Total de visualizações de página

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

    Ultimamente muito se tem falado sobre uma doença chamada Linfoma, principalmente na mídia, por causa do ator Reynaldo Giannechini. O Linfoma é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e é mais comum a aparição dele em homens do que em mulheres (na proporção de 3 homens para 2 mulheres). Outra característica da doença é que ela é mais comum em pacientes com o sistema imunológico comprometido, como pacientes que sofrem de algum tipo de transplante ou foram contaminados com o vírus HIV. Linfoma é um termo usado para designar tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias.
   Existem duas categorias: o linfoma de Hodgkin e o linfoma Não-Hodgkin, há dezenas de tipos de linfomas dentro dessas duas características. O linfoma de Hodgkin é o mais raro e atinge, na maioria, jovens e pessoas de meia idade - este é o que o ator apresenta; já o Não-Hodgkin é o mais comum que corresponde por 90% dos casos e é mais comum em pessoas com mais de 55 anos. Na maioria das ocorrências, não é possível definir o que causou o linfoma, mas já são conhecidos alguns fatores de risco para o surgimento da doença. 
 
Os principais são:

- Sistema imune comprometido - Pessoas com deficiência de imunidade, em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Bar e HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas) têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.;

- Exposição química - Os linfomas estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar o risco de ocorrência; e
- Exposição a altas doses de radiação. 
   Os principais sintomas são: o aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha; sudorese noturna excessiva; febre; prurido (coceira na pele); e perda de peso inexplicada, sem infecções aparentes, a lista também pode incluir outros sintomas que dependem da localização do tumor - se a doença ocorre na região do tórax, por exemplo, os sintomas podem ser de tosse, falta de ar e dor torácica. 
   São necessários vários tipos de exames para determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características, reunindo informações úteis para a escolha do tratamento mais eficaz. 
    Os métodos utilizados são: Biópsia ou retirada, e análise de uma pequena porção de tecido, em geral linfonodos; exames de imagem; e estudos celulares, que incluem, entre outros, a análise de cromossomos, novos testes, bastante promissores, surgem a partir de trabalhos com a análise do genoma. 
   A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia ou ambos, a quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de linfoma; a radioterapia normalmente é usada para reduzir a carga tumoral em locais específicos, aliviar sintomas relacionados ao tumor e também consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certas áreas do organismo mais suscetíveis. 
   As chances de cura variam muito e dependem fundamentalmente do estágio em que a doença é diagnosticada e do tipo de linfoma: 
  - No estágio 1: observa-se envolvimento de apenas um grupo de linfonodos, já no estágio 4, há envolvimento disseminado dos linfonodos;
    Hoje, o cálculo do risco baseia-se nesses dois fatores e no chamado índice prognóstico, que considera uma série de características do paciente, algumas condições, como ter 60 anos ou mais, sofrer de anemia e ter presença elevada de determinadas enzimas no organismo, elevam o índice e portanto o risco. 
   Não existem formas comprovadas de prevenção da doença, mas muitos especialistas afirmam que uma dieta ricas em frutas e verduras possam proteger o organismo dos linfomas, como também de outros cânceres.  

domingo, 28 de agosto de 2011

Tiques, cacoetes, barulhos com a garganta, repetição de palavras…entenda a síndrome de Tourette

  Você deve conhecer ou já ter visto alguém com um tique incontrolável…que faz sons com a garganta de forma incompreensível…ou que repete palavras sem nenhuma razão. Não estamos falando de loucura. Trata-se da síndrome de Tourette (ou síndrome de Gilles de la Tourette – SGT).
  O Tourette, um transtorno neurológico que atinge 1% da população mundial, faz com que a pessoa emita sons pela garganta, repita palavras e desenvolva tiques motores de forma involuntária. Sem controle, não consegue e não sabe como parar.  A pessoa faz, por exemplo, movimentos repetitivos com os olhos, braços e boca, repuxa a cabeça, entorta o pescoço, faz caretas, pula, toca em pessoas ou coisas, estala os dedos, solta sons sem sentido, tosse, funga, suspira, estala a língua, repete ou pronuncia palavras involuntariamente e, em alguns casos, fala até palavrões ou obscenidades.  Não é possível escolher o que se fala ou gesticula. Acontece sem querer. O portador de Tourette até consegue controlar os tiques por algum tempo, mas geralmente eles voltam num acesso forte em seguida. Quando nervosa ou ansiosa, a pessoa potencializa os impulsos. Com a descarga de adrenalina, os tiques podem piorar. 
Como diagnosticar?
   Os sinais da síndrome começam a ser percebidos por volta dos seis, sete anos. Em muitos casos, a doença permanece na fase adulta.
  Por falta de compreensão e conhecimento, grande parte dos portadores da síndrome de Tourette são discriminados ou sofrem bullying, principalmente na infância. Os movimentos e gestos estranhos chamam a atenção. Assim surgem os apelidos, as piadas, agressões e, com eles, a ansiedade, baixa auto-estima, insônia, diminuição do rendimento escolar e timidez. Com a idade, a tendência é que os tiques diminuam de variedade e intensidade, atrapalhando pouco ou nada a vida da pessoa.
  O diagnóstico da Tourette é feito pela observação dos sinais e pelo histórico do surgimento dos sintomas. Nenhum exame de sangue, imagem ou qualquer outro tipo estabelece o diagnóstico da síndrome.  No entanto, o médico pode solicitar alguma investigação complementar (EEG, tomografia ou certas análises sanguíneas) para descartar outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes.  A causa da Tourette é desconhecida, mas sabe-se que há influência de fatores genéticos e neurobiológicos.
 
O tratamento

  Ainda não há cura para a síndrome de Tourette, mas existem várias maneiras de controlá-la. Os tratamentos incluem terapia comportamental, medicações diárias e estimulação profunda do cérebro. A escolha do tipo de tratamento varia conforme o paciente e o quanto a síndrome afeta sua vida.
 
  O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais, a fim de reduzir ou evitar possíveis consequências psicológicas e na vida social do paciente.





O poder das palavras

    As palavras podem influenciar diretamente no dia a dia das pessoas ninguém dúvida, mas será que temos a noção que a forma com que passamos uma mensagem também é de grande relevância?
    Trilhamos o nosso caminho de modo que a informação sobre saúde possa, não só nutrir o intelecto, mas agregar valor em cada um dos oito pilares considerados, por nós, essenciais para ter qualidade de vida.
     O vídeo a seguir serve de inspiração para manter o cuidado em cada palavra ou resposta a cada tipo de pessoas de nosso convívio. E também, saber da influência na saúde das pessoas com o significado mais amplo que a afirmativa possa ter. 

 

sábado, 27 de agosto de 2011

A importância do aleitamento materno para crianças de zero até os dois anos de idade


    De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (2006), o aleitamento materno é a primeira prática alimentar a ser estimulada para promoção da saúde, formação de hábitos alimentares saudáveis e prevenção de muitas doenças.   A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que as crianças sejam amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e, após essa idade, deverá ser oferecida a alimentação complementar apropriada, além da amamentação até pelo menos a idade de dois anos.
   O aleitamento materno exclusivo é definido como o consumo único de leite materno, sem chás, sucos e outros alimentos, exceto vitaminas, minerais e medicamentos.
    É sugerido que crianças em aleitamento parcial, ou seja, com o uso de fórmulas infantis e/ou leite de vaca puro, possam chegar a consumir até 20% a mais de calorias diárias do que aquelas em aleitamento materno exclusivo.
   Estudos recentes têm levantado a hipótese de que o aleitamento materno poderia ter efeito protetor contra a obesidade. Entende-se que é possível que os lactentes alimentados ao seio materno de forma exclusiva desenvolvam certos mecanismos de auto-regulação do consumo energético.
   Outro importante benefício do aleitamento materno é o desenvolvimento de uma melhor percepção dos sabores pelo lactente, o que o influencia em suas futuras preferências e escolhas alimentares após o desmame.
   Todo profissional de saúde, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos, devem orientar quanto aos benefícios do aleitamento materno.

     De 1º a 7 de agosto de 2011 comemora-se a Semana Mundial da Amamentação, em breve abaixo segue um vídeo sobre a importância da amamentação produzido pela Sociedade Brasileira de Pediatria.




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Neuroses e a contribuição da Terapia Ocupacional

   A palavra "neurótico", da maneira como costuma ser usada hoje, tem sentido impróprio e pode ser ofensivo ou pejorativo. Pessoas que não entendem nada dessa parte da medicina podem usar a palavra "neurose" como sinônimo de "loucura". Mas isso não é verdade, de forma alguma.
   Esta trata-se de uma reação exagerada do sistema nervoso em relação a uma experiência vivida (Reação Vivencial), ou seja, uma maneira em que a pessoa neurótica reage à vida através de reações vivenciais não normais, seja no sentido de reações desproporcionais, pelo fato de serem muito duradouras ou pelo fato de existirem mesmo que não exista uma causa vivencial aparente. Essa maneira exagerada de reagir leva esta pessoa  a adotar uma série de comportamentos, como: evitar lugares, fazer atitudes para alívio da ansiedade... etc).
    O neurótico, têm plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo. 

   Exemplos: 
 
 1 - Diante de um compromisso social a pessoa neurótica reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação. Diante desse mesmo compromisso social a pessoa começa a ficar muito ansiosa uma semana antes (muito duradoura) ou finalmente, a pessoa fica ansiosa só de imaginar que terá um compromisso social (sem causa aparente).

 2 - Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio a multidão, etc) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa ou começa a passar mal só de saber que terá de enfrentar tal situação (sem causa aparente). 

  Neurose não é sinônimo de loucura, assim como também, não apresenta nenhum comprometimento de sua inteligência, nem de contato com a realidade. Seus sentimentos também são normais. Eles amam, sentem alegria, tristeza, raiva, etc., como qualquer pessoa.      A diferença entre uma pessoa neurótica e uma normal é em relação à quantidade de emoções e sentimentos e não quanto à qualidade deles, os neuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que todos nós temos, porém, exageradamente. A Neurose, portanto, não é uma doença mental é, sobretudo, uma doença da personalidade. 
   De modo geral, e didaticamente, as neuroses costumam ser classificadas através de seu sintoma mais proeminente, não significando que todas elas possam ter uma série de sintomas comuns (todas têm ansiedade, por exemplo).
    Um dos tipos mais comuns, hoje em dia, é aquele cujo sintoma proeminente é a fobia (medo patológico), juntamente com ansiedade.

 - O Transtorno Fóbico-Ansioso é uma neurose que se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia entre outros sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação específica.
    Dentro dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos:
1 - Agorafobia (medo fóbico de lugares específicos);
2 - Fobia Social (medo de ser avaliado por outras pessoas) e;
3 - Fobia Específica (medo fóbido de determinados objetos).

 - O Transtorno Ansioso:
é outro tipo de neurose com padrões individuais de ansiedade que variam amplamente. Algumas pessoas com ansiedade neurótica podem ter sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como náuseas, vômito, diarréia ou vazio no estômago, outros ainda apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos da ansiedade variam de pessoa para pessoa e psicologicamente pode monopolizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade.
 
 - Os Transtornos Histriônicos (Histéricos): são neuroses onde o sintoma principal é a teatralidade, sugestionabilidade, necessidade de atenção constante e manipulação emocional de pessoas ao seu redor. O neurótico histérico pode desmaiar, ficar paralítico, sem fala, trêmulo, e desempenhar todo tipo de papel de doente. 

 - Os Transtornos do Espectro Obsessivos-Compulsivos: neuroses cujo sintoma principal é a incapacidade de controlar manias e rituais, assim como determinados pensamentos desagradáveis e absurdos.
     Também incluimos a Distimia, cujo sintoma mais proeminente é a tendência a reagir depressivamente à vida, ou seja, é a pessoa com tendência à longos períodos de depressão. 

       Tratamento Terapêutico Ocupacional 

  Diminuir a ansiedade: estabelecendo relação de confiança ( facilitando verbalização de sentimentos e preocupações); reforçar a auto-estima; ajudar na identificação de situações geradoras de ansiedade; ajudar a desenvolver habilidades de afirmação e de comunicação; facilitar espaços de relaxamento; e promover a interação social.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
  Segundo o grupo de ajuda espanhol Neuróticos Anônimos On-line, o primeiro passo para deixar de sofrer por pensamentos e/ou comportamentos difíceis de controlar é reconhecer que tem o problema. O segundo passo é procurar ajuda profissional e, para isso, existem profissionais qualificados para isso.
   O teste a seguir é utilizado pelo grupo, Responda as perguntas e, se a maioria for positiva, é sinal de que as coisas não estão indo bem.

1. Você é muito indeciso?
2. Se sente incompreendido?
3. Se sente angustiado ou magoado sem saber por que?
4. Sente muitos remorsos?
5. Preocupa-se constantemente (com qualquer coisa)?
6. Se sente inferior ou superior aos demais?
7. Você é tímido, muito cauteloso ou desconfiado?
8. Mente com facilidade?
9. Assume mais responsabilidades do que as que pode dar conta?
10. Trata sempre de justificar-se ou defender-se?
11. Você é esquecido?
12. Se cansa facilmente ou ao contrário precisa estar em constante atividade?
13. Tem insônia?
14. Necesita de remédios (tranquilizantes por exemplo) para passar o dia ou para dormir?
15. Sofre com medos excessivos?
16. Tem dores de cabeça com frequência?
17. Tem idéias ou pensamentos de morte?
18. Sente que a vida já não tem sentido?
19. Sente que seus problemas pioraram a cada dia?
     

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Terapia Ocupacional utilizando-se da comunicação alternativa e ampliada

    É uma maneira alternativa à comunicação oral e escrita que compreende o uso de gestos, sinais manuais, expressões faciais, pranchas com símbolos pictográficos, pranchas de alfabeto, comunicadores de voz gravada ou sintetizada até sistemas sofisticados de computador.  
    Esta deve ser iniciada o mais precocemente possível, a fim de se evitar a diferença entre a linguagem receptiva e expressiva bem como suas conseqüências no desenvolvimento global da pessoa com dificuldade de expressão, tanto no aprendizado, como no nível de autonomia e
integração social. 
   Na comunicação alternativa o Terapeuta Ocupacional analisa os aspectos motores, cognitivos, sensoriais, emocionais e sociais envolvidos na utilização de um determinado símbolo, recurso, estratégia ou técnica para determinar o sistema mais adequado para o usuário. Em cada um dos aspectos que compreendem o sistema de comunicação o papel do Terapeuta Ocupacional é fundamental.
    O trabalho realizado com a comunicação alternativa possui diversas fases, sendo que na fase inicial o Terapeuta Ocupacional procura apenas observar os comportamentos naturais da criança, a fim de captar suas necessidades, seus interesses, razões de motivação e, principalmente, como ela se organiza para atingir um objetivo ou fazer um pedido. Com isso, é possível descobrir sinais que possibilitarão ao profissional reconhecer qual o melhor caminho a ser efetuado para dar início a uma relação comunicativa. Dando continuidade ao trabalho, é de extrema importância que o Terapeuta Ocupacional proporcione à criança a capacidade de tornar-se ativa, e que por sua vontade e uma ação realizada ela crie outras ações, que irão estimulá-la a experimentar, acomodar e elaborar os processos de pensamento no intuito de interagir cada vez mais com o ambiente. 
  Os pais devem ser orientados pelo Terapeuta Ocupacional quanto à utilização da comunicação alternativa, pois quando o indivíduo a utiliza ele pode mostrar que apesar das suas limitações, pode fazer parte da sociedade, pensar e ter sentimentos como todos, porém necessita desses equipamentos. Aos pais também devem ser mostrados o objetivo do trabalho, que não está voltado ao equipamento a ser utilizado, mas em oferecer condições de vida mais próximas daquelas consideradas normais, favorecendo a linguagem e consequentemente, a interação e integração social do sujeito, contribuindo dessa forma para o exercício de sua cidadania. 
    O grupo que pode ser beneficiado pela comunicação alternativa é bastante heterogêneo, são crianças e adultos com patologias que comprometem a aquisição e/ou desenvolvimento da linguagem, fala, escrita, quer seja temporária ou permanente. 
     O maior objetivo é visar a promoção de uma melhor participação no meio escolar, interação interpessoal e social, funcionando como uma ponte que conduz ou amplia o acesso à comunicação permitindo ao indivíduo mais independência na sua vida cotidiana. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Autismo e a intervenção da Terapia Ocupacional

  O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento, ou seja, uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização e de comportamento. 
   Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral, fenilcetonúria que é uma deficiência herdada de enzima, ou a síndrome do X frágil. Além disso,  pode-se admitir que tenha relação com fatos ocorrido durante a gestação ou parto.
  Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios retardos no desenvolvimento da linguagem, alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos. Adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional, porém, os problemas de comunicação e sociabilização freqüentemente causam dificuldades em muitas áreas da vida, estes continuarão a precisar de encorajamento e apoio moral em sua luta para uma vida independente. 
  Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a seguir:
 
 - Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;
 - Riso inapropriado;
 - Pouco ou nenhum contato visual;
 - Aparente insensibilidade à dor;
 - Preferência pela solidão; modos arredios;
 - Rotação de objetos;
 - Inapropriada fixação em objetos;    

 - Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;
 - Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
 - Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;
 - Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);
 - Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares);
 - Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);
 - Recusa colo ou afagos;
 - Age como se esti vesse surdo;
 - Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras;
 - Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;
 - Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos.
    É relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança, estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Vale salientar  que a ocorrência desses sintomas não é determinista no diagnóstico do autismo, para tal, se faz necessário acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra.

    Diagnóstico :

  Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo. Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças autistas, quando o bebê mostra-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção por longos períodos em determinados itens, outras crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para mais tarde tornar-se isolado a tudo e a todos. Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente através de entrevista e histórico do paciente, no entanto, tem famílias que levam anos para perceber algo anormal na criança, causando atraso para o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado. 

    Tratamento Terapêutico Ocupacional 

  O tratamento do autismo vai depender da gravidade do déficit social, de linguagem e comportamental que o indivíduo se encontra. 
   Em crianças pequenas, a prioridade do tratamento normalmente é o desenvolvimento da fala, da interação social / linguagem  e o suporte familiar, já com adolescentes, o tratamento é voltado para o desenvolvimento de habilidades sociais necessários para uma boa adaptação, desenvolvimento de habilidades profissionais e terapia para desenvolvimento de uma sexualidade saudável, e com adultos, o foco está no desenvolvimento da autonomia, ensino de regras para uma boa convivência social e manutenção das habilidades aprendidas.

    De um modo geral o tratamento tem 4 objetivos:

 - Estimular o desenvolvimento social e comunicativo;
 - Aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
 - Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano; e
 - Orientar as famílias a lidarem com o autismo. 

  Intervenções apropriadas iniciadas precocemente podem fazer com que alguns indivíduos melhorem de tal forma, que os traços autísticos ficam imperceptíveis para aqueles que não conheceram a trajetória desenvolvimental desses indivíduos. O diagnóstico precoce do autismo permite a indicação antecipada de tratamento. Um tratamento adequado deve levar em consideração as comorbidades (transtornos associados a cada caso) para a realização de atendimento apropriado em função das características particulares do indivíduo por exemplos de comorbidades: Transtorno obsessivo-compulsivo e problemas de aprendizagem.
   A terapêutica pressupõe uma equipe multi e interdisciplinar – tratamento médico (pediatria e psiquiatria) e tratamento de reabilitação (psicologia, fonoaudiologia, pedagogia e Terapia Ocupacional), profissionalizante e inclusão social, uma vez que a intervenção apropriada resulta em considerável melhora no prognóstico.
   O sucesso do tratamento depende não só do empenho e qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento destes indivíduos, como também dos estímulos feitos pelos cuidadores no ambiente familiar. Quanto mais os cuidadores souberem sobre o tratamento do autista, melhor para o desenvolvimento global.  
   O quadro de autismo não é estático, alguns sintomas modificam-se, outros podem amenizar-se e vir a desaparecer, porém novas características poderão surgir com a evolução do indivíduo. É aconselhável avaliações sistemáticas e periódicas. 
   Os medicamentos continuam sendo componentes importante para o tratamento, porém nem todos os pacientes deverão utilizá-lo. 
   



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

     A auriculoterapia visa à estimulação dos pontos reflexos que tenham a propriedade de restabelecer o equilíbrio dos órgãos internos e melhorar os sintomas.
  O grande interesse dos profissionais da saúde na auriculoterapia é que ela age nos estados emocional, funcional e estrutural curando ou melhorando a qualidade de vida das pessoas.


      Áreas de maior atuação: 
                                                     • Dor aguda e crônica;
                                                     • Reumatologia;
                                                     • Geriatria e Gerontologia;
                                                     • Neurologia (Neuro-funcional) Adulta e Pediátrica;
                                                     • Estética (obesidade) ;
                                                     • Saúde do Trabalhador;
                                                     • Saúde Pública;
                                                     • Distúrbios Emocionais (estresse e ansiedade);
                                                     • Insônia;
                                                     • Distúrbios Respiratórios.

  6ª turma do curso básico de auriculoterapia, começando dia 03/09/11: local: INSTITUTO ATIVA
Endereço: R. da saudade n°1832 – Nova Descoberta
Fone: (84) 32061618 / 9112-3818 

domingo, 21 de agosto de 2011

Os 11 benefícios da caminhada para o corpo e a mente

   Você conhece algum exercício mais fácil de praticar do que a caminhada? Ela não exige habilidade, é barata, pode ser feito praticamente a qualquer hora do dia, não tem restrição de idade e ainda pode ser feita dentro de casa se a pessoa tiver uma esteira. Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo, depois de apenas uma semana, explica o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp
   Além da melhora do condicionamento físico, as vantagens de caminhar para a saúde do corpo e da mente são muitas, e comprovadas pela ciência. "O Minha Vida reuniu 11 benefícios que esse hábito pode fazer para você". Confira aqui e movimente-se:

 - Melhora a circulação : Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão. 
  Além disso, a caminhada faz com que as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia.    

 - Deixa o pulmão mais eficiente : O pulmão também é bastante beneficiado quando caminhamos, pois as trocas gasosas que ocorrem nesse órgão passam a ser mais poderosas quando caminhamos com frequência. Isso faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o mais livre de catarros e poeiras.
  A prática da caminhada, pode ajudar também a dilatar os brônquios e prevenir algumas inflamações nas vias aéreas, como bronquite. Em alguns casos mais simples, ela tem o mesmo efeito de um xarope bronco dilatador.

 - Combate a osteoporose : O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade de estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose.
  Na fase inicial da perda de massa óssea, a caminhada é uma boa maneira de fortalecer os ossos, mesmo quando o quadro já é de osteoporose, andar frequentemente pode diminuir o avanço da doença.  

 - Afasta a depressão : Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina.  Depois de um tempo, é preciso praticar ainda mais exercícios para sentir o efeito benéfico do hormônio. Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso, quando mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando. 

 - Aumenta a sensação de bem-estar : Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido. Comparando dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades, gêneros e status de saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que se envolviam em caminhadas ao ar livre e também, o ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação e agricultura, apresentavam efeitos positivos em relação ao humor e à auto-estima, mesmo que essas atividades fossem praticadas por apenas alguns minutos diários.  

 - Deixa o cérebro mais saudável :  Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retarda o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção. Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumenta a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos. 
  Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, afirma que as pessoas que caminham em média 10 quilômetros por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral, isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive a doença de Alzheimer, que mata lentamente as células cerebrais. 

 - Diminui a sonolência : A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite. Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia, por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte.  

 -  Mantém o peso em equilíbrio e emagrece : Esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. É claro que caminhar emagrece, se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas, os famosos pneuzinhos na região do abdômen é um exemplo disso.
  E o papel da caminhada na perda de peso não para por aí, pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular. 
  A conclusão foi de que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Isso ocorre porque quem faz um treinamento intensivo de resistência, como é o caso da caminhada, tem um metabolismo mais acelerado.

 - Controla a vontade de comer : Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício pelo chocolate. Durante o estudo, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária. Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima. 
  Além de ocupar o tempo com outra coisa que não seja a comida, a caminhada libera hormônios, como a endorfina, que relaxam e combatem o estresse, efeito que muitas pessoas buscam compulsivamente na comida.   

  " Huuuum que ótimo, vamos nos exercitar gente principalmente as pessoas que convivem com maior estresse em seu dia-dia."  

 - Protege contra derrames e infartos : Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares, por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução, isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam. A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo, pois ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom.  

 -  Diabetes : A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos. Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente.
  Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes. 

 

sábado, 20 de agosto de 2011

    Osteoporose é a diminuição da quantidade do osso no corpo de uma pessoa, caracteriza-se pelo desequilíbrio entre destruição e reparação, enfraquecendo sua resistência mecânica. É uma doença preocupante, pois quando a destruição do osso é maior que a sua reparação, o equilíbrio se desfaz tornando-o pouco resistente e incapaz de suportar pequenos traumatismos: o osso quebra-se com maior facilidade.  
    As fraturas mais freqüentes são as de vértebras e quadris e as conseqüências:  deformidade na coluna vertebral, perda de estatura e dificuldade de locomoção.  Para se ter uma idéia da gravidade do problema pode-se citar o fato de que um terço das mulheres que atingem 60 anos tem ou tiveram fraturas de vértebras, destas, 20 a 25% falecem nos seis primeiros meses após a fratura.  Em relação às fraturas de quadris, os dados mostram que um terço das mulheres e um sexto dos homens que atingem 80 anos tem ou tiveram este tipo de fratura, o quadro é mais alarmante quando vê-se que cinqüenta por cento das pessoas que tiveram fratura de quadril deixam de andar sozinhas.  O problema vem se agravando a cada dia já que devido ao aumento da população e tempo médio de vida humana, é cada vez maior o número de pessoas na terceira idade, que são as mais propensas a adquirir essa doença. 
     A osteoporose tem como causas:  

 - Envelhecimento - com a idade o ser humano tende a perder massa óssea;
 - Menopausa - com a parada definitiva da menstruação o funcionamento dos ovários diminui e cessando a produção do estrógeno, hormônio indispensável para conservação do osso;
 - Dieta pobre em cálcio - o cálcio é a base para a formação do osso e está presente nos derivados do leite, verduras, peixes etc;
 - Herança - mais freqüente em pessoas com antecedentes familiares da doença;
 - Imobilização prolongada - o exercício físico, constitui-se um estímulo para a formação e fortalecimento dos ossos. Longos períodos de sedentarismo, mesmo por motivos de saúde, comprometem a formação normal do osso;
 - Medicamentos - os corticóides, hormônios tireoidianos, entre outros, quando usados por períodos prolongados, podem favorecer a destruição do osso; e
 - Cigarro e Álcool - aumentam a possibilidade da ocorrência da osteoporose.  
   O exame de Densitometria Óssea, foi recentemente introduzido na prática médica, voltado exclusivamente para este tipo de doença. Trata-se de um exame muito sensível que detecta perdas mínimas, mesmo antes da osteoporose se instalar, podendo indicar os primeiros sinais de instalação da doença, devido à sua alta precisão é também valioso no acompanhamento da evolução da doença, quando já instalada em uma pessoa, permitindo monitorar o tratamento instituído. A Densitometria Óssea Pediátrica é indicada para as algumas patologias que atingem crianças e adolescentes. Devem fazer este exame, pessoas portadoras de osteoporose e pertencentes aos grupos de risco, conforme já visto, a perda óssea pode ocorrer em qualquer idade e sexo, porém ela é mais freqüente na mulher após a menopausa. Outro grupo de risco é formado pelas pessoas claras ou asiáticas, magras, baixas, com história familiar de osteoporose; fumantes; pessoas que fazem uso excessivo de álcool ou café; pessoas com dietas pobres em cálcio; pessoas que fazem uso prolongado de alguns medicamentos; as imobilizadas em uma cama ou cadeira de rodas por mais de dois meses; entre outros riscos.  
   Como prevenção, o exame deve ser feito por mulheres a partir dos 45 anos de idade e pelos homens a partir dos 55 anos de idade.  
   O mais importante para o tratamento dessa doença é a prevenção ou diagnóstico precoce. A prevenção é feita através de: 
 - alimentação equilibrada e rica em cálcio, principalmente pela ingestão de leite e derivados, peixes e verduras;
 - exposição freqüente ao sol, porém não necessariamente por longos períodos de tempo e de forma intensa - o horário mais indicado para qualquer pessoa é de 6:00 às 10:00 e no período da tarde apartir dàs 15:00, para prevenção do cancêr de pele;
  - atividade física leve freqüente como, por exemplo, caminhada por 30 minutos ou mais, entre 4 a 6 vezes por semana;
  - Abandono do cigarro, do álcool e do café. 
  Quando o quadro de osteoporose já está diagnosticado, é necessário se evitar fraturas, adotando-se medidas que as previnam, aí que entra o Terapeuta Ocupacional na orientação ao paciente e familiares e também na adequação do ambiente, através da tecnologia assistiva: 

 -  Deixar o chão livre, sem tapetes, fios de telefone e iluminação expostos, e sem animais dentro de casa;
  -  Utilizar escadas com corrimão e boa iluminação;
  -  Colocar na cozinha e no banheiro, piso antiderrapante;
  -  Utilizar sapatos e chinelos confortáveis, com solado antiderrapante;
  -  Ter alguns cuidados com medicamentos que possam causar tonturas;
  -  Manter sempre correta a graduação de óculos, quando necessário;
  - Colocar barras de segurança na casa, principalmente no banheiro ( box e próximo ao sanitário), pois as maiores quedas de idosos são no banheiro. 
    A Osteoporose pode ter cura em algumas situações, as medicações recentemente desenvolvidas permitem, no mínimo, estabilizar a perda óssea, na maioria dos casos o tratamento permite aumentar a quantidade de osso e, algumas vezes quando a perda é pequena, pode-se curar por completo a Osteoporose.  
    São várias as especialidades que lidam com a osteoporose: a Endocrinologia, a Geriatria, a Reumatologia, a Ginecologia, a Ortopedia, a Terapia Ocupacional e Fisioterapia. Para maiores informações, converse com seu médico.




 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Transtorno obsessivo compulsivo e a intervenção da Terapia Ocupacional

   O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado por preocupações excessivas ou crenças exageradas que limitam a vida de pacientes acometidos. Neste transtorno, as preocupações ou crenças permanecem como idéia principal ou como uma idéia doentiamente reincidente.
   As obsessões e compulsões consomem tempo (mais do que 1 hora por dia), e interferem significativamente na rotina normal da pessoa
    O TOC é um transtorno mental de natureza médica, que gera alterações no processamento das informações. Portanto, os sintomas são advindos às mudanças fisiológicas e não à personalidade dos pacientes.
    Pode começar em qualquer momento, desde a idade pré-escolar até a adulta (normalmente por volta dos 40 anos).  
   Hoje, o tratamento múltiplo (medicamentos, Terapia Ocupacional e psicológico) oferecem resultados bastante favoráveis ao paciente.
    As obsessões são pensamentos recorrentes, persistentes e intrusivos, impulsos ou imagens que causam uma marcada ansiedade ou sofrimento, estes não são simplesmente preocupações excessivas sobre os problemas da vida real, mas são reconhecidos pelas pessoas como sendo produto da sua própria mente. Pensamentos obsessivos são usualmente sobre desprazeres por exemplo a idéia de que a pessoa está se contaminando pelo contato com objetos, outros incluem impulsos de realizar atos perigosos ou embaraçosos.
    Compulsão são rituais de comportamentos repetitivos, (ex.:lavar as mãos) ou atos mentais (ex.: palavras sempre repetidas silenciosamente) que a pessoa se sente direcionada a responder como uma obsessão ou regras rigidamente aplicadas. O objetivo é tentar reduzir o sofrimento ou prevenir algum evento ou situação aterrorizante. 
     Qualquer pessoa pode manifestar sintomas obsessivos, especialmente em situações de stress, mas quando as obsessões afetam a atividade mental normal e perturbam as atividades cotidianas, a pessoa é considerada doente e geralmente sente-se angustiada pelos seus conflitos interiores.
     Consequências ocupacionais e sociais de TOC podem ser muito graves, pois muitos pacientes gastam uma grande parte do seu tempo fazendo um ritual. Em muitos casos um ritual complexo precisa ser completado exatamente da maneira "correta", e precisa ser reiniciado a partir do começo se o paciente acreditar que cometeu um erro. 
      Sabe-se que a incidência é de aproximadamente 1%, entretanto trata-se de um transtorno "que se oculta" e a verdadeira incidência pode ser bem mais elevada. Isto ocorre porque muitas pessoas com TOC escondem o problema e não consultam o médico. Eles freqüentemente estão em posições altas em organizações que permitem que se tornem mais discretos sobre os seus comportamentos obsessivo-compulsivos (ex.: você poderia imaginar que seria mais fácil para um executivo sênior ir a um banheiro e lavar as mãos mais repetitivamente que um funcionário de uma floricultura que está sob constante supervisão).

Sintomas do TOC

   O TOC geralmente envolve tanto a obsessão como a compulsão, embora a pessoa possa ter apenas um ou outro. Os rituais TOC mais comuns são:

1. rituais de checagem: verificar ou examinar repetidamente situações, como por exemplo se o gás está fechado, se a torneira está fechada, a porta trancada, etc.
2. rituais de limpeza: lavar repetidamente as mãos, roupas, objetos de uso pessoal, etc.
3. rituais de ordem: colocar objetos de forma invariavelmente igual, seguindo um determinado padrão, como arrumar compulsivamente as camisas ou meias sempre numa mesma ordem, etc.
4. rituais de coleção: como juntar coisas sem uma finalidade, como jornais velhos, tampas de cerveja, etc.
5. rituais de destino: como ter que levantar sempre com o pé direito, entrar num elevador de determinada maneira, etc.

Outras características do transtorno obsessivo-compulsivo:
 
   Os sintomas do TOC provocam angústia, consomem tempo (mais de uma hora por dia) ou interferem de maneira significativa no trabalho, na vida social ou no relacionamento com as pessoas.
  A maioria dos indivíduos com TOC reconhece em determinado momento que suas obsessões provém de suas próprias mentes, que não são apenas excesso de preocupação sobre problemas reais, e que as compulsões que realizam são excessivas e pouco razoáveis.    Quando alguém com TOC não consegue reconhecer que suas crenças e ações são pouco razoáveis, dá-se a isso o nome de TOC com pouco insight.
    Os sintomas de TOC tendem a esmaecer com o tempo. Alguns podem se tornar mero ruído de fundo; outros podem provocar angústia extrema.

Alguns transtornos que se parecem muito ao TOC e podem responder a alguns dos mesmos tratamentos empregados são: 

Anorexia nervosa (persitir em emagrecer)
Transtorno dismórfico do corpo (deteriorização da auto-estima)
Cleptomania (falência para resistir a roubar coisas)
Jogador patológico (persistente, recorrente e inapropriado)
Compulsão sexual (mesmo que repugnante à pessoa)
Tricotilomania (compulsão em puxar os cabelos)
Síndrome de Tourette (múltiplos tiques motores e vocais)
Compulsão de compra (persistente, recorrente, inapropriada urgência de comprar)

 Algumas pessoas não têm acesso aos recursos de tratamento, isso é uma pena, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, inclusive a prescrição de medicamentos corretos, podem ajudar as pessoas a evitar o sofrimento associado ao TOC e diminuir o risco de desenvolverem outros problemas, tais como a depressão ou problemas conjugais ou de trabalho.
As medicações que aumentam a concentração de serotonina no cérebro são as de escolha, embora pareça claro que os níveis reduzidos de serotonina tenham um papel no TOC, não há exames laboratoriais de TOC - o diagnóstico é baseado na avaliação clínica do paciente. 
   A maior dificuldade para o tratamento do TOC está, exatamente, em convencer o paciente que o que ele sente é uma doença (que existe em outras pessoas) e que é possível tratá-la. A grande maioria desses pacientes tem constrangimento em relatar seus sintomas a outras pessoas, incluindo aos médicos, com medo de que pensem que ele é "louco". O primeiro passo no tratamento do TOC é instruir o paciente e sua família quanto ao TOC e seu tratamento como doença médica. Nos últimos 20 anos, foram desenvolvidos dois tratamentos eficazes para o TOC: a terapia cognitiva-comportamental e a medicação com um inibidor de reabsorção de serotonina (SRI).
   O tratamento terapêutico deve ser feito concomitantemente ao medicamentoso, quanto mais o paciente estiver consciente de sua doença, dos sintomas e conseqüências, maior controle haverá.
   A ajuda das pessoas de convivência do paciente também é extremamente importante. Quanto mais informações houver referente ao TOC (sintomas e ao tratamento), melhor será a qualidade de vida do paciente.

domingo, 14 de agosto de 2011

Terapia Ocupacioal e o Cuidador

   Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. O cuidador será o elo de ligação do doente com a vida, entre o médico e o paciente. Ele é responsável pelo seu bem estar, pela sua qualidade de vida, ou seja, o cuidador passará a ser a sua história.

    Cuidar é um teste de AMOR e um exercício de PACIÊNCIA.

Funções do cuidador 

» Elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipe de saúde;
» Escutar, estar atento e ser solidário com a pessoa cuidada;
» Estimular a participação do idoso nas atividades de vida diária;
» Estimular a participação nas atividades de lazer, ocupacionais, sociais e familiares;
» Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe;
» Comunicar à equipe de saúde, a família, sobre qualquer mudança no estado de saúde da pessoa cuidada;
» Posicionar órteses, próteses, após orientação do profissional; e
» Orientar o idoso em relação a tempo, espaço.

    Dicas ao Cuidador

Banho e Higiene Pessoal
» Manter a rotina do banho o máximo possível;
» Procurar fazer do horário do banho um momento relaxante;
» Em alguns casos, o chuveirinho pode ser melhor do que o chuveiro;
» Se houver recusa para o banho naquele momento, aguarde um pouco mais.

Alimentação
» Orientar o ato de alimentar;
» Usar alimentos que podem ser manipulados com as mãos;
» Cortas os alimentos em pequenos pedaços;
» Certificar-se da temperatura dos alimentos;
» Lembrar o portador de comer vagarosamente;
» Servir um pequena porção de alimentos de cada vez..

Vestuário
» Procure deixar as roupas na ordem para que o idoso possa vestir-se por si próprio;
» Selecione previamente três mudas de roupa e permita escolha independente;
» Evite roupas com acessórios complicados;
» Encoraje a independência no vestir-se por mais tempo possível. Nunca o apresse. ORIENTE-O;
» Caso o idoso goste de determinada roupa, procure ter dois modelos iguais para que ele se sinta confortável;
» Não utilize sapatos com solado de couro, prefira os calçados com solado antiderrapante. Evite chinelos.

Comunicação
» Fale clara e pausadamente, frente a frente e olhando nos seus olhos;
» Demonstre amor através do contato físico;
» Preste atenção na linguagem corporal – pessoas que perdem a comunicação verbal, comunicam-se muito com os gestos;
» Procure identificar as lembranças ou palavras-chave que podem ajuda-lo a comunicar-se.

Incontinência
» Organize horários para o portador ir ao banheiro;
» Colocar na porta do banheiro cartaz indicativo com letras grandes e cores vivas;
» Deixe a porta do banheiro aberta e à noite deixe com uma luz acesa;
» Verifique se as roupas utilizadas são fáceis de serem tiradas;
» Limite a ingestão de líquidos perto da hora de deitar-se. Ofereça líquidos até as 17:00h

Cozinhar
» Ajude-o a tornar o ato de cozinhar uma atividade prazerosa;
» Dê tarefas simples que não ofereçam perigo;
» Instale equipamentos seguros;
» Retire os elementos cortantes da cozinha ou aqueles que ofereçam riscos.

sábado, 13 de agosto de 2011

Esclerose Múltipla e a intervenção da Terapia Ocupacional

    A esclerose múltipla (EM) ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, de causa ainda desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas (pessoas com genótipo caucasiano). Este tipo de patologia leva a uma destruição das bainhas de mielina que recobrem e isolam as fibras nervosas (estruturas do cérebro pertencentes ao Sistema Nervoso Central ou SNC).
   Esta doença causa uma piora do estado geral do paciente, como: fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora, e o doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em partes do corpo.
  Em alguns casos a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, alterações visuais graves, perda de audição, depressão e impotência sexual. No comprometimento respiratório, pode acarretar episódios de infecção ou insuficiência respiratória, que devem ser tratados com atenção e rapidez, para minimizar o desconforto do paciente e coibir uma piora do seu estado geral. 
   Para minimizar os desconfortos respiratórios causados por esta patologia, são utilizados métodos tais como:
 -  Exercícios para desobstruir os brônquios;
 -  Exercícios para reexpansão pulmonar;
 - Reeducação diafragmática e da musculatura acessória, com uso de incentivadores respiratórios. 
  A fadiga é um sintoma muito frequente e bem conhecido da E.M., porém pode também ser um sinal de outras doenças, não sendo imediatamente identificado. A fadiga se manifesta muitas vezes sob a forma de períodos que podem durar alguns meses, durante os quais a disposição se esgota diariamente, após um pequeno esforço. A fadiga ocorre quer na EM em forma de surtos, quer nos tipos mais progressivos da doença.
  Também ocorre devido à disfunção das vias inibitórias:
 - Espasmos musculares;
 - Parestesia ou sinal de Lhermitte (sensação de "choques elétricos" no pescoço).
   A progressão da doença é bastante variável, distinguindo-se embtrês subtipos de E.M, de acordo com a sua evolução. A maioria dos doentes segue um curso de remissões alternadas com exacerbações. Cerca de 10-15% segue um curso mais grave e inexoravelmente progressivo, e em 25% dos casos a progressão é lenta, com sintomas moderados. 

 Intervenção da Terapia Ocupacional 

   Quando o terapeuta ocupacional se depara com doenças neurológicas graves como a EM, o tratamento a ser desenvolvido deve suprir necessidades e deficiências individuais específicas com base nas variações dos sintomas apresentados. A promoção da independência funcional na rotina diária e a manutenção da qualidade de vida do paciente são relevantes no tratamento em Terapia Ocupacional em quatro pontos principais, que são:

1) Força, movimento e coordenação da parte superior do corpo - preservar ao máximo a destreza e a força muscular residuais, proporcionando ao paciente exercícios e atividades que apresentem resistência graduada dos músculos deficitários, impedindo o desenvolvimento de padrões anormais de tônus (no caso espasticidade) e empregando repetição para estimular resistência física, deve - se prestar atenção no fator fadiga, pois o paciente pode não reconhecer nem admitir a fadiga. A espasticidade, aumento do tônus muscular causado pelo descontrole dos impulsos nervosos na medula espinhal, é outro sintoma que pode interferir na movimentação normal dos membros afetados, além de ocasionar espasmos flexores e extensores nos pacientes com esclerose múltipla. Cabe ao terapeuta perceber se, no aparecimento da espasticidade, as articulações dos membros superiores que foram atingidos não estão restringindo a movimentação ativa, caso esteja, a prescrição de órtese de posicionamento funcional pode ser realizada, evitando contraturas severas. Nos sintomas de redução de sensibilidade e destreza do paciente deve-se orientar na execução das atividades
o contato visual com o objeto nas mãos, evitando acidentes, tais como: cortes, queimaduras, entre outros.

2) A criação de adaptações como auxílio na prática de atividades de vida diária, proporcionando maior independência. Entre as ações é importante pensar na rotina deste paciente e ajudá-lo a torná-la simples e prática, através da análise dos ambientes de sua casa, realizando modificações. 

3) Prescrição de atividades para distúrbios de raciocínio, problemas sensoriais ou perda de visão - direcionar seus objetivos de tratamento à redução do impacto do comprometimento cognitivo sobre a capacidade de executar atividades cotidianas.

Síndrome de Asperger e Terapia Ocupacional

    Um dos primeiros usos do termo "síndrome de Asperger" foi por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990. A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em1994 (DSM-IV).
   Síndrome de Asperger ou também chamado de transtorno de Asperger ou desordem de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. A validade do diagnóstico de SA como condição distinta do autismo é incerta, tendo sido proposta a sua eliminação do "Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM), sendo fundida com o autismo.
   Esta é mais comum no sexo masculino, quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários (como Vernon Smith, "Prémio Nobel" de Economia de 2002). 
    Alguns sintomas são: dificuldade de interação social, falta de empatia, interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças, perseveração em comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto. 
     A S.A é caracterizada por:
 - Interesses específicos e restritos ou preocupações com um tema em detrimento de outras atividades;
 - Rituais ou comportamentos repetitivos;
 - Peculiaridades na fala e na linguagem;
 - Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo;
 - Comportamento social e emocionalmente impróprio e problemas de interação interpessoal;
 - Problemas com comunicação;
 - Habilidade de desenhar para compensar a dificuldade de se expressar verbalmente;
 - Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados;
 - Segundo alguns estudos, apresentam imaginação e criatividade fantasiosa mais reduzida do que uma criatividade com bases em fatos reais;
 - Frequentemente, por um Q.I. verbal significativamente mais elevado que o não-verbal.
        Esta é geralmente camuflada, e muitas pessoas com o transtorno convivem perfeitamente com os que não têm. Os efeitos dependem de como o indivíduo afetado responde à própria síndrome. 

        Diferenças sociais
 
   Apesar de não haver uma única distinção comum a todos os portadores de S.A, as dificuldades com o convívio social são praticamente universais, e portanto também são um dos critérios definidores mais relevantes. As pessoas com S.A não têm a habilidade natural de enxergar os subtextos da interação social, e podem não ter capacidade de expressar seu próprio estado emocional, resultando em observações e comentários que podem soar ofensivos apesar de bem-intencionados ou na impossibilidade de identificar o que é socialmente "aceitável". As regras informais do convívio social que angustiam os portadores de S.A são descritas como "o currículo oculto". Os Aspergers precisam aprender estas aptidões sociais intelectualmente de maneira clara, seca, lógica como matemática, em vez de intuitivamente por meio da interação emocional normal.
   Os não-autistas são capazes de captar informação sobre os estados cognitivos e emocionais de outras pessoas baseadas em "pistas" deixadas no ambiente social e em traços como a expressão facial, linguagem corporal, humor e ironia. Já os portadores de S.A não têm essa capacidade, o que é às vezes chamado de "cegueira emocional".Este fenômeno também é considerado uma carência de teoria da mente. Sem isso, os indivíduos com S.A não conseguem reconhecer nem entender os pensamentos e sentimentos dos demais.                  Desprovidos dessa informação intuitiva, não podem interpretar nem compreender os desejos ou intenções dos outros e, portanto, são incapazes de prever o que se pode esperar dos demais ou o que estes podem esperar deles, isso geralmente leva a comportamentos impróprios e anti-sociais. 
 1 - Dificuldade em compreender as mensagens transmitidas por meio da linguagem corporal - pessoas com SA geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não conseguem "ler";
 2 - Interpretar as palavras sempre em sentido denotativo - indivíduos com SA têm dificuldade em identificar o uso de coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas;
 3 - Ser considerado grosso, rude e ofensivo - propensos a comportamento egocêntrico, Aspergers não captam indiretas e sinais de alertas de que seu comportamento é inadequado à situação social.
 4 - Aperceber-se de erros sociais - à medida que os Aspergers amadurecem e se tornam cientes de sua "cegueira emocional", começam a temer cometer novos erros no comportamento social, e a autocrítica em relação a isso pode crescer a ponto de se tornar fobia;
 5 - Desinteresse - desinteresse em ter de fazer coisas novas, ou passar por outras experiências;
 6 - Exaustão - quando um indivíduo com Síndrome de Asperger começa a entender o processo de abstração, precisa treinar um esforço deliberado e repetitivo para processar informações de outra maneira. Isto muito freqüentemente leva a exaustão mental;
 7 - Crítica - frequentemente crítica tudo o que vê pela frente, também pode-se fazer uma autocrítica psíquica, sem dizer o que crítica;
 8 - Dificuldades em relacionamentos - sente dificuldade em fazer amigos, conseguir parceiros para uma relação, podendo passar anos sem se relacionar com ninguém ou até mesmo nunca, demostrando desintesse sëxual e afetivo por outrem;
 9 - Exatas - facilidade extrema em mexer com números e lógica;
 10 - Comportamento Variável - muitas vezes o portador da síndrome de Asperger pode se portar como uma pessoa adulta ou como uma criança variando aleatoriamente;
 11 - Paranóia - por causa da "cegueira emocional", pessoas com SA têm problemas para distinguir a diferença entre atitudes deliberadas ou casuais dos outros, o que por sua vez pode ser erroneamente interpretado pelos de fora como paranóia;
 12 - Lidar com conflitos - ser incapaz de entender outros pontos de vista pode levar a inflexibilidade e a uma incapacidade de negociar soluções de conflitos. Uma vez que o conflito se resolva, o remorso pode não ser evidente;
 13 - Consciência de magoar os outros - uma falta de empatia em geral leva a comportamentos ofensivos ou insensíveis não-intencionais;
 14 - Consolar os outros - como carecem de intuição sobre os sentimentos alheios, pessoas com Síndrome de Asperger têm pouca compreensão sobre como consolar alguém ou fazê-los se sentirem melhor;
 15 - Reconhecer sinais de enfado - a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem incompreensíveis ou desatentos. Na mão inversa, pessoas com Síndrome de Asperger geralmente não percebem quando o interlocutor está entediado ou desinteressado;
 16 - Introspecção e autoconsciência - indivíduos com Síndrome de Asperger têm dificuldade de entender seus próprios sentimentos ou o seu impacto nos sentimentos alheios;
 17 - Vestimenta e higiene pessoal - pessoas com Síndrome de Asperger tendem a ser menos afetadas pela pressão dos semelhantes do que outras. Como resultado, geralmente fazem tudo da maneira que acham mais confortável, sem se importar com a opinião alheia. Isto é válido principalmente em relação à forma de se vestir e aos cuidados com a própria aparência;
 18 - Amor e rancor recíproco - como Aspergers reagem mais pragmaticamente do que emocionalmente, suas expressões de afeto e rancor são em geral curtas e fracas;
 19 - Compreensão de embaraço e passo em falso - apesar do fato de pessoas com Síndrome de Asperger terem compreensão intelectual de constrangimento e gafes, são incapazes de aplicar estes conceitos no nível emocional;
 20 - Castigo - se um portador de Síndrome de Asperger for castigado por algo que fez de errado o portador leva o castigo como se fosse uma brincadeira;
 21 - Lidar com críticas - pessoas com Síndrome de Asperger sentem-se forçosamente compelidas a corrigir erros, mesmo quando são cometidos por pessoas em posição de autoridade, como um professor ou um chefe. Por isto, podem parecer imprudentemente ofensivos;
 22 - Velocidade e qualidade do processamento das relações sociais - como respondem às interações sociais com a razão e não intuição, portadores de Síndrome de Asperger tendem a processar informações de relacionamentos muito mais lentamente do que o normal, levando a pausas ou demoras desproporcionais e incômodas. 
  O fato de não conseguir demonstrar afeto — pelo menos de modo convencional — não significa necessariamente que pessoas com SA não sintam afeto. A compreensão disto pode ajudar parceiros ou convíveres a se sentir menos rejeitados e mais compreensivos.  
 Outro aspecto importante das diferenças sociais encontradas em aspergers é uma fraqueza na coerência central do indivíduo.[29] Pessoas com esta deficiência podem ser tão focadas em detalhes que não conseguem compreender o conjunto. Uma pessoa com coerência central fraca pode lembrar de uma história minuciosamente mas ser incapaz de fazer um juízo de valor sobre a narrativa. Ou pode entender um conjunto de regras detalhadamente mas ter dúvidas de como aplicá-las.
    Diferenças de fala e linguagem
  Pessoas com S.A tipicamente tem um modo de falar altamente "pedante", usando um registro formal muitas vezes impróprio para o contexto, por exemplo: uma criança de cinco anos de idade com essa condição pode falar regularmente como se desse uma palestra universitária, especialmente quando discorrer sobre seu(s) assunto(s) de interesse. 
 Interesses específicos e intensos
     Algumas vezes, os interesses são vitalícios; em outros casos, vão mudando a intervalos imprevisíveis. Em qualquer caso, são normalmente um ou dois interesses de cada vez. Ao perseguir estes interesses, portadores de S.A freqüentemente manifestam argumentação extremamente sofisticada, um foco quase obsessivo e uma memória impressionante mente boa para dados factuais (ocasionalmente, até memória eidética).[38] Hans Asperger chamava seus jovens pacientes de "pequenos professores" por que ele achava que seus pacientes tinham como compreensão um entendimento de seus campos de interesse assim como os professores universitários. 

Interveção da Terapia Ocupacional 

  Quanto mais cedo o tratamento começar, melhor será a sua recuperação, isto implica em tratamento a nível psicoterapêutico, a nível educacional e social. Programas individualizados para essas crianças nas escolas, os professores devem estar atentos às necessidades especiais que estas crianças precisam, o que geralmente não acontece, pois elas precisam de maior apoio que as restantes crianças.