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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Terapia Ocupacional na piscina

     
   Aplicar os conceitos da Terapia Ocupacional convencional na piscina terapêutica é o principal objetivo, e o público alvo são pacientes com sequelas motoras, de origem neurológica, não tendo como restrição, a faixa etária.
   Enxergar a piscina não apenas como meio gerador de estímulos, mas enriquecê-la a partir do que a possibilidade de contato com a água pode significar para cada um.  E a transformação do ambiente objetiva contextualizar a piscina considerando o que os clientes trazem em suas bagagens de vida: experiências, símbolos e imagens, que refletam seu cotidiano, seus valores e suas expectativas.
    São bem mais eficazes quando se trata em trabalhar a musculatura de pacientes com sequelas motoras, por exemplo: na água conseguimos resultados mais rápidos e melhores do que no solo quando se trata de espasmo muscular ( é uma contração súbita e involuntária de um músculo ou de um grupo de músculos, acompanhada por dor e restrição nos movimentos).
      Fora da água, a ação da gravidade dificulta o posicionamento dos braços à frente do corpo e também o equilíbrio sentado para a realização das atividades da vida diária e prática.

      O atendimento na piscina favorece os seguintes efeitos terapêuticos:
 
  - Redução da ação da gravidade facilitando a manutenção dos Membros Superiores (MMSS) em posição funcional;
  - Alívio da dor e do espasmo muscular;
  - Relaxamento;
  - Manutenção ou aumento da amplitude de movimento das articulações;
  - Reeducação de músculos paralisados;
  - Fortalecimento dos músculos e desenvolvimento de sua força e endurance propiciada pela resistência oferecida pela água aos movimentos;
  - Estímulo da auto-confiança para atingir independência funcional;
 - Relembrando, as propriedades Físicas da água incluem massa, peso, densidade, gravidade específica ou densidade relativa, flutuação, pressão hidrostática, tensão superficial, refração e viscosidade.
    Sendo assim, a água oferece a experiência de encontrar o corpo sendo atuado pelas propriedades acima relacionadas proporcionando a vantagem do exercício ser realizado em três dimensões, algumas vezes com dificuldade fora d' água.

      A Terapia Ocupacional na água apresenta melhora em:
 
   -  Na retificação de tronco em crianças com sequelas de Paralisia Cerebral;
   - Na quebra do padrão flexor em adolescentes, favorecendo um início de função com Membros Superiores (ex. preensão);
   - Fortalecimento muscular pós aplicação de bloqueio químico (botox, fenol) com menos fadiga e dor;
   - Maior conscientização da importância da independência nas Atividades da Vida Diária;
   - Na função bimanual e dissociação de cintura escapular;
   - A terapia inicia-se no vestiário (treino de vestir e despir ) sendo consecutivo um treino de transferência (sair da cadeira e entrar na piscina e vice-versa).
     A satisfação dos pacientes e familiares evidencia que o método de Terapia Ocupacional aquática promete muito, uma vez que, em  pouco tempo de trabalho, os resultados são muito positivos, sendo observados já na 4ª sessão as melhoras no paciente. Isto, além de observado por nós Terapeutas Ocupacionais, é também notado e comentado pelos pacientes e familiares e confirma a eficácia do método.
      Não podemos desprezar o fato de que na água os pacientes têm se mostrado muito mais motivados para esta atividade, o que é fundamental para a obtenção dos resultados observados. 


           

3 comentários:

  1. Eu nunca conheci um Terapeuta Ocupacional que trabalhasse na piscina.Por que, existe a hidroterapia que é feita por fisioterapeutas.Existe uma dificuldade dos T.O.s em trabalhar com esse recurso?.Eu gostaria de saber mais sobre Terapia Ocupacional e timidez.Eu achei muito pouco sobre esse assunto.Acho que nós terapeutas Ocupacionais deveríamos escrever mais artigos!E esse o estímulo deveria começar na faculdade!Parabéns pelo seu blog!!Chaiton.W.C.B

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  2. Eu gostaria de saber se essa atividade serve também para quem sofre com artrite reumatoide

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    1. O importante é que o indivíduo com artrite reumatoide se mantenha ativo e atividades aeróbicas e de resistência moderadas, podem contribuir para a redução do edema e as dores nas articulações, assim como dissipar a fadiga constante. Os melhores exercícios para a pessoa com A.R. é a caminhada, hidroginástica e natação (de preferência numa piscina de água aquecida) as duas últimas são opções a considerar. Pois a natação aumenta o condicionamento das articulações de todo o corpo, onde esta trabalha com o fortalecimento de grandes grupos musculares sem causar tensão nas articulações, além de condicionar o sistema cardiovascular, assim como, a hidroginástica. A água amortece o impacto dos pés com o chão, oferecendo maior resistência que o ar, a ginástica feita dentro da piscina traz um maior gasto calórico sem prejudicar as articulações.

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