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sábado, 24 de setembro de 2011

Estresse... o mal do século

   As causas do estresse podem ser internas ou externas, as externas são acidentes, mudanças de casa ou emprego, casamentos, perdas de amigos ou familiares, congestionamentos, discussões e outros acontecimentos sob os quais o indivíduo não tem controle algum; e as internas de cada pessoa são valores, crenças, padrões de comportamento, expectativas irreais e ansiedades.
 As fontes externas e internas se somam na determinação do nível de estresses que será experimentado, porém a somatória dos estressores é mediada por dois fatores importantes, que são o repertório de estratégias de coping (formas de lidar com o estresse) e vulnerabilidade,  algumas pessoas parecem ter uma tendência crônica para se estressarem. Essa propensão, pelo que temos visto em clínica e em pesquisas, é algumas vezes o produto das predisposições genéticas com o modo de vida da pessoa.
   Como o estresse sempre existiu, já que ele é necessário para acionar nossas reações a situações adversas. O atual estilo de vida é considerado, por boa parte dos especialistas, o grande vilão,  como a agilidade das informações, o mercado competitivo e a famosa correria do dia a dia sobrecarregam as pessoas. Em um mundo onde tudo é resultado, onde os valores cederam espaço às aparências, onde o ser foi substituído pelo ter, acontece o estresse. Hoje em dia, as pessoas vivem correndo atrás, mas muitas vezes não sabem nem o que estão buscando. A influência da busca incessante por poder aquisitivo, do consumismo e da competitividade exacerbada, não apenas no mercado de trabalho, mas também nas relações interpessoais, até mesmo nos relacionamentos parece haver uma competição entre homem e mulher

Para fugir desses fatores que levam ao estresse:

- Acorde com tranquilidade -  A programação da vida não precisa ser seguida com pressão, pois essa é uma oportunidade de você começar a aprender a gerenciar seu tempo;

- Faça atividades físicas que dêem prazer;

-Tenha um trabalho prazeroso;

- Observe os excessos de sua vida;

- Relaxe as tensões do corpo aprendendo técnicas de relaxamento;

- Proteja sua mente para não acelerar seus pensamentos;

- Tenha uma alimentação saudável;

- Aceite que investir em você gera mudanças externas verdadeiras; e

- Tenha um hobby. 


    

Atuação da Terapia Ocupacional junto à hemodiálise

   A Insuficiência Renal Crônica (IRC), é a perda progressiva e irreversível da função renal devido a fatores múltiplos como: glomerulonefrite, nefrite intersticial, nefrosclerose hipertensiva e nefropatia diabética. Geralmente, a falência renal não se instala de forma repentina, ocorrendo adaptações sistêmicas pelo tecido renal ainda não acometido, até que a insuficiência renal crônica instala-se realmente. 
   O processo da perda da função renal é caracterizado pelas seguintes fases clínicas: 

 - fase de insuficiência renal funcional: onde ocorre o início da perda função renal;
 - fase de insuficiência renal crônica laboratorial: onde os pacientes apresentam alguns sinais e sintomas de uremia, no entanto encontram-se em boas condições clínicas;
 - fase de insuficiência renal crônica clínica: em que os pacientes apresentam perda de mais de 80% da função renal; e por fim 
 - fase de insuficiência renal crônica: que é a fase terminal onde predomina a síndrome urêmica havendo perda total do controle do meio interno, indicando a necessidade de uma terapia substitutiva na forma de diálise ou transplante. 

    A hemodiálise é um processo terapêutico que consiste na circulação do sangue num "circuito extracorpóreo, instalado em um rim artificial. O circuito é composto por uma linha, ramo ou set arterial e outra venosa, de material plástico, entre as quais se interpõe um hemodialisador, artefato de plástico que contém uma membrana hemodialisadora" (IWAMOTO, 1998) que é destinada a remover os catabólitos do organismo e a corrigir as alterações do seu meio interno.
  O transplante possibilita ao paciente libertar-se da dependência da máquina de hemodiálise, entretanto não é uma alternativa de fácil viabilidade devido a dificuldade em encontrar órgãos cadavéricos ou um doador familiar compatível. A IRC não é curada através do transplante renal, este apenas proporciona uma melhora na qualidade de vida uma vez que o doente não necessita da diálise. O transplante renal ainda é considerado a melhor opção de tratamento para a IRC, uma vez que, se bem sucedido poderá proporcionar aos pacientes um retorno sem restrições à alimentação, à total liberdade de locomoção e ao ganho de tempo para realizar suas atividades normais.
  A IRC é assintomática na maioria dos casos, manifestando-se apenas com a paralisação do rim, assim, quando o indivíduo descobre que é portador da doença ele já necessita submeter-se ao tratamento dialítico. A manifestação da doença implica em mudanças abruptas no âmbito pessoal, familiar, profissional e social. Estas mudanças levam os indivíduos a reorganizarem seus compromissos alterando horários de atividades domésticas, laborativas, escolares e de lazer.

  O indivíduo enfrenta a perda de um corpo saudável e ativo, por um corpo frágil e marcado por cicatrizes de fístulas, edemas, cortes para a introdução de catéteres, descoloração da pele, emagrecimento, dentre outros. Recebe também novas incumbências como: fazer dieta alimentar necessária ao tratamento, tomar medicações continuamente, ficar em repouso, conhecer a doença e suas limitações e lidar com as restrições físicas. 
  Freqüentemente, o doente renal crônico sofre com a perda do emprego e da estabilidade econômica devido às restrições físicas e/ou da necessidade de dispor de longos períodos de tempo para diálise. Tal situação determina um dos principais problemas familiares quando o doente é o responsável pela manutenção financeira da família.
    Os contatos sociais diminuem, na maioria das vezes, devido as limitações físicas e as restrições alimentares impostas pelo próprio tratamento, assim o paciente fica impossibilitado de participar de atividades sociais, já que a maioria estão associadas a festas e passeios.

   A IRC impõe ao paciente a necessidade de confiar a sua vida à uma máquina e à equipe responsável pelo tratamento. Esta situação de dependência é decorrente da própria natureza da hemodiálise e torna-se uma constante lembrança de quão frágil é sua vida.

   A hemodiálise oferece uma possibilidade de tratamento no entanto, apresenta riscos e efeitos colaterais, submetendo os indivíduos a um estresse psíquico constante.
   Do indivíduo em tratamento hemodialítico é cobrado diariamente uma aderência a diminuição de líquidos às restrições alimentares e ao uso de medicamentos.

    O acompanhamento terapêutico ocupacional busca tornar possível um descolamento do DOENTE RENAL CRÔNICO, propiciando que o indivíduo encontre novas possibilidades de conviver melhor com a sua doença, tendo conhecimento dos comprometimentos e limitações do doente renal crônico apresento abaixo alguns recursos capazes de promover uma melhoria na qualidade de vida destes doentes, no âmbito social, afetivo e ocupacional:

 - Possibilitar um espaço para a simbolização dos significados da doença e do tratamento, trabalhando a falta de informação, os preconceitos e uma melhor convivência do paciente com a doença e o tratamento;

- Minimizar a ansiedade a que esta clientela está submetida, devido às especificidades do tratamento e às complicações do quadro clínico; 

 - Estimular e Diminuir a ociosidade decorrente da debilidade do quadro clínico do tratamento hemodialítico, desenvolver a socialização, através de atividades recreativas, lúdicas e criativas realizadas com o grupo em questão; e

 - Intervir no ambiente, introduzindo atividades enquanto elemento capaz de possibilitar ao paciente tornar-se produtivo e estabelecer uma nova relação com a equipe e o s demais integrantes do grupo.



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Transtorno emocional e como a Terapia Ocupacional pode auxiliar

  Transtorno Emocional é uma das principais causas de sofrimento para o ser humano: a dependência afetiva. Assim como o dependente químico, cujo organismo se desestrutura quando lhe é retirada a droga, o equilíbrio emocional do dependente afetivo entra em colapso quando ele é afastado da pessoa de quem se tornou dependente.
   Como por exemplo, na separação, abandono ou morte do ser amado, tira-lhe o chão e faz com que a pessoa perca toda a base onde apoiava sua vida. 
     
   A dependência se estrutura na base desse transtorno, pois é uma profunda carência afetiva, uma falta de nutrição emocional que se originou em sua história de vida, como pais ausentes, pais negligentes, ou aqueles excessivamente rígidos e incapazes de demonstrar afeto, estão geralmente presentes na história do dependente afetivo.

  Todos nós aprendemos desde muito cedo, que dependemos de nossos pais (verdadeiros ou simbólicos) para que tenhamos atendidas nossas necessidades básicas. 
  Esse reconhecimento  leva a perceber precocemente o quanto nossos comportamentos geram uma reação, seja positiva (de estímulo) ou negativa (de punição), por parte daqueles que amamos e dos quais somos dependentes.

  Com o passar do tempo, se a pessoa tiver um desenvolvimento adequado da auto-estima e autoconfiança, essa dependência irá se diluindo, e irá estabelecer - se relações onde se possa ter o reconhecimento do respeito à individualidade.

  Quando isto não ocorre, o desenvolvimento emocional se dá de forma desequilibrada e a pessoa seguirá pela vida estabelecendo relações afetivas onde predominam a insegurança e a dependência.

  Ela passará a condicionar seu comportamento sempre de modo a obter a aprovação daquele a quem quer agradar. Nos casos extremos, vemos pessoas submetendo-se a humilhações, abusos, explorações e toda sorte de desrespeito, simplesmente para garantir que o ser amado não as abandone.

   Assim como o único caminho para a cura da dependência química é reconhecer que se trata de uma doença, para o dependente afetivo também é essencial reconhecer que sofre de um transtorno emocional grave, que pode lhe trazer muito sofrimento.

  O segundo passo é buscar ajuda, pois sozinho dificilmente alguém consegue vencer o problema. A força de vontade e o desejo de superar o problema são fundamentais neste processo. Sem eles, nada poderá ser alcançado.


  O Terapeuta Ocupacional irá fazer com que os indivíduos reconheçam suas qualidades e talentos, sem necessitar do aval do outro para sentir-se alguém especial, é a primeira meta a ser alcançada. A partir do momento em que estabelece-se claramente quais os valores e princípios que se quer ver respeitados, não mais a pessoa irá permitir qualquer forma de abuso ou desrespeito por quem quer que seja, também vai trabalhar -se a auto estima, pois a pessoa têm e deve se amar e desejar para si sempre o melhor, é a única forma de evitar que a dependência afetiva o torne refém daquele a quem você julga amar,  muitas vezes aquilo que se acredita ser amor, não passa de medo da solidão e de  incapacidade de sermos nossos próprios nutridores emocionais.

    
  "Quanto maior for nossa capacidade de vivermos bem sozinhos, mais preparados estaremos para a convivência com o outro."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

bullying ? Bullying nas escolas

   Um assunto que atualmente tem tirado o sono de muitos pais e professores é o bullying, seu significado está relacionado a atormentar, perseguir ou humilhar.
  A princípio pode parecer brincadeira de criança ou de adolescente, mas este tipo de atitude pode causar sérios danos psicológicos, pois é um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica; ocorre repetidamente e intencionalmente, ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. Pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho. 
  Outra modalidade é o cyberbullying, onde as ofensas e humilhações são feitas por e-mail, MSN e mensagens por celular, esta é uma forma de exclusão social e as vítimas costumam ser mais retraídas e inseguras; por serem assim evitam pedir ajuda ou comunicar o fato a alguém, se sentindo desamparadas.
  Geralmente os agressores são ou tentam ser, líderes da turma, mais populares, aqueles que gostam de colocar apelidos nos colegas e da mesma forma que as vítimas, também precisam de auxílio psicológico.

                                                Como identificar vítima e agressor
 
  Depressão, baixo auto-estima, ansiedade, abandono dos estudos – essas são algumas das características mais usuais das vítimas. Os principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras, essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação, pois são presas fáceis, submissas e vulneráveis aos valentões da escola.
  Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades, como problemas com obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. Também pode acontecer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.
   Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares – aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a vítima, ele também precisa de ajuda psicológica, no futuro, este adulto pode ter um comportamento de assediador moral no trabalho e, pior, utilizar da violência e adotar atitudes delinqüentes ou criminosas. 
 
                                      Como prevenir o problema na escola
 
   Para evitar o bullying, o Terapeuta Ocupacional deve ir as escola e investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. E orientação para professores, que têm um papel importante na prevenção. 
 
• Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolaR;
• Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância;
• Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;
• Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, procure imediatamente a direção da escola;
• Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos. 
 
                                                     Como a família pode ajudar
 
    Os pais devem estar alertas para o problema – seja o filho vítima ou agressor pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. Dica:
 
• Mostre-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos.
• Fique atento às bruscas mudanças de comportamento.
• É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados.
• Comente o que é o bullying e os oriente que esse tipo de situação não é normal. Ensine-os como identificar os casos e que devem procurar sua ajuda e dos professores nesse tipo de situação.
• Se precisar de ajuda, entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Síndrome do x - frágil

  Síndrome do X-Frágil ou síndrome Martin & Bell, como também é conhecida, é a causa mais comum de atraso mental e autismo herdado, sendo sua incidência muito maior nos homens do que nas mulheres.
  A síndrome do X-Frágil é uma Doença genética que acontece em virtude de mutações no gene FMR1 no cromossomo X, que resulta na fragilidade desse cromossomo, dando nome a síndrome. Homens e mulheres tem 23 pares de cromossomos, 22 iguais e o par responsável pela identidade sexual que é diferente entre os sexos. Nos homens esse par é XY e nas mulheres XX, assim, quando um homem é portador da síndrome X-Frágil suas consequências são muito mais importante, porque ele tem apenas um cromossomo X, enquanto a mulher tem dois cromossosmos X, e assim as chances dela levar uma vida normal, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma da síndrome, mesmo sendo portadoras, são muito maiores.
   Os portadores possuem normalmente boa Saúde e aparência normal, porém com algumas características peculiares como a face alongada, orelhas grandes e de abano, mandíbulas proeminentes, prega siamesa na mão e macrorquidia que são os testículos aumentados, que aparecem, no entanto, quando adultos. As principais características são o Retardamento Mental e motor ou o atraso no seu desenvolvimento, que pode ser acompanhado de hiperatividade, déficit de atenção, dificuldade em manter contato físico e de olhar para as pessoas, problemas na fala, repetem e confundem as palavras. Podem apresentar além do atraso no desenvolvimento físico e mental, outras características associadas.
    Alguns portadores tem seu desenvolvimento pouco afetado, enquanto outros são muito afetados, assim o tratamento deverá variar de acordo com as necessidades individuais. O tratamento se dá com a intervenção psicofarmacológica e envolve o acompanhamento clinico em várias especialidades: Pediatra, neurologista, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Psicólogo e psicopedagogia para com isso minimizar os efeitos dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de sua família.

sábado, 17 de setembro de 2011

Hanseníase e a Terapia Ocupacional

   A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.
    A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz, outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.
  A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família.   O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.
   As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença. Esta resposta pode ser verificada através do teste de Mitsuda, que não dá o diagnóstico da doença, apenas avalia a resistência do indivíduo ao bacilo. Um resultado positivo significa boa defesa, um resultado negativo, ausência de defesa e um resultado duvidoso, defesa intermediária. Temos então, as seguintes formas clínicas da doença:
  • Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
  • Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. 
  • Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso. 
  • Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença. 

   A hanseníase pode apresentar períodos de alterações imunes, os estados reacionais. Na hanseníase borderline, as lesões tornam-se avermelhadas e os nervos inflamados e doloridos. Na forma virchowiana, surge o eritema nodoso hansênico: lesões nodulares, endurecidas e dolorosas nas pernas, braços e face, que se acompanham de febre, mal-estar, queda do estado geral e inflamação de órgãos internos. Estas reações podem ocorrer mesmo em pacientes que já terminaram o tratamento, o que não significa que a doença não foi curada. 
  
Atuação da Terapia Ocupacional

   Conjuntamente com o tratamento medicamentoso tem a atuação de outros profissionais além do Terapeuta Ocupacional, como o técnico em enfermagem, Enfermeira, Fonoaudiólogo .
  • Prevenção, divulgando junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura, como nas escolas ou em ações sociais;
  • Avaliação de todo o paciente para verificar a progressão da doença, como o paciente responde ao tratamento;
  • Adaptação de calçados, palmilhas, utensílios domésticos e o que for necessário para evitar maiores complicações para o paciente, como queimaduras e feridas por causa da perda da sensibilidade;
  • Confecção de órteses; e
  • Reabilitação: atividades para os músculos e tendões que enfraquecem, incham; lubrificação dos os olhos, nariz e pele que necessitarem.




   O tratamento da hanseníase no Brasil é feito nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento. A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Contribuição da Terapia Ocupacional em dores na coluna

   Escoliose dupla é um desvio sé­rio na coluna, este dano é provo­cado por dois vícios rotineiros de postura: carregar mochila com excesso de peso e usar sal­to alto diariamente.
   Este é um desvio, entre tantos outros problemas provocados pela postura inadequada – ações que todo mundo realiza todos os dias e nem sempre percebe que são prejudiciais.
  Quando a pessoa pratica em ex­cesso, esses hábitos podem re­sultar em alterações de postura e dores fortes. A dor na coluna, por exemplo, é a segunda prin­cipal queixa nos consultórios médicos - só fica atrás dos pro­blemas cardíacos. E, normal­mente, ela é causada pela pos­tura errada.
   Segundo o ortopedista Sérgio Zylbersztejn, presidente do Co­mitê de Coluna da SBOT (So­ciedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), 80% dos adultos terão dor na coluna por causa da má postura pelo menos um dia na vida. As princi­pais dores acontecem na colu­na lombar, seguida da cervical.
   Os Fisioterapeutas, diz que a postura erra­da pode ser considerada um problema de saúde pública, já que, em muitos casos, é por causa de problemas ocasiona­dos pela má postura que as pes­soas precisam de tratamentos prolongados e de afastamento do trabalho
   Mui­tas pessoas têm vícios posturais e não percebem, quando pro­curam ajuda, já estão com algu­ma alteração muscular. A me­lhor maneira de prevenir pro­blemas de postura é educar as pessoas,e isso deve ser feito ainda na infância. Os problemas ósseos demoram meses ou anos para aparecer, mas as dores musculares apa­recem menos de 24 horas de­pois de uma postura errada. 
     O tratamento com a Terapia Ocupacional 

    O tratamento é mais orientações e confecção de órteses e ou utensílios para auxiliar nas atividades de vida diária e ou deambulação. Primeiramente, inicia-se com a orientação do paciente, é fundamental que o paciente compreenda a doença, e aprenda o que deve fazer para evitar danos à articulação. É importante que o indivíduo mantenha boa saúde geral, elimine os fatores de risco, especialmente o excesso de peso, reduzindo a sobrecarga mecânica sobre as articulações, exercite-se e, acima de tudo, reconheça a sua própria responsabilidade no controle do tratamento.
   
15 posições corriqueiras que, quando se tornam freqüentes, podem causar doenças:
  
  - Dirigir com o braço esticado

    O banco não deve estar to­talmente para trás e os bra­ços não devem ficar nem completamente esticados nem totalmente flexionados, pois, apesar de não provocar problemas na coluna, essa posição pode levar a infla­mação dos músculos e dos tendões dos ombros. A pos­tura ideal é manter o banco com uma inclinação de 110graus e ficar com os cotove­los levemente flexionados. 

   - Sentar em cima da perna (em forma de 4)
  De acordo com os ortope­distas, essa é uma posição inadequada porque exige um esforço extra da co­luna. Apesar do conforto ini­cial, a perna pode ter cãibra, com o tempo, essa posição pode levar ao encurtamento da musculatura da coxa.
 - Pisar torto para dentro ou para fora
  Pessoas que têm altera­ções na pisada podem sofrer problemas nos joelhos, no quadril e, consequentemen­te, na coluna. Quando há desgaste desigual na sola do sapato significa que o ponto de gravidade mudou, o que pode causar dores nas costas e alterações na postura.
 - Ver TV deitado de lado no sofá
  Trata-se de outra posição inadequada, pois normal­mente o braço do sofá é mui­to alto e serve como apoio para o pescoço, o que deixa a coluna totalmente torta. Is­so pode causar dores muscu­lares na região do pescoço, semelhantes ao torcicolo, além de dor no meio das cos­tas e na região lombar. O ideal é ver TV sentado ou em poltronas reclináveis (que apoiam a coluna inteira).
 - Carregar a mochila pesada em um ombro só
   Erro de postura observado frequentemente em crianças e adolescentes, essa posição faz com que o peso da mochi­la seja colocado apenas sobre um dos ombros, o que pode provocar uma alteração pos­tural chamada escoliose (desvio lateral inadequado da coluna). O uso correto da mochila é com alças bilaterais, na frente ou nas costas.
 - Apoiar os cotovelos na mesa
  O hábito de manter os co­tovelos apoiados na mesa, especialmente durante reu­niões, além de escurecer e engrossar a pele, pode pro­vocar uma bursite (inflamação crônica na bursa, que é um tipo de almofada que fica entre o osso e a pele). Em ca­sos de inflamações crônicas, pode ser necessário fazer tratamento cirúrgico.
 - Ler deitado na cama
  É uma das piores posturas para a coluna, normalmente, as pessoas dobram o tra­vesseiro e se deitam, perma­necendo com o queixo para a frente (quase encostado no peito), Esse apoio não é abrangente para a coluna co­mo um todo, o que contribui para dores nas costas. Se­gundo ortopedistas, o ideal é ler com um apoio triangular para as costas pa­ra minimizar o esforço.
 - Digitar com os braços suspensos
  Deixar a cadeira e a mesa em uma altura adequada é fundamental para evitar que os braços fiquem suspensos durante a digitação. O hábito de digitar sem apoio pode provocar tendinites ou bur­sites no ombro. O antebraço deve estar apoiado no braço da ca­deira ou na mesa. A digitação deve ser feita usando o pulso e os dedos, pois, quanto mais suspensos os braços, maior o risco de dor e de inflamação.
 - Levantar peso sem flexionar os joelhos
  Quando a pessoa se abaixa sem dobrar os joelhos para carregar algum objeto, preci­sa fazer um impulso para voltar, isso atinge a coluna. O correto é abaixar-se flexio­nando os joelhos, assim o impulso para a volta é reali­zado com a força dos múscu­los das pernas, e não com os músculos das costas. Se o movimento for errado, a co­luna pode "travar".
 - Sentar com a perna cruzada
   Ficar muito tempo sen­tado com a perna cruzada não é adequado porque pode provocar dormência e ten­são na região dos culotes. Lo­go, pode causar dores mus­culares ou até uma bursite no quadril.       Além disso, o pe­so de uma perna em cima da outra também pode aumen­tar as dores no quadril.
 - Dormir com dois travesseiros
  Hábito bastante comum entre adultos, mas isso pode pro­vocar um desconforto seme­lhante ao de ler deitado na cama. Os travesseiros ficam muito altos e a coluna não fi­ca completamente acomo­dada, pode provocar torcico­los e dores musculares. Se for dormir com dois traves­seiros, o ideal é usar um de espuma bem fino por baixo e um de penas e mais flexível por cima, para que eles se moldem ao pescoço.
 - Apoiar o telefone entre o ombro e o pescoço
  O fato de a pessoa ficar com o pescoço inclinado e com os ombros elevados pa­ra segurar o telefone força a musculatura, provocando dores musculares e torcico­lo. Se essa posição for repe­titiva, pode acontecer um encurtamento da musculatura e o pescoço fica duro (sofre contratura muscular).
 - Jogar videogame com pernas"de Índio"
  Essa é uma postura muito comum entre crianças e adolescen­tes. O problema de ficar mui­to tempo sentado com as pernas cruzadas é que a musculatura da coxa fica tensa e os ombros ficam caí­dos para frente. A repetição pode provocar dores nos joe­lhos e hipercifose na coluna.
 - Usar sandália com salto - alto diariamente
  A altura ideal do salto não deve ultrapassar 5 cm, aci­ma disso, há uma alteração de postura porque a pessoa precisa manter o equilíbrio na parte anterior do pé. Quanto maior o salto, maior o peso na parte anterior do pé, pois isso encurta a muscula­tura da panturrilha de ma­neira crônica e o corpo se acostuma à postura errada, o que pode provocar altera­ções posturais importantes.
 - Sentar em cadeira escolar com braço
  A car­teira escolar deve ser ergo­nômica (de preferência, com mesa e cadeira ajustáveis). Cadeiras com braço forçam uma inclinação ruim da co­luna para o lado, deixando-a torta. Como o uso dessas ca­deiras é diário, aumenta-se o risco de dores nas costas e de disfunção postural.
 
 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Diabetes

   É uma disfunção do metabolismo, ou seja, do jeito com que o organismo usa a digestão dos alimentos para crescer e produzir energia. A maioria das comidas que comemos é quebrada em partículas de glicose, um tipo de açúcar que fica no sangue., esta substância é o principal combustível para o corpo.
  Depois da digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde é utilizada pelas células para crescer e produzir energia. No entanto, para que a glicose possa adentrar as células, ela precisa da ajuda de uma outra substância, a insulina. 
   A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, uma grande glândula localizada atrás do estômago. Quando nos alimentamos, o pâncreas produz automaticamente a quantidade certa de insulina necessária para mover a glicose do sangue para as células do corpo. Nas pessoas com diabetes, porém, o pâncreas produz pouca insulina ou então as células não respondem da forma esperada à insulina produzida. O que acontece? A glicose do sangue vai direto para a urina sem que o corpo se aproveite dela. Ou então fica no sangue, aumenta o que se chama de glicemia (concentração de glicose) e também não é aproveitada pelas células. Deste modo, o corpo perde sua principal fonte de combustível, pois há glicose no sangue, mas ela não pode ser jogada fora sem ser utilizada. 
   As principais características desta doença são: hiperglicemia, ou seja, elevação da quantidade de glicose no sangue e glicosúria (presença de açúcar na urina).
   Entre os sintomas mais freqüentes, estão: aumento da freqüência em urinar, sede exagerada, apetite exagerado, perda de peso, coceiras e doenças na pele, inflamações dos nervos, etc. 
  
    Os tipos existentes de diabetes, são:

 - Diabetes do tipo 1;
 - Diabetes do tipo 2; e
 - Diabetes gestacional.

    Diabetes tipo 1 - este tipo de diabetes é uma doença auto-imune. Isto significa que o sistema que seria responsável por defender o corpo de infecções (o sistema imunológico) atua de forma contrária e acaba lutando contra uma parte do próprio organismo. No diabetes, por exemplo, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, matando-as. Assim, este órgão passa a produzir pouca ou nenhuma insulina. Por conta disso, quem tem diabetes do tipo 1 deve tomar insulina todos os dias. Os mais acometidos por este tipo são crianças e adolescentes.

Diabetes do tipo 2 - esta é a forma mais comum do diabetes, entre 90% a 95% das pessoas que são diagnosticadas com esta doença, tem o tipo 2. Este diabetes está associada à velhice, obesidade, histórico da moléstia na família e de diabetes gestacional, além do sedentarismo. Nada menos do que 80% das pessoas que têm diabetes tipo 2 estão acima do peso ideal. Sua maior incidência se dá entre os adultos. 
    Por causa do aumento da obesidade entre crianças e adolescentes, já que as dietas de hoje em dia não são nada saudáveis, esta doença tem aumentando nestas faixas etárias. Nesta doença, quase sempre o pâncreas produz a quantidade suficiente de insulina, mas, por razões desconhecidas, o corpo não consegue utilizar esta substância de forma efetiva. A este problema dá-se o nome de resistência à insulina. Depois de alguns anos de resistência, a produção desta substância acaba diminuindo. O resultado é o mesmo de diabetes do tipo 1: a glicose produzida na digestão não é utilizada como combustível pelo corpo. 
   Este tipo de diabetes pode causar sérias complicações, por isso, é muito importante reconhecer os sintomas desta doença. Eles desenvolvem-se de forma gradual, ao contrário do que ocorre na do tipo 1, pois não aparecem repentinamente. Mas podem ser bastante parecidos e são reflexos do aumento da quantidade de açúcar no sangue:
 
 - Cansaço extremo
 - Náusea
 - Aumento da quantidade de urina
 - Sede além do normal
 - Perda de peso
 - Visão embaçada
 - Infecções freqüentes

Há outros sintomas menos freqüentes e mais graves:
 - Dificuldade de curar cortes e machucados
 - Coceira na pele (geralmente na área vaginal ou da virilha)
 - Perda da visão
 - Impotência

Algumas pessoas, no entanto, não apresentam sintomas.

Diabetes gestacional  - é uma doença caracterizada pelo aumento do nível de açúcar no sangue que aparece pela primeira vez na gravidez, este problema acontece em cerca de 4% das mulheres que ficam grávidas. Ela pode desaparecer depois do parto ou transformar-se num diabetes do tipo 2. 

   Por ter esta deficiência na produção de insulina, o diabético deve evitar doces, massas (pois estas ao serem metabolizadas dentro de nosso organismo são transformadas em glicose), bebidas alcoólicas, etc. É importante que o diabético sempre controle sua alimentação, pois agindo assim, conseguirá levar uma vida com menos riscos de ser acometido pelas complicações tão comuns aos portadores de diabetes. 

  Temos o livro TERAPIA OCUPACIONAL - UMA CONTRIBUIÇÃO AO PACIENTE DIABÉTICO, da autora Regina Célia Toscano Costa

Sinopse 
   Terapia Ocupacional - Uma Contribuição ao Paciente Diabético têm como objetivo apresentar o trabalho preventivo que a Terapia Ocupacional pode oferecer ao paciente diabético. Esse trabalho diz respeito aos cuidados que devem ser dispensados aos pés, a fim de evitar a perda de sensibilidade plantar em virtude da neuropatia. Com textos simples e claro, o livro aborda a influência da diabetes no cotidiano de seus portadores, a importância da avaliação do risco do pé diabético e o papel do Terapeuta Ocupacional no tratamento desse paciente, tudo para melhorar sua qualidade de vida e colocá-lo de volta às atividades de vida diária.
    Entrem o link abaixo os interessados, está com um preço ótimo e accessível 
    http://www.rubio.com.br/descricao.asp?cod_livro=RE7531 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dicas para recarregar a sua memória

  As melhores formas de combater o vazio são espantosamente simples - e até divertidas.
  Existe um conselho melhor do que o dizer da sua mãe : "ponha as coisas de volta no mesmo lugar", ou o hábito do vendedor de carros repetir todas as coisas muitas vezes? Há muita coisa! Mas isso não significa que sua mãe e o vendedor saibam algo, porém muitas das dicas antiquadas funcionam - se você tem o hábito de usá-las. 
  Mas existem também novas idéias, as variações de clássicos, - e divertidas - formas para aguçar e melhorar a sua memória.
  Aqui está algo que você pode fazer agora, exatamente onde você está, para melhorar a sua memória:

Repita esta frase: A minha memória é melhor do que eu acho que é.
 
   O que você acredita sobre a sua memória pode ter um impacto sobre o modo como você se lembra bem das coisas, diz Robin West, PhD, professora de psicologia da Universidade da Flórida, em Gainesville. Quando este tinha um grupo de voluntários tentava uma difícil tarefa de memória, ele achou que aqueles que foram informados de que a memória é uma habilidade que poderia ser melhorada com o esforço fizeram melhor do que aqueles que foram orientados que a sua memória pode ser melhorada. "É uma profecia auto-realizada - se você assumir que você não pode fazer isso, você não fará bastante esforço ou prestará tanta atenção, a fazer o que é preciso para ter sucesso", diz West.
   Estudos mostram que, nós temos a tendência para declinar a memória com a idade, mas estas descidas são normalmente muito menos dramáticas do que você esperaria. "Se houver uma queda - e nem sempre há - é muito, muito lento e sutil", diz Elizabeth Zelinski, PhD, professor associado de gerontologia e psicologia da Universidade do Sul da Califórnia em Los Angeles.
  Quão sutil ? Ela e seus colegas testaram a memória de adultos de diferentes idades, em 1978, e novamente em 1994, pedindo - lhes que se lembre de uma lista de 20 itens. Alguém lembrou de 17 itens em 1978, poderia lembrar 13 ou 14, repetindo o teste 16 anos depois.
   
Então a sua memória é melhor do que você realiza
 
Ok, sua memória é melhor do que você pensa, mas ela declina ao longo do tempo, e muitos problemas cotidianos de memória podem ser tratadas usando o senso comum e planejamento. Veja o que fazer com isso…
 
 - Você não consegue se lembrar de um nome Solução rápida: Pergunte onde, e não quem, "Muitas vezes temos dificuldade para lembrar as pessoas quando elas estão no lugar errado. Descubra onde você a conheceu , e você geralmente pode recordar o seu nome".
Como evitar: Olá, Herman, Herman, Herman. tendemos a esquecer palavras ou nomes que não usamos com frequência, então repita a nova informação para você mesmo - para ajudar a inserir-lo em sua memória.
   É mais eficaz repetir um nome quando a pessoa está na sua frente, é por isso que os vendedores utilizam o seu nome em todas as frases.

 - Você não pode encontrar as chaves do carro. Solução rápida: Em primeiro lugar, acalme-se, procurar a chave perdida é frustrante, pois faz você ficar tenso. Mas quanto mais tenso você fica, menos eficaz será a memória. Então, respire fundo, e retrace seus passos a partir da última vez que tinha as chaves nas mãos. Re-crie a situação e coloque-a em algum contexto, isso fará a sua memória funcionar melhor.
Como evitar: Uma busca do seu piloto automático, porque você não pode se lembrar onde deixou cair as chaves? Porque você fez isso milhares de vezes antes. Quando você faz as coisas rotineiramente, é provável que você esqueça, porque não há nada de especial nisso.   A memória não funciona bem em piloto automático , não confie nela. Em vez disso, faça o que a mãe lhe disse quando você perdeu seuS patins duas vezes por dia: "Mantenha-o em um lugar" ! Em um gancho, no seu bolso, por volta de seu pescoço - coloque as chaves lá todas as vezes que chegar em casa - cada vez !

 - Você não pode lembrar onde estacionou. Solução rápida : Verifique sua reação "instantânea". Uma das coisas que os seres humanos são bons a fazer é lembrar - se do que vêemi. Pergunte ao seu olho da mente o que você viu quando você estacionou, saiu do carro, e caminhou em direção ao edifício, pois isto deve lhe dar uma pista a respeito de onde o carro está.
Como evitar: A falta de atenção! A falta de foco é uma das maiores coisas que interfere a memória.
Como você pode lembrar um detalhe que nunca foi registrado? Cada vez que você estaciona, observe onde você está. Olhe para o terreno, e para os sinais. Na aproximação do edifício ou casa , olhar para trás uma ou duas vezes para ver o seu carro. 
 
 - Você conhece a palavra, mas fica Preso na ponta da língua. Solução rápida: Soa isso ... Seu cérebro armazena palavras como o som delas, bem como pelo seu significado. Ponha os sons semelhante através dessas palavras em voz alta e a palavra certa pode aparecer (Isto também pode trabalhar com os nomes).
Como evitar: Não há muito que você não possa fazer a cabeça, este fenómeno comum. Mas você pode beber e comer no fato de que seu vocabulário é provavelmente melhor do que jamais foi - e melhorá-lo a cada dia. Isso é porque nós não podemos perder a nossa memória das antigas palavras, mesmo quando nós aprendemos novas palavras.
Máxima lembranças
Felizmente, o seu cérebro não pede um tratamento especial, muitas das rotinas que mantêm seu corpo saudável irá manter o seu cérebro em boas condições de funcionamento também.


Aqui está uma lista:

  Para começar, veja o seu médico, ele pode detectar muitas causas reversíveis de problemas de memória - como a medicação ou efeitos de condições secundárias médicas graves. Certifique-se de obter um rastreio para os problemas de visão e audição, uma vez que estes podem parecer como deficits de memória, se estiver sutil.

Gerir o estado da Memória. Alguns dos perigos mais comuns de saúde associados com o envelhecimento - diabetes, hipertensão e colesterol elevado - pode ter um impacto negativo sobre a memória, se não forem controlados por dieta, exercício e, se necessário, a medicação.   Todas estas condições contribuem para um estreitamento dos vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigénio para o cérebro. 
    Encomende Comida para o cérebro, se elefantes nunca se esquecem, pode ser por causa de sua dieta rica em vegetais. Receba a abundância das vitaminas antioxidantes A, C e E encontradas em frutas brilhantemente coloridas e verde, legumes folhosos (objetivo de sete porções por dia). Além disso, tomar um multivitamínico para obter, pelo menos, os valores diários para esses nutrientes. Sua ação antioxidante pode proteger células cerebrais muito como fazem outras células no corpo.
    Faça uso dos Ómegas, estudos têm ligado consumo de alimentos ricos em gorduras insaturadas, uma classe chamada ácidos graxos ómega-3 para uma menor incidência de depressão e demência (perda de função intelectual). Um tipo de ómega-3, chamada DHA, podem ajudar a melhorar a função de células nervosas no cérebro. Boas fontes incluem ancoravas, atum, arenque, salmão (mas não as variedades de fumado). Seu objetivo: uma ou duas porções por semana.
   Melhore a sua mente - o hormônio que seu corpo libera quando você se estressa - é tóxico para o sistema nervoso. Altos níveis de cortisol inibe a utilização de células de oxigénio e glicose - portanto, eles acabam literalmente com a fome. Uma forma de manter a tensão e dar a sua memória um tempo extra, dê a si próprio alguns períodos de inatividade durante o dia; intercale períodos de atividade mental com períodos de relativa inatividade.

   Treine o seu cérebro -  Quando perguntado o que as pessoas devem fazer para manter a sua memória forte, todos os peritos em memória falam a favor do exercício. Exercício mental é o que funciona. O que funciona? Tudo aquilo que você gosta você pode fazer, se você segue estas orientações:
 - Misture tudo: Seguindo a mesma lógica, que leva a exercer atividades de tipos diferentes de memória. Você não pode confiar em apenas uma.
 - Desafie-se: Ler romances com enigmas complicados ou fazer palavras cruzadas de vez em quando. Aumentando o nível de desafio, você vai ter uma chance maior de manter a sua capacidade.
 
 - Faça o seu calendário: Além de escolher as atividades que lhe proporcionam um exercício de memória, certifique-se de manter sua mente engajada e estimulada. Leia livros cativantes, veja filmes interessantes, vá a exposições e palestras, junte-se a novos grupos, e fale com novas pessoas. Uma relação de causa e efeitos verdadeiros ainda não foi provada, mas muitos estudos ligam uma vida ativa com um bom funcionamento de memória.

Além disso, agora que a sua memória está funcionando tão bem, você não quer algumas novas experiências dignas de lembrança?

Reflexões sobre memória

   A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, seja internamente no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).
   A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade, pois é um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.
   Os neurocientistas distinguem memória declarativa de memória não-declarativa, memória declarativa, grosso modo, armazena o saber que algo se deu, e a memória não-declarativa o como isto se deu.  Memória declarativa, como o nome sugere, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, porém também mais rapidamente esquecida, essa memória também é chamada explícita esta chega ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amígdala). Já a memória não-declarativa, também chamada de implícita ou procedural, inclui procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão ou quando nos distraímos e vamos no "piloto automático" quando dirigimos), essa memória depende dos gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, porém bastante duradoura.  Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento, esta deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.

TIPOS DE MEMÓRIAS 

 . Memória declarativa: capacidade de verbalizar um fato. Classifica-se por sua vez em: 

 - Memória imediata: É a memória que dura de frações a poucos segundos, Um exemplo é a capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito. Estes fatos são após um tempo completamente esquecidos, não deixando "traços.

 - Memória de curto prazo: É a memória com duração de alguns segundos ou minutos. Neste caso existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços se chama de Período de consolidação. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar eventos recentes que aconteceram nos últimos minutos.

 - Memória de longo prazo:
É a memória com duração de dias, meses e anos, Um exemplo são as memórias do nome e idade de alguém quando se reencontra a pessoa alguns dias depois. Como engloba um tempo muito grande pode ser diferenciada em alguns textos como memória de longuíssimo prazo quando envolve memória de muitos anos atrás.

 - Memória de procedimentos: É a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida.
 

Bases anatômicas da memória

Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único locus. Diferentes estruturas cerebrais estão envolvidas na aquisição, armazenamento e evocação das diversas informações adquiridas por aprendizagem.

Memória de curto prazo:
depende do sistema límbico, envolvido nos processos de retenção e consolidação de informações novas.
 
Memória de trabalho:
compreende um sistema de controle de atenção (executiva central), auxiliado por dois sistemas de suporte (Alça Fonológica e Bloco de Notas Visuoespacial) que ajudam no armazenamento temporário e na manipulação das informações. O executivo central tem capacidade limitada e função de seleccionar estratégias e planos, tendo sua atividade relacionada ao funcionamento do lobo frontal, que supervisiona as informações. Também o cerebelo está envolvido no processamento da memória operacional, atuando na catalogação e manutenção das sequências de eventos, o que é necessário em situações que requerem o ordenamento temporal de informações. O sistema de suporte vísuo-espacial tem um componente visual, relacionado à região occipital e um componente espacial, relacionado a regiões do lobo parietal. Já no sistema fonológico, a articulação subvocal auxilia na manutenção da informação; lesões nos giros supramarginal e angular do hemisfério esquerdo geram dificuldades na memória verbal auditiva de curta duração. Esse sistema está relacionado à aquisição de linguagem.
 
Memória de longo prazo

 . Memória explícita
 . Memória implícita: a aprendizagem de habilidades motoras depende de aferências corticais de áreas sensoriais de associação para o corpo estriado ou para os núcleos da base. 

Fatores relacionados com a perda de memória 

 - Amnésia:  perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer processo que prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua fixação em memória a longo prazo pode resultar em amnésia. Podem ser classificadas em amnésia orgânica causada por distúrbios no funcionamento das células nervosas, através de alterações químicas, traumatismos ou transformações degenerativas que interferem nos processos associativos acarretando uma diminuição na capacidade de registrar e reter informações, ou amnésia psicogênica resultante de fatores psicológicos que inibem a recordação de certos fatos ou experiências vividas. Em linhas gerais, a amnésia psicogênica atua para reprimir da consciência experiências que causam sofrimento, deixando a memória para informações neutras intacta. Neste caso, pode-se afirmar que a pessoa decide inconscientemente esquecer o que a faz sofrer ou reviver um sofrimento, em casos severos, quando as lembranças são intoleráveis, o indivíduo pode vivenciar a perda da memória tanto de fatos passados quanto da sua própria identidade. As amnésias podem ainda ser divididas em termos cronológicos, em amnésia retrógrada e amnésia anterógrada. A amnésia retrógrada é a incapacidade de recordar os acontecimentos ocorridos antes do surgimento do problema, enquanto a amnésia anterógrada é à incapacidade de armazenar novas informações a longo prazo.

 - Doença de Alzheimer: uma porção significativa da população acima dos 50 anos sofre de alguma forma de demência. A mais comum é a doença de Alzheimer, na qual predomina a perda gradativa da memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas áreas cerebrais responsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro.

 - Outros fatores: 

  A doença de Parkinson, nos estágios mais severos, o alcoolismo grave, uso abusivo da cocaína ou de outras drogas, lesões vasculares do cérebro (derrames), o traumatismo craniano repetido e outras doenças mais raras também causam quadros de perda de memória.

A memória e o olfato: as memórias que incluem lembrança de odores têm tendência para serem mais intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sido encontrado só uma vez na vida pode ficar associado a uma única experiência e então a sua memória pode ser evocada automaticamente quando voltamos a reencontrar esse odor. E a primeira associação feita com um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes (existe uma interferência proactiva). É o caso da aversão a um tipo de comida. A aversão pode ter sido causada por um mal estar que ocorreu num determinado momento apenas por coincidência, nada tendo a ver com o odor em si; e, no entanto, será muito difícil que ela não volte sempre a aparecer no futuro associada a esse odor.