio. Pois, eles precisam gastar energia e, com essa atividade, trabalham a parte de sua socialização e equilíbrio emocional.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Terapia Ocupacional também reutiliza garrafas pet

   O natal está chegando... Época de enfeitar a casa, de ficar mais próximo de Jesus e de trabalhar com nossos pacientes ( crianças, adultos e idosos) o significado desta data tão significativa que é o nascimento de Jesus - O NATAL
   Podemos começar o trabalho montando uma árvore de natal utilizando garrafas pet, com isso nós Terapeutas Ocupacionais podemos trabalhar diversos aspectos como o cognitivo, físico, socialização, interação, e também esta data tão importante para todos nós.  
     Só temos que tomar cuidado com objetos cortantes e o fogo, em caso de crianças, adultos, idosos, e também  pacientes com algum transtorno mental
    Abaixo vai um vídeo de Luciano Magalhães ensinando como se faz uma árvore de natal reutilizando garrafas pet:


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Musicoterapia e a integração com a Terapia Ocupacional

  A música é a arte de combinar sons de modo agradável aos ouvidos. Na Grécia Antiga era chamada de arte das musas, simbolizando a harmonia universal. Platão dizia que a música era a expressão da ordem e da simetria, que através do corpo penetrava na alma e em todo o ser, revelando a harmonia da personalidade total. A musicoterapia é a terapia que faz uso da música, ou de parte dos seus componentes: da melodia, do som, do ritmo e da harmonia, com o objetivo de alterar positivamente o estado emocional, físico, comportamental e cognitivo através das respostas ativadas pela música.
  A Musicoterapia e a Terapia Ocupacional buscam a integração nos atendimentos para o sucesso do tratamento. Essa intervenção conjunta, busca aprimorar o funcionamento corporal e permitir assim o conhecimento e percepção do próprio corpo.  Trabalhando de forma lúdica e incentivadora a atenção e a concentração, a memória operacional e motora, a percepção visuo-espacial, a percepção auditiva, a percepção temporo-espacial, a conscientização e a imagem corporal, o equilíbrio, a resistência física, o ritmo, a habilidade motora, a integração social e sensorial, a criatividade e a sensibilização. Cada atividade cantada é elaborada de forma a estimular o desafio interno de cada sujeito, como cantar e imitir os gestos da música, executar instrumentos, movimentos e desenhos com música.
   Sendo assim, a intervenção da Terapia Ocupacional amplia a capacidade de independência do sujeito, ou seja faz do espaço lúdico, com crianças, um espaço onde esse sujeito pode ser olhado e escutado por meio do seu corpo, da sua motricidade, dos seus gestos. Pois este sujeito fala e tem muito a dizer. 
   Então, a partir do momento que entendemos que o corpo humano é feito de linguagem e não ao contrário e sustentando-se pela linguagem, é possível trabalhar o aumento de vocabulário, diminuir os estereótipos e as obsessões. Assim, proporcionando o bem estar emocional, a estabilização do humor e o convívio social. 
 É fundamental no trabalho terapêutico ocupacional enriquecer a interação social e as percepções corporais pelo recurso da música, com o objetivo de criar rotinas, tão necessárias e vitais a eles e adequar as respostas. Respeitando o sujeito que já existe e usa seus interesses e experiências como base para criar novos caminhos, brincadeiras e possibilidades de forma prazerosa. 
   Nossa proposta de atendimento integrado visa sempre o sujeito, fazendo com se torne mais seguro e independente, assim ganhando maior qualidade de vida.

sábado, 29 de outubro de 2011

Terapia Ocupacional - Qualidade de vida na terceira idade

  O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo no qual ocorrem modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas ao longo da vida e que determina mudanças sobre a capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. O idoso passa a sofrer algumas dificuldades tais como: 

- Improdutividade: aposentadoria, exclusão do sistema produtivo;
- Auto-imagem “ser feio”: imagem idolatrada da juventude (atividade, força, beleza, potência versos imagem da decadência física do velho (fraqueza, rugas lentidão);
- Morte: é aqui que começa o mito da longevidade, o idoso começa a lidar com essa realidade;
- Doença/dependência: medo da dor, do sofrimento, dependência nas atividades de vida diária e prática;
- Solidão, abandono: medo da perda da convivência familiar, medo do asilamento, O idoso passa a lidar com essa realidade;
- Desvalorização da experiência de vida: a tecnologia, a sociedade de consumo e do descartável;
  Assim podemos perceber que a realidade “velhice” que antes era distante do individuo começa a estar próxima, e muita das dificuldades começam a aparecer tanto biológicas (aspectos motores, perceptivos e sensoriais) os aspectos psicológico (alteração da auto-estima, perda de pessoas queridas, papéis, imagem corporal) e social (cultura, produtividade).
  Foi pensando nessas dificuldades que a Terapia Ocupacional focou seus objetivos e estratégias para melhorar qualidade de vida dessas pessoas.  
  Portanto a Terapia Ocupacional voltada para o idoso visa manter, restaurar e melhorar da capacidade funcional, visando sempre manter o idoso ativo, independente o maior tempo possível, nas atividades de vida diária (AVD), nas atividades de vida prática (AVP), nas atividades de trabalho e lazer, são elas:
- Atividades de vida diária (AVD): alimentar-se, descascar alimentos, utilizar faca para cortar, passar manteiga, abrir pacotes, ir ao banheiro, lavar as mãos, enxugar as mãos, tomar banho, controle do esfíncter, limpar com papel higiênico, dar descarga, escovar os dentes, abrir e fechar a pasta de dente, tirar as roupas, colocar as roupas, abotoar, retirar e colocar o tênis, retirar e colocar a meia, tirar e colocar sutiã, colocar fivela de cinto etc.
- Atividade de vida Pratica (AVP): fazer compras, preparar refeições, administrar uso de medicações, administrar finanças, cuidar da limpeza da casa e da lavagem das roupas, usar transporte, telefone entre outras coisas. 



domingo, 23 de outubro de 2011

Tai chi chuan em pacientes com transtornos mentais

  O tai chi chuan é um grande aliado em pacientes com transtornos mentais, como esquizofrênia, depressão, ansiedade, e também quadros delirantes, pois basea-se em movimentos que relaxa músculos e acalmam os nervos. Este, faz o paciente a lidar melhor com o corpo, assim como facilita a interação com outras pessoas ( familiares e comunidade). 
  A prática regular do tai chi chuan  auxilia também na restauração da desorganização psíquica do paciente, estimulando-o a participar mais efetivamente do tratamento.
  O tai chi chuan é uma prática criada na China antiga com o objetivo de harmonia entre o homem e a natureza. Por meio de movimentos lentos, contínuos e suaves, propiciando com isso um estado de relaxamento e serenidade, restabelecendo o equilíbrio físico e mental dos indivíduos. Pois esta técnica trabalha com a respiração, podendo várias doenças serem tratadas com sua ajuda, principalmente problemas relacionado com o estresse.
   Todo o organismo se beneficia com a atividade pois o oxigênio chega com maior facilidade aos órgãos. De acordo com os principios da medicina chinesa, da qual o tai chi chuan faz parte, esses movimentos feitos no tai chi chuan podem prevenir e até ajudar na cura de doenças como reumatismos, artrites, artroses, e outras doenças causadas pela má circulação do sangue. Além de equilíbrar a pressão arteriale corrigir naturalmente a postura.
   A unidade de psiquiatria em São Paulo é prova que o tratamento com o tai chi chuan é grande aliado no tratamento desses pacientes.







  

sábado, 22 de outubro de 2011

Método canguru: em recém-nascidos com baixo peso

   O Método Canguru foi desenvolvido em 1979 no Instituto Materno-Infantil de Bogotá (Colômbia) e vem sendo utilizado em vários países, principalmente naqueles que dispõem de um número insuficiente de incubadoras. Porém, no Brasil, esta estratégia tem uma conotação diferente, ela visa principalmente uma mudança de atenção à saúde, centrada na humanização da assistência e no princípio de cidadania da família.

    Este método, é um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele precoce, entre a mãe e o recém-nascido de baixo-peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo dessa forma uma participação maior dos pais no cuidado ao seu recém-nascido. 
   A Posição Canguru, consiste em manter o recém-nascido de baixo-peso, ligeiramente vestido, em decúbito prono, na posição vertical e contra o peito da mãe, do pai ou de um adulto. 
     A população a ser atendida, são gestantes com situações clínicas ou obstétricas com maior risco para o nascimento de crianças de baixo-peso; recém-nascidos de baixo-peso, desde o momento da admissão na Unidade Neonatal até a sua alta hospitalar, quando deverão ser acompanhados por ambulatório especializado; e mães e pais que deverão ter contato com o seu filho o mais precoce possível, recebendo adequada orientação da equipe de saúde.

    Objetivos deste Método:

·        Aumentar o vínculo entre a mãe e o bebê;

·   Diminuir o tempo de separação do recém-nascido com a família, evitando longos períodos sem estimulação sensorial;

·        Estimular a prática do aleitamento materno;

·       Proporcionar maior competência e confiança dos pais no manuseio de seu filho mesmo antes da alta hospitalar;

·        Facilitar o controle térmico da criança;

·        Diminuir o número de recém-nascido em UTIs e Unidades de Cuidados Intermediários;

·        Melhorar o relacionamento da família com a equipe de saúde;

·        Diminuir as doenças e infecções hospitalares; e

·        Diminuir a permanência do bebê no Hospital. 

O Método será desenvolvido em três etapas: 

1ª Etapa: Quando o recém-nascido está impossibilitado de ficar junto à mãe no alojamento conjunto e necessita de internação na unidade neonatal;
2ª Etapa: Quando o recém-nascido encontra-se estabilizado e poderá contar com o acompanhamento contínuo da mãe; e
3ª Etapa: Quando o bebê já recebeu a alta hospitalar, mas necessita de acompanhamento ambulatorial para avaliações de seu desenvolvimento físico e psicológico.

    Profissionais que trabalham com este método:
·        Neonatologistas (cobertura de 24 horas);

·        Obstetras (cobertura de 24 horas);

·        Pediatras com treinamento em seguimento do recém-nascido de risco;

·        Oftalmologista;

·        Enfermeiras (cobertura de 24 horas);

·     Auxiliares de Enfermagem (na 2ª etapa, 1 para cada 6 binômios, com cobertura 24 horas);

·        Psicólogos;

·        Fisioterapeutas;

·        Terapeutas Ocupacionais;

·        Assistentes Sociais;

·        Fonoaudiólogos;

·        Nutricionistas.









sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Benefícios da brincadeira com bola

 A bola é, em muitas famílias, o primeiro brinquedo das crianças, por sua praticidade e utilidade, fazendo com que seja o brinquedo preferido das crianças. E sua acessibilidade, assim como seus benefícios, fazem com que seja o brinquedo mais adquirido pelos pais.
  Uma bola custa pouco, diverte, e consegue enormes benefícios ao desenvolvimento físico, emocional, social e moral das crianças, assim como indivíduos de diversas idades.

Benefícios do jogo com a bola

  A bola é uma grande amiga da criança, pois é atrativa, e muito estimulante. Uma bola pode estimular o bebê que engatinha a ir atrás dela, ou se for maiorzinho a que corra atrás dela. Ela ajuda no desenvolvimento do equilíbrio, da coordenação motora, e da força muscular. Uma bola, seja do tamanho que for, ou da forma e desenho que tenha, sempre é bem-vinda às brincadeiras infantis. Os terapeutas são extremamente a favor do uso da bola na formação física e social das crianças e/ou adultos. Nas sessões terapêuticas, tanto o alongamento, como o relaxamento, podem ser feitos com o balão, promovendo o condicionamento físico de uma forma mais prazerosa, e suavizando a dor. Na infância, o tratamento com a bola está indicado para quem tem problemas respiratórios, déficit de equilíbrio e coordenação motora. Também é utilizada para ganhar ou perder peso, e estabilizar as articulações. Através da prática regular de atividades com a bola, o desenvolvimento motor das crianças tem uma ação direta na prevenção de problemas tão presentes na vida da criança, como é o caso da obesidade infantil. As crianças que trocam a televisão ou o computador pela bola, estarão exercendo uma atividade física que o afastará desse tipo de problema. A bola deve estar presente no dia-a-dia das crianças, como uma fiel companheira. Por outro lado, a bola sociabiliza as crianças devido poder ser compartilhada. Se uma criança sai de casa com uma bola, com certeza logo encontrará alguma outra criança que irá querer jogar bola com ela.

 A bola também tem um grande poder no inconsciente das crianças, pois chama a atenção delas, provoca uma reação quanto à velocidade do chute que emprega, reforça a auto-estima, e estimula a curiosidade.

Reis da bola

  A bola não tem sexo e nem idade, pode e deve ser jogada tanto por meninos como por meninas, assim como por adultos e idosos. Isso de que somente os meninos podem jogar bola e que as meninas devem ficar com as bonecas, já deve ser mudado nos dias atuais.                  A habilidade, seja com os pés ou com as mãos, com a bola, é inquestionável. Incentive seus filhos para brincarem de bola. Se não o fizerem, jamais saberão se seus filhos se converterão em campeões de volei, basquete, ou de futebol. Jamais saberá se seu filho conseguirá dominar a bola como faz Ronaldinho ou Marta.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Você sabe o que é procrastinação?

  Procrastinação é o diferimento ou adiamento de uma ação. Para a pessoa que está procrastinando, isso resulta em estresse, sensação de culpa, perda de produtividade e vergonha em relação aos outros, por não cumprir com suas responsabilidades e compromissos. Embora a procrastinação seja considerada normal, ela se torna um problema quando impede o funcionamento normal das ações. A procrastinação crônica pode ser um sinal de alguma desordem psicológica ou fisiológica.

 Causas da procrastinação
  
   As causas psicológicas da procrastinação variam muito, mas geralmente tendem a fatores como ansiedade, baixa auto-estima e uma mentalidade auto-destrutiva. Pensa-se que procrastinadores têm um nível de consciência abaixo do normal, mais baseado em "sonhos e desejos" de perfeição ou realização, em vez de apreciação realista de suas obrigações e potenciais; e as causas fisiológicas focam no envolvimento do córtex pré - frontal, essa área do cerébro é responsável por funções de execução cerebral como planejamento, controle de impulsos, atenção, e age como um filtro diminuindo estímulos que causam distração, que vêm de outras regiões do cérebro. Lesões ou baixa utilização dessa área podem reduzir a capacidade de uma pessoa de filtrar estímulos que causam distração, resultando em má organização, perda de atenção e aumento de procrastinação. 
   A procrastinação pode ser uma desordem persistente e debilitante em algumas pessoas, causando disfunções e imperícia psicológicas significantes, estas pessoas podem estar, de fato, sofrendo de outros problemas mentais como depressão ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. 
   Enquanto a procrastinação é uma condição comportamental, esses outros problemas de saúde mental podem ser tratados com medicamentos e Terapia Ocupacional. Medicamentos podem melhorar a capacidade de foco e atenção de uma pessoa (no caso de um TDAH) ou melhorar o humor e temperamento no geral (no caso da depressão). A Terapia Ocupacional pode ser uma ferramenta importante para ajudar um indivíduo a ter novos comportamentos, superar seus medos e ansiedades, e alcançar uma melhor qualidade de vida. Portanto, é importante para as pessoas que lidam cronicamente com a procrastinação debilitante, consultarem um Terapeuta e Psiquiatra para ver se um maior problema de saúde mental pode estar presente.
  Tradicionalmente, a procrastinação tem sido associada com o perfeccionismo, uma tendência de avaliar negativamente os resultados e a performance de alguém, medo intenso, ansiedade e mau humor recorrente. 

Tipos de procrastinadores

 . O tipo relaxado: veem suas responsabilidades negativamente e fogem delas direcionando sua energia para outras tarefas. É comum, por exemplo, para uma criança procrastinadora do tipo relaxado, abandonar a sua lição de casa, mas não sua vida social. Esse tipo de procrastinação é uma forma de negação. O procrastinador evita situações que causariam desprazer, e, em vez delas, participa de situações mais prazerosas. Em termos Freudianos, esses procrastinadores se recusam a renunciar ao princípio do prazer, em vez de sacrificarem-se no princípio da realidade. Eles podem aparentar não estar preocupados com o trabalho e com prazos, mas isso é simplesmente uma forma de evasão.

. O tipo tenso-nervoso: normalmente sente-se dominado por pressão, irreal quando trata-se de tempo, incerto sobre seus objetivos e muitos outros sentimentos negativos. Sentindo que lhes falta a habilidade ou foco para completar seus trabalhos, eles dizem a si mesmos que precisam "desestressar" e relaxar, e que é melhor "ir com calma à tarde para começar de novo na manhã seguinte", por exemplo. O "relaxamento" do procrastinador desse tipo é geralmente temporário e inefetivo, e leva a até mais stress conforme o tempo vai se esgotando, prazos se aproximam e a pessoa se sente cada vez mais culpada e apreensiva. Esse comportamento vira um ciclo de fracasso e atraso, enquanto os planos e objetivos são deixados de lado e anotados "para amanhã" ou para a próxima semana repetidamente. Isto também traz um efeito debilitante em sua vida pessoal e suas relações. Como os procrastinadores desse tipo são incertos em relação a seus objetivos, eles muitas vezes se sentem desconfortáveis com pessoas confiantes e objetivas, o que pode causar depressão. Procrastinadores tensos-nervosos geralmente recolhem-se da vida social, evitando contato até mesmo com amigos próximos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Síndrome deEdwards e Terapia Ocupacional

    A síndrome de Edwards ou trissomia 18, é uma síndrome genética resultante de trissonomia do cromossoma 18. Ela foi descrita inicialmente pelo geneticista britânico John H. Edwards. A trissonomia 18 está associadaà idade materna, poisgrande parte dos casos são originados de mulheres com mais de 35 anos de idade.

    Carcterísticas dos portadores
 
  Os portadores apresentam retardamento físico e mental, defeitos cardíacos, o crânio é muito alongado na região occipital, o pescoço é curto, o pavilhão das orelhas é dismórfico, com poucos sulcos, a boca é pequena e triangular. Grande distância intermamilar. Os genitais externos são anômalos. O dedo indicador é maior do que os outros e flexionado sobre o dedo médio. Os pés têm as plantas arqueadas. As unhas costumam ser hipoplásticas e atrofiadas.
  A morte ocorre em geral antes da primeira infância, aos 3 ou 4 meses de idade, mas pode ser protelada há quase 2 anos. 



Intervenção da Terapia Ocupacional

    A Terapia Ocupacional auxilia essas crianças com estimulação precoce, ou seja, com estímulos físicos, cognitivos tudo isso através do brincar, e caso for necessário pode - se confeccionar adaptações para uma melhor qualidade de vida dessa criança com esta síndrome, assim como facilitar a vida da mãe ou cuidador, e também irá orientar familiares quanto aos cuidados com a mesma.




sábado, 1 de outubro de 2011

Curiosidade: O poder do perfume de jasmim

   É curioso como cientistas descobrem em substâncias naturais efeitos similares aos componentes químicos produzidos pelo homem quando, na verdade, o processo natural deveria ser ao contrário.
     Uma recente descoberta de pesquisadores alemães, da Universidade de Bochum, indica que o perfume do jasmim é tão eficaz para aliviar a ansiedade e induzir ao sono como as benzodiazepinas – substância responsável pela ação em medicamentos tarja preta como Lexotan, Valium ou Rivotril.
     O perfume concentrado da flor age, da mesma maneira que os remédios, ao aumentar a ação de um neurotransmissor que é ativado durante o sono e inibe o sistema nervoso central.

Segundo a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), o jasmim é antidepressivo, estimulante do chacra sexual, usado para ansiedade, letargia, tristeza, falta de confiança, depressão e depressão pós-parto.
    Já as benzodiazepinas são psicofármacos com efeitos depressores que podem levar à dependência física e psicológica.  

Benzodiazepinas: são psicofármacos com efeitos depressores, produzidas por síntese química e podem assumir a forma de comprimidos, cápsulas ou, menos frequentemente, a de ampolas ou supositórios. Costumam ser conhecidas pelos nomes dos seus fabricantes, como por exemplo valium, rohipnol, buprex, mandrax, artane, etc. A via de administração mais habitual é a oral, sendo que a intravenosa é também comum. São utilizadas com fins terapêuticos no tratamento da ansiedade e insónias. Facilitam a ação do ácido gamma-aminobutírico (GABA) sobre os seus receptores, o GABA é um neurotransmissor inibidor em quase todos os núcleos do Sistema Nervoso Central. Tem efeitos a nível ansiolítico, relaxante, anti-convulsivo ou hipnótico, abrangindo as mensagens de e para o cérebro, incluindo as respostas físicas, mentais e emocionais.

Efeitos:
  Os seus efeitos ansiolíticos, provocam no indivíduo um estado de relaxamento muscular, sonolência, alívio da tensão e ansiedade, cansaço e letargia que podem ser acompanhados por desinibição, loquacidade, excitação, agressividade, linguagem afectada, sentimentos de isolamento ou depressão.
  Doses elevadas poderão provocar náuseas, aturdimento, confusão, diminuição da coordenação psicomotora, sono, sedação excessiva, perdas de memória, lentificação do pensamento ou instabilidade emocional.

 Riscos:
  Quando combinadas com o álcool, as benzodiazepinas poderão ter o seu efeito acentuado, sendo que esta combinação pode provocar uma overdose, no entanto, as benzodiazepinas quando consumidas de forma isolada possuem uma toxicidade muito baixa e, consequentemente, uma grande margem de segurança, o que reduz o risco de morte. De fato, as tentativas de suicído com benzodiazepinas não costumam ser bem sucedidas, exceto quando são combinadas com outras substâncias, como o álcool.
  Não é aconselhado o uso destas substâncias durante a gravidez e a lactação.

Tolerância e Dependência: existe tolerância às benzodiazepinas mas esta não é muito acentuada, quando consumidas durante vários meses, esta tolerância aumenta, provocando dependência física e psicológica.

Síndrome de Abstinência:
  Para não ser perigosa, a interrupção do consumo deve ser efetuada gradualmente. A síndrome de abstinência vária consoante a duração da ação das benzodiazepinas e pode manifestar-se pelo aumento da ansiedade, insónia, irritabilidade, náuseas, dor de cabeça, tensão muscular, tremores, palpitações ou disforia.
   Em casos mais graves podem ocorrer convulsões, quadros confusos, despersonalização, diminuição do limiar de percepção dos estímulos sensoriais, psicose, etc.
  







sábado, 24 de setembro de 2011

Estresse... o mal do século

   As causas do estresse podem ser internas ou externas, as externas são acidentes, mudanças de casa ou emprego, casamentos, perdas de amigos ou familiares, congestionamentos, discussões e outros acontecimentos sob os quais o indivíduo não tem controle algum; e as internas de cada pessoa são valores, crenças, padrões de comportamento, expectativas irreais e ansiedades.
 As fontes externas e internas se somam na determinação do nível de estresses que será experimentado, porém a somatória dos estressores é mediada por dois fatores importantes, que são o repertório de estratégias de coping (formas de lidar com o estresse) e vulnerabilidade,  algumas pessoas parecem ter uma tendência crônica para se estressarem. Essa propensão, pelo que temos visto em clínica e em pesquisas, é algumas vezes o produto das predisposições genéticas com o modo de vida da pessoa.
   Como o estresse sempre existiu, já que ele é necessário para acionar nossas reações a situações adversas. O atual estilo de vida é considerado, por boa parte dos especialistas, o grande vilão,  como a agilidade das informações, o mercado competitivo e a famosa correria do dia a dia sobrecarregam as pessoas. Em um mundo onde tudo é resultado, onde os valores cederam espaço às aparências, onde o ser foi substituído pelo ter, acontece o estresse. Hoje em dia, as pessoas vivem correndo atrás, mas muitas vezes não sabem nem o que estão buscando. A influência da busca incessante por poder aquisitivo, do consumismo e da competitividade exacerbada, não apenas no mercado de trabalho, mas também nas relações interpessoais, até mesmo nos relacionamentos parece haver uma competição entre homem e mulher

Para fugir desses fatores que levam ao estresse:

- Acorde com tranquilidade -  A programação da vida não precisa ser seguida com pressão, pois essa é uma oportunidade de você começar a aprender a gerenciar seu tempo;

- Faça atividades físicas que dêem prazer;

-Tenha um trabalho prazeroso;

- Observe os excessos de sua vida;

- Relaxe as tensões do corpo aprendendo técnicas de relaxamento;

- Proteja sua mente para não acelerar seus pensamentos;

- Tenha uma alimentação saudável;

- Aceite que investir em você gera mudanças externas verdadeiras; e

- Tenha um hobby. 


    

Atuação da Terapia Ocupacional junto à hemodiálise

   A Insuficiência Renal Crônica (IRC), é a perda progressiva e irreversível da função renal devido a fatores múltiplos como: glomerulonefrite, nefrite intersticial, nefrosclerose hipertensiva e nefropatia diabética. Geralmente, a falência renal não se instala de forma repentina, ocorrendo adaptações sistêmicas pelo tecido renal ainda não acometido, até que a insuficiência renal crônica instala-se realmente. 
   O processo da perda da função renal é caracterizado pelas seguintes fases clínicas: 

 - fase de insuficiência renal funcional: onde ocorre o início da perda função renal;
 - fase de insuficiência renal crônica laboratorial: onde os pacientes apresentam alguns sinais e sintomas de uremia, no entanto encontram-se em boas condições clínicas;
 - fase de insuficiência renal crônica clínica: em que os pacientes apresentam perda de mais de 80% da função renal; e por fim 
 - fase de insuficiência renal crônica: que é a fase terminal onde predomina a síndrome urêmica havendo perda total do controle do meio interno, indicando a necessidade de uma terapia substitutiva na forma de diálise ou transplante. 

    A hemodiálise é um processo terapêutico que consiste na circulação do sangue num "circuito extracorpóreo, instalado em um rim artificial. O circuito é composto por uma linha, ramo ou set arterial e outra venosa, de material plástico, entre as quais se interpõe um hemodialisador, artefato de plástico que contém uma membrana hemodialisadora" (IWAMOTO, 1998) que é destinada a remover os catabólitos do organismo e a corrigir as alterações do seu meio interno.
  O transplante possibilita ao paciente libertar-se da dependência da máquina de hemodiálise, entretanto não é uma alternativa de fácil viabilidade devido a dificuldade em encontrar órgãos cadavéricos ou um doador familiar compatível. A IRC não é curada através do transplante renal, este apenas proporciona uma melhora na qualidade de vida uma vez que o doente não necessita da diálise. O transplante renal ainda é considerado a melhor opção de tratamento para a IRC, uma vez que, se bem sucedido poderá proporcionar aos pacientes um retorno sem restrições à alimentação, à total liberdade de locomoção e ao ganho de tempo para realizar suas atividades normais.
  A IRC é assintomática na maioria dos casos, manifestando-se apenas com a paralisação do rim, assim, quando o indivíduo descobre que é portador da doença ele já necessita submeter-se ao tratamento dialítico. A manifestação da doença implica em mudanças abruptas no âmbito pessoal, familiar, profissional e social. Estas mudanças levam os indivíduos a reorganizarem seus compromissos alterando horários de atividades domésticas, laborativas, escolares e de lazer.

  O indivíduo enfrenta a perda de um corpo saudável e ativo, por um corpo frágil e marcado por cicatrizes de fístulas, edemas, cortes para a introdução de catéteres, descoloração da pele, emagrecimento, dentre outros. Recebe também novas incumbências como: fazer dieta alimentar necessária ao tratamento, tomar medicações continuamente, ficar em repouso, conhecer a doença e suas limitações e lidar com as restrições físicas. 
  Freqüentemente, o doente renal crônico sofre com a perda do emprego e da estabilidade econômica devido às restrições físicas e/ou da necessidade de dispor de longos períodos de tempo para diálise. Tal situação determina um dos principais problemas familiares quando o doente é o responsável pela manutenção financeira da família.
    Os contatos sociais diminuem, na maioria das vezes, devido as limitações físicas e as restrições alimentares impostas pelo próprio tratamento, assim o paciente fica impossibilitado de participar de atividades sociais, já que a maioria estão associadas a festas e passeios.

   A IRC impõe ao paciente a necessidade de confiar a sua vida à uma máquina e à equipe responsável pelo tratamento. Esta situação de dependência é decorrente da própria natureza da hemodiálise e torna-se uma constante lembrança de quão frágil é sua vida.

   A hemodiálise oferece uma possibilidade de tratamento no entanto, apresenta riscos e efeitos colaterais, submetendo os indivíduos a um estresse psíquico constante.
   Do indivíduo em tratamento hemodialítico é cobrado diariamente uma aderência a diminuição de líquidos às restrições alimentares e ao uso de medicamentos.

    O acompanhamento terapêutico ocupacional busca tornar possível um descolamento do DOENTE RENAL CRÔNICO, propiciando que o indivíduo encontre novas possibilidades de conviver melhor com a sua doença, tendo conhecimento dos comprometimentos e limitações do doente renal crônico apresento abaixo alguns recursos capazes de promover uma melhoria na qualidade de vida destes doentes, no âmbito social, afetivo e ocupacional:

 - Possibilitar um espaço para a simbolização dos significados da doença e do tratamento, trabalhando a falta de informação, os preconceitos e uma melhor convivência do paciente com a doença e o tratamento;

- Minimizar a ansiedade a que esta clientela está submetida, devido às especificidades do tratamento e às complicações do quadro clínico; 

 - Estimular e Diminuir a ociosidade decorrente da debilidade do quadro clínico do tratamento hemodialítico, desenvolver a socialização, através de atividades recreativas, lúdicas e criativas realizadas com o grupo em questão; e

 - Intervir no ambiente, introduzindo atividades enquanto elemento capaz de possibilitar ao paciente tornar-se produtivo e estabelecer uma nova relação com a equipe e o s demais integrantes do grupo.



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Transtorno emocional e como a Terapia Ocupacional pode auxiliar

  Transtorno Emocional é uma das principais causas de sofrimento para o ser humano: a dependência afetiva. Assim como o dependente químico, cujo organismo se desestrutura quando lhe é retirada a droga, o equilíbrio emocional do dependente afetivo entra em colapso quando ele é afastado da pessoa de quem se tornou dependente.
   Como por exemplo, na separação, abandono ou morte do ser amado, tira-lhe o chão e faz com que a pessoa perca toda a base onde apoiava sua vida. 
     
   A dependência se estrutura na base desse transtorno, pois é uma profunda carência afetiva, uma falta de nutrição emocional que se originou em sua história de vida, como pais ausentes, pais negligentes, ou aqueles excessivamente rígidos e incapazes de demonstrar afeto, estão geralmente presentes na história do dependente afetivo.

  Todos nós aprendemos desde muito cedo, que dependemos de nossos pais (verdadeiros ou simbólicos) para que tenhamos atendidas nossas necessidades básicas. 
  Esse reconhecimento  leva a perceber precocemente o quanto nossos comportamentos geram uma reação, seja positiva (de estímulo) ou negativa (de punição), por parte daqueles que amamos e dos quais somos dependentes.

  Com o passar do tempo, se a pessoa tiver um desenvolvimento adequado da auto-estima e autoconfiança, essa dependência irá se diluindo, e irá estabelecer - se relações onde se possa ter o reconhecimento do respeito à individualidade.

  Quando isto não ocorre, o desenvolvimento emocional se dá de forma desequilibrada e a pessoa seguirá pela vida estabelecendo relações afetivas onde predominam a insegurança e a dependência.

  Ela passará a condicionar seu comportamento sempre de modo a obter a aprovação daquele a quem quer agradar. Nos casos extremos, vemos pessoas submetendo-se a humilhações, abusos, explorações e toda sorte de desrespeito, simplesmente para garantir que o ser amado não as abandone.

   Assim como o único caminho para a cura da dependência química é reconhecer que se trata de uma doença, para o dependente afetivo também é essencial reconhecer que sofre de um transtorno emocional grave, que pode lhe trazer muito sofrimento.

  O segundo passo é buscar ajuda, pois sozinho dificilmente alguém consegue vencer o problema. A força de vontade e o desejo de superar o problema são fundamentais neste processo. Sem eles, nada poderá ser alcançado.


  O Terapeuta Ocupacional irá fazer com que os indivíduos reconheçam suas qualidades e talentos, sem necessitar do aval do outro para sentir-se alguém especial, é a primeira meta a ser alcançada. A partir do momento em que estabelece-se claramente quais os valores e princípios que se quer ver respeitados, não mais a pessoa irá permitir qualquer forma de abuso ou desrespeito por quem quer que seja, também vai trabalhar -se a auto estima, pois a pessoa têm e deve se amar e desejar para si sempre o melhor, é a única forma de evitar que a dependência afetiva o torne refém daquele a quem você julga amar,  muitas vezes aquilo que se acredita ser amor, não passa de medo da solidão e de  incapacidade de sermos nossos próprios nutridores emocionais.

    
  "Quanto maior for nossa capacidade de vivermos bem sozinhos, mais preparados estaremos para a convivência com o outro."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

bullying ? Bullying nas escolas

   Um assunto que atualmente tem tirado o sono de muitos pais e professores é o bullying, seu significado está relacionado a atormentar, perseguir ou humilhar.
  A princípio pode parecer brincadeira de criança ou de adolescente, mas este tipo de atitude pode causar sérios danos psicológicos, pois é um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica; ocorre repetidamente e intencionalmente, ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. Pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho. 
  Outra modalidade é o cyberbullying, onde as ofensas e humilhações são feitas por e-mail, MSN e mensagens por celular, esta é uma forma de exclusão social e as vítimas costumam ser mais retraídas e inseguras; por serem assim evitam pedir ajuda ou comunicar o fato a alguém, se sentindo desamparadas.
  Geralmente os agressores são ou tentam ser, líderes da turma, mais populares, aqueles que gostam de colocar apelidos nos colegas e da mesma forma que as vítimas, também precisam de auxílio psicológico.

                                                Como identificar vítima e agressor
 
  Depressão, baixo auto-estima, ansiedade, abandono dos estudos – essas são algumas das características mais usuais das vítimas. Os principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras, essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação, pois são presas fáceis, submissas e vulneráveis aos valentões da escola.
  Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades, como problemas com obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. Também pode acontecer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.
   Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares – aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a vítima, ele também precisa de ajuda psicológica, no futuro, este adulto pode ter um comportamento de assediador moral no trabalho e, pior, utilizar da violência e adotar atitudes delinqüentes ou criminosas. 
 
                                      Como prevenir o problema na escola
 
   Para evitar o bullying, o Terapeuta Ocupacional deve ir as escola e investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. E orientação para professores, que têm um papel importante na prevenção. 
 
• Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolaR;
• Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância;
• Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;
• Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, procure imediatamente a direção da escola;
• Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos. 
 
                                                     Como a família pode ajudar
 
    Os pais devem estar alertas para o problema – seja o filho vítima ou agressor pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. Dica:
 
• Mostre-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos.
• Fique atento às bruscas mudanças de comportamento.
• É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados.
• Comente o que é o bullying e os oriente que esse tipo de situação não é normal. Ensine-os como identificar os casos e que devem procurar sua ajuda e dos professores nesse tipo de situação.
• Se precisar de ajuda, entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas.