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sábado, 30 de abril de 2011

O médico que derrotou a doença mais temida: a AIDS


               Em 1995, o executivo americano Timothy Ray Brown contraiu aids. Foi também nesse ano que Gero Huetter, então graduando da Universidade de Berlim, decidiu entrar para o ramo da pesquisa médica. As duas histórias se cruzariam em maio de 2006, quando Brown, que também sofria de um tipo agressivo de leucemia, abriu a porta do consultório com a placa: “Dr. Gero Huetter, hematologista”.
             Brown estava magro, emaciado e com alguns órgãos já severamente comprometidos. Mas Huetter se lembra de notar no paciente, já nesse primeiro encontro, uma energia e um otimismo acima do comum. Optou, então, por submeter Brown a uma terapia que envolvia quimioterapia e transplante de medula. Mas um transplante especial: o doador da medula deveria possuir uma mutação rara, que eliminava de suas células a proteína CCR5, que permite a entrada do HIV nas células de defesa do organismo. Havia uma possibilidade teórica de que o tratamento destinado à leucemia pudesse ter algum impacto sobre a aids. "Eu não esperava muito da experiência", diz Huetter. "Ela nunca havia sido feita antes, nem mesmo em animais."            Neste mês, após dois transplantes de medula e três anos sem qualquer sinal de HIV no organismo de Brown, o médico anunciou o que parecia estar fora do horizonte médico: a cura de um paciente de aids. Embora esse sucesso em particular não signifique a cura da aids em geral, ela mostra que o HIV pode ser derrotado. Em entrevista, Huetter, 42 anos, conta detalhes da pesquisa, comenta o estado do paciente e as expectativas de cura para outras vítimas de HIV.

Como você se sente sendo o primeira médico a curar a aids no mundo?  
     É um sentimento agradável. Foi um trabalho duro colocar todas as peças juntas, mas no final foi um sucesso.

O que permite dizer que o paciente está curado da aids?  
     Não encontramos nenhum sinal de HIV nele. Normalmente, pacientes infectados por muito tempo possuem HIV integrado ao seu genoma. Nem isso encontramos nele. Todas as suas células infectadas foram substituídas pelas células do doador. 

Como você conheceu Brown?  
    Ele era um paciente meu desde maio de 2006. Estava muito enfraquecido e com uma leucemia muito severa. Naquele momento, sem tratamento, esperava-se que ele vivesse apenas alguns meses. Com um tratamento convencional, sem transplante, tinha uma chance de 10 a 15% de remissão por um período curto, até a leucemia voltar. A única esperança real de vida para ele era um transplante de medula. Ele era jovem, tinha uns 40 anos na época, então tinha o melhor prognóstico para esse procedimento. Decidimos, então, que o melhor para ele, seria escolher um doador com a mutação do CCR5. A CCR5 é a proteína que permite a entrada do HIV nas células de defesa do nosso organismo. Sem ela, o vírus fica impossibilitado de nos infectar. Cerca de 1% da população mundial possui uma mutação que elimina o CCR5 das células.

Será possível replicar o tratamento em outras pessoas com HIV?
   Depois de publicar um artigo científico com nossos primeiros resultados, em 2008, recebemos consultas de pacientes de todo o mundo, que sofrem de leucemia e HIV. Para oito deles, fizemos uma busca de doadores compatíveis. Alguns tinham apenas dois doadores, então a probabilidade de encontrar a mutação era muito baixa. Outros morreram antes de o transplante ser feito. E o paciente mais promissor, uma criança, com mais de 100 possíveis doadores, não pode ser curada por esse método porque nenhum deles tinha essa mutação. Algumas vezes as estatísticas falham com você. Agora estamos esperando outros contatos, de outras instituições e hospitais. Qualquer um que se encaixe nessas condições - ser soropositivo e vítima de leucemia - pode falar comigo e eu providenciarei a busca de doadores.

Essa pesquisa pode evoluir para uma cura geral?  
    Sim. Mesmo antes que eu fizesse esse transplante, alguns pesquisadores estudavam a possibilidade de uma terapia genética ou uma medicação para o HIV que bloqueasse essa proteína, imitando a mutação. Agora existe investimento e interesse suficiente nessa linha de pesquisa, e pode ser que ela traga resultado.

Você esperava curar a aids ou foi um feliz acidente? 
    Uma mistura dos dois, na verdade. Eu nunca tinha tentado nenhuma pesquisa com HIV antes disso. Sou um hematologista e trato pacientes com câncer, mas surgiu para mim esse paciente que tinha leucemia e HIV. Foi o momento em que comecei a pensar nessa abordagem. Sabia que havia uma pequena chance de curar a aids, mas não esperava muito da experiência, já que nunca havia sido tentada antes, nem mesmo em animais. Não tínhamos nada a que nos apegar.

Como foi o tratamento? 
    Durante as primeiras sessões de quimioterapia, tivemos muitos problemas, incluindo falha de alguns órgãos. A leucemia é muito agressiva e diversos pacientes morrem nas primeiras três ou quatro semanas de tratamento. Não bastasse isso, Brown era soropositivo, com todos os riscos e problemas que isso acarreta.

Ele sofreu com algum efeito colateral? 
   Sim. No segundo transplante, tivemos uma série de complicações. Ele ainda sofre com elas, especialmente as consequências cerebrais. Ele tem dificuldades de lembrar coisas que acabaram de acontecer. Não acontecimentos de cinco anos ou cinco meses atrás, mas de cinco minutos. Como “onde eu estava indo?” ou “onde deixei minhas chaves?”.

Ele voltará a ter uma vida normal? 
   Sim, uma vida bem normal. Não tem mais restrições. Ele mudou-se para São Francisco, não sabe se em definitivo. Ainda não está trabalhando, mas esperamos que vá se livrar de boa parte dos efeitos colaterais nos próximos anos e voltar à sua rotina. Provavelmente, não fazendo exatamente as mesmas coisas que fazia antes, mas ele encontrará um jeito de trabalhar. 

Cura da AIDS? Transplante de medula óssea desaparece com HIV de paciente


              Um transplante de medula óssea que usou células-tronco de um doador com resistência natural ao vírus da AIDS fez desaparecer o HIV por quase dois anos, até o momento, em um paciente.
           O paciente é um estadunidense que mora na Alemanha, que tinha leucemia e havia contraído o vírus HIV — o vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDS. Ele recebeu um transplante de medula óssea de um doador saudável, que é a melhor chance de cura para a doença, para substituir todas as suas células que ‘fabricavam sangue com câncer‘.
         Mas os médicos alemães Gero Hutter e Thomas Schneider procuraram um doador especial, que tinha uma mutação genética conhecida por ajudar o corpo a resistir à AIDS. A mutação afeta receptores celulares chamados CCR5 que o vírus da AIDS utiliza para invadir, infectar, se reproduzir e destruir as células do sistema imunológico.
             Após o transplante de medula não apenas a leucemia desapareceu, mas o HIV também.

CURA DA AIDS?

          Segundo a clínica onde o transplante foi efetuado já transcorreram 20 meses desde o transplante. O HIV não é mais detectado em seu sangue e em outros possíveis reservatórios do corpo. Mas há possibilidade de que ainda esteja lá.
           Os pesquisadores também disseram que este nunca será um tratamento padrão para a AIDS, já que é um procedimento perigoso e extremamente rigoroso para os pacientes.
         A equipe disse que não foi possível encontrar quaisquer traços de HIV no sangue do paciente de 42 anos de idade, que permanece anônimo. “O vírus é enganador. Ele sempre pode retornar”, disse o Dr. Gero.
          A mutação no CCR5 ocorre em cerca de 3% dos europeus e é possível que a terapia genética possa um dia promover a cura da AIDS em pacientes com HIV, afirmaram os cientistas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Hiperatividade x Terapia Ocupacional

              O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH, é caracterizado por desatenção, inquietude acentuada e impulsividade. É um quadro relativamente freqüente sendo predominante em meninos.
Não há uma causa definida para o TDAH, mas há alguns fatores que podem ser considerados como a hereditariedade, traumas durante o parto, problemas intra-uterinos, ingestão de substâncias tóxicas na gravidez, problemas familiares e psico-sociais, anomalias físicas e alterações neuroquímicas (Lewis,1995).
Todas as crianças, dependendo da faixa de desenvolvimento na qual estas se encontram, podem apresentar ocasionalmente certa inquietude exploratória, de descoberta a respeito do mundo ou uma reação temporária a um evento vivenciado como estressante, por exemplo, mudança de casa, falecimento de alguém importante para a criança. E isso não vai significar que a criança seja portadora do TDAH.
Nas crianças com TDAH, os sintomas são mais graves e abrangentes, estando presentes por, pelo menos, 06 meses, acarretando prejuízos no funcionamento escolar, familiar e social, tendo iniciado antes dos 07 anos de idade.
A dificuldade em manter a atenção que as crianças com TDAH apresentam causam alterações nas áreas auditiva, visual e perceptivo-motora, acarretando problemas na aquisição, retenção e explicitação de novos conhecimentos e habilidades, coordenação motora global, relacionamentos interpessoais, comunicação, linguagem, escrita, instabilidade emocional (irritabilidade, choro fácil), ambidestria e não discriminação de situações de perigo. Possuem um comportamento bastante incômodo e perturbador, com baixo rendimento escolar, baixa auto-estima, distraem-se facilmente, nas brincadeiras com outras crianças são impopulares, pois têm dificuldades em seguir regras, dificilmente terminam a atividade iniciada mas, às vezes, comportam-se como crianças sem problemas, conseguindo manter a atenção em atividades de seu interesse. Em gera, são as crianças mais novas ou com dificuldades semelhantes que se dispõem a brincar com crianças hipercinéticas.
O que pode ser desenvolvido pelo Terapeuta Ocupacional junto à criança com TDAH?
A Terapia Ocupacional é um processo de tratamento no qual o terapeuta utiliza a atividade como recurso técnico e está habilitado para prescrever atividades e aplicá-las na busca de saúde, uma vez que a atividade é seu objeto de estudo e análise.
Desta forma, o Terapeuta Ocupacional propõe uma atuação ampla, oferecendo recursos para uma intervenção física, psíquica, social e sensorial que podem ser: lúdicas, corporais, artísticas, criação de objetos e conhecimentos, organização dos espaços e o cuidado com o cotidiano, os cuidados pessoais, os passeios, as viagens, as festas, as diversas formas produtivas, a vida cultural, entre outras.
Pois as características apresentadas pelas crianças com o TDAH, como a agitação, desatenção, impulsividade, emotividade e o baixo limiar a frustrações afetam a integração das mesmas com todo o seu mundo social, seja ele na escola, em casa ou na comunidade. O relacionamento com pais, professores e amigos, muitas vezes é prejudicado devido ao comportamento inconstante e imprevisível, interferindo no desenvolvimento pessoal e social da criança.
A criança quando brinca cria e recria situações de desafios, satisfaz sua curiosidade e desenvolve um modo pessoal de vivenciar seu sentimento de prazer, angústia, insegurança e medo. O tratamento em terapia ocupacional tem por objetivo, oferecer um espaço protegido e continente que a compreende e a auxilia durante todo o processo terapêutico a atenuar os sintomas do TDAH como desatenção, a impulsividade, inquietação, baixa auto-estima, aumentar as capacidades sociais, e prevenir futuros desajustes sociais.
O atendimento em Terapia Ocupacional pode ser individual, em grupo, domiciliar e acompa-nhamento terapêutico, além de orientações aos pais e professores.
É importante lembrar que as crianças quando não são tratadas têm maior probabilidade de apresentar depressão, ansiedade, com-portamentos anti-sociais, transtorno obsessivo-compulsivo, isolamento social, abuso de drogas e outros prejuízos na adolescência e vida adulta.

                     " O maior objetivo é vencer o preconceito e conscientizar de que há cura."


terça-feira, 26 de abril de 2011

Intervenção da Terapia Ocupacional no portador com o vírus HIV

            Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, também conhecida como HIV e encontra-se no sangue, esperma, secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue da pessoa.                Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar,   isso ocorre, porque o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver, começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. Mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la. 
           As formas de Contágio detectadas até hoje são:  transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue, também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou amamentação.  
            Os principais sintomas da Aids são:  febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer, como: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago), caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.             A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio, citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais, que atualmente, existem dois tipos de preservativos, masculina e feminina, outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos, instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.
           Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids, o que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença, pois melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa e sua função é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ), embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.             Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids, porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL

             A avaliação realizada pela Terapia Ocupacional enfoca, principalmente,  habilidades e déficits presentes nas áreas relacionadas com o desenvolvimento das atividades de vida diária e de vida prática, abordando os aspectos físicos, motores, cognitivos, sensoriais e psicossociais.
           A maioria dos portadores do vírus HIV apresentam alterações motoras e cognitivas significativas, com prejuízos no desempenho funcional, principalmente no autocuidado.

De modo geral, os déficits motores encontrados são:

• lentidão de movimentos;
• alteração de equilíbrio;
• prejuízo da deambulação;
• alteração do tônus muscular (hipertonia/ hipotonia);
• hemiplegias;
• alteração de força muscular;
• alteração da coordenação motora (grossa/ fina);
• diminuição da agilidade manual;
• alteração da sensibilidade (térmica/tátil/ dolorosa/estereognosia).

Quanto aos déficits cognitivos, encontramos:

• alteração de memória (presente/passada);
• alteração da atenção e concentração;
• desorientação temporo-espacial;
• lentidão de raciocínio.
         A intervenção da Terapia Ocupacional é voltada para a manutenção da autonomia/independência do paciente nas suas atividades de vida diária, permitindo a ele desenvolver novas habilidades, rever suas necessidades, prioridades e projetos, garantindo, assim, uma melhora na sua auto-estima, com ganhos na qualidade de vida.
          Em todo o processo de intervenção, tanto ambulatorial quanto a internação, a Terapia Ocupacional atua também sensibilizando e orientando a familia e/ou cuidador, visto que este é fundamental para a eficácia da intervenção.
           

domingo, 24 de abril de 2011

Coordenação motora da criança

            Uma das questões que você deve prestar atenção no desenvolvimento da criança é a coordenação motora. Ela nada mais é do que a capacidade do cérebro  em equilibrar o corpo e coordenar os movimentos para que os músculos e as articulações atendam as necessidades de locomoção da criança. Podemos ver se a criança está com boa coordenação motora verificando a agilidade, velocidade e a energia que ela demonstra.
            Caso a criança não apresente a coordenação motora esperada, você pode recorrer a profissionais que irão realizar atividades para estimular a coordenação e melhorar o desenvolvimento da criança. Uma das atividades usadas para melhorar a coordenação motora são atividades físicas, já que faz com que a criança tenha o cérebro estimulado para que assim ela tenha capacidade de se equilibrar quando fizer algum movimento.

De tão importante que ela é, a coordenação motora é dividida em três categorias que são:

- Coordenação motora geral
- Coordenação motora fina
- Coordenação motora específica

      É muito importante que você saiba diferenciar uma da outra e assim poder ver o desenvolvimento da criança, se está ou não de acordo. A coordenação motora geral nada mais é do que a capacidade que as pessoas têm de usar os músculos esqueléticos da melhor maneira possível. Esse tipo de coordenação motora faz com que os adultos e as crianças consigam dominar o próprio corpo e assim controlar todos os movimentos, até os mais rudes. A coordenação motora geral é essencial para que as pessoas andem, rastejem, pulem e outros exercícios da mesma espécie.
       Já a coordenação motora específica permite que as pessoas e as crianças possam controlar os movimentos específicos para realizar um tipo determinado de atividade, por exemplo, chutar uma bola, o corpo precisa de uma determinada coordenação motora, para jogar basquete, uma coordenação motora diferente e por aí vai.
       E por fim, a coordenação motora fina é responsável pela capacidade que nós temos de usar de forma precisa e mais eficiente os pequenos músculos que estão no nosso corpo para que assim eles produzam movimentos mais delicados e bem mais específicos que os outros tipos de coordenação motora. A coordenação motora fina é usada quando vamos costurar, escrever, recortar algo, acertar um alvo (não importa qual o tamanho) ou até mesmo para digitar; tudo isso é obra da coordenação motora fina.
        Para que a coordenação motora funcione de forma satisfatória, o canal de entrada e saída do corpo chamado de input e output respectivamente deve estar em perfeita sintonia e funcionando perfeitamente. A criança recebe o estímulo que entra pelo canal input e assim é trabalhado pelo cérebro até que ele mande um comando para o corpo que será executado pelo canal output.
      Há vários profissionais que  podem ajudar a melhorar a coordenação motora, como: o Pediatra, o Psicopedagogo, Terapeuta Ocupacional e até mesmo um Fisioterapeuta, somente se a dificuldade for em relação à coordenação motora geral (movimentos).


                               



Escrever

                                   


Fazer o movimento do lápis na massinha caseira . Desenhar ou escrever letras do nome.                           

                               



Pegar objetos pequenos com uso da colher e colocar na caixa de ovo,criança canhota.

                                  




Pular corda


sábado, 23 de abril de 2011

Órtese, Prótese e Terapia Ocupacional

              Uma órtese, conforme definição ISO, é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuromusculoesquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica. Refere-se aos aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não, destinados a alinhar, prevenir e/ou corrigir deformidades e/ou melhorar a função das partes móveis do corpo. Como exemplo temos: o aparelho dentário ortodôntico, pois corrige a deformidade da arcada dentária. E prótese substitui um membro (prótese de membro inferior e/ou superior), como exemplo temos: a dentadura ou um implante dentário, pois substitui o órgão e sua funçâo (substitui os dentes); em individuos amputados, traumáticos ou não.
          Órteses e próteses geralmente são prescritas por médicos (geralmente ortopedistas e fisiatras), odontólogos, veterinários, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, sendo que o Terapeuta Ocupacional além de prescrever, também confecciona com material termoplástico, reajusta, e treina o paciente com a órtese ou prótese para uma melhor adaptação e independência nas AVD's e AIVD's, orienta quanto ao uso, colocação e formas de manutenção da órtese.

              Temos quatro tipos de órteses com suas respectivas funções:

Estabilizadoras: Mantém uma posição e impedem movimentos indesejados, o que dá a esse tipo, a utilidade como correção de pé equino, fraturas e dores, e para diminuir a amplitude articular de um segmento inflamado ou doloroso.

Dinâmicas ou Funcionais: São mais flexíveis, e permitem um movimento limitado.

Corretoras: Indicadas para corrigir deformidades esquelética. Geralmente tem seu uso em idades infantis para corrigir membros em desenvolvimento.

Protetoras: Mantém protegido um orgão afetado.




           Prótese para membro inferior e órteses para membro superior (braço,                                            punho, mão e dedo)


                                          
            Órtese articulada para tornozelo: estabiliza o tornozelo lateral e                                                       medialmente, bloqueando a flexão plantar, muito utilizada em crianças                                           com paralisia cerebral; pé equino; paralisia do músculo tibial anterior                                             (pé-caído); A.V.C ou derrame.                                                         

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A importância da Terapia Ocupacional em oncologia

             
            O papel do terapeuta ocupacional em oncologia é o de facilitar e permitir que a paciente possa atingir o máximo de sua capacidade funcional, tanto física quanto emocional, em sua vida cotidiana, independentemente da esperança de vida. Ressaltando que essa capacidade funcional deve estar relacionada às atividades que tenham significado na vida da paciente, que sejam importantes para ela.
           Uma pessoa pode se beneficiar da intervenção da terapia ocupacional em qualquer fase da doença, a partir de um diagnóstico primário, nas tentativas de tratamento curativo, paliativo e, finalmente, na fase final de vida.
          O terapeuta ocupacional pode atuar em diversos locais, como hospitais, ambulatórios, centros de reabilitação, unidades básicas de saúde, consultórios particulares, associações filantrópicas e quando necessário realiza também atendimento domiciliar.
          A abordagem da terapia ocupacional dependerá tipo de câncer, estágio da doença e local do tratamento, porém os principais objetivos são manter ao máximo a qualidade de vida da paciente, com autonomia e independência, para tanto são utilizadas diversas técnicas e recursos, como:

     - Orientação, desenvolvimento e/ou treino das atividades da vida diária (atividades relacionadas aos cuidados pessoais, como a alimentação, vestuário e higiene pessoal);
      - Orientação, desenvolvimento e/ou treino das atividades instrumentais da vida diária e profissional (atividades relacionadas aos cuidados com a casa, atividades extradomiciliares, como ir ao supermercado ou banco e profissionais);
      - Exercícios físicos (afim de prevenir perda motora, manter e/ou melhorar a amplitude de movimentos);
       - Técnicas para controle da dor e fadiga;
      - Abordagens corporais (conscientização corporal e relaxamento);
    -  Realização de atividades manuais, expressivas e/ou lúdicas;
   - Promoção de interação social (através de realização de grupos de atividades e estimulação das atividades de lazer);
    - Indicação e confecção de órteses quando necessário (para estabilizar e/ou imobilizar, prevenir e/ou corrigir deformidades);
     - Indicação e confecção de adaptações – tecnologia assistiva (para promover independência e função, como por exemplo uma colher com cabo engrossado para facilitar a preensão palmar).
      Os atendimentos de terapia ocupacional podem ser realizados individualmente ou em grupo. E a participação da família ou cuidadores é de fundamental importância no processo de terapia ocupacional e os mesmos sempre são incentivados a participar do tratamento.
        Na atenção à paciente oncológica o terapeuta ocupacional estará sempre atento em não esquecer que por trás da paciente, há uma MULHER, que pode ser uma mãe, uma esposa, uma estudante, uma profissional, uma pessoa que deve ser atendida em todas as suas necessidades.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Terapia Ocupacional e a tecnologia assistiva

           O terapeuta ocupacional é responsável pela criação de dispositivos de Tecnologia Assistiva devido a sua formação voltada para o "fazer", porém a área de Tecnologia Assistiva é multidisciplinar por natureza, envolvendo desde engenheiros a terapeutas, professores e familiares.
          O uso de um dispositivo de Tecnologia Assistiva representa um encontro entre um indivíduo e um aparelho para realização de uma determinada tarefa em um determinado lugar, logo temos como principais variáveis para prescrição: o desempenho do sujeito, as capacidades do aparelho, as tarefas requeridas e as características físicas e sociais do ambiente.
         No contexto educacional a Tecnologia Assistiva apresenta-se como um meio para viabilizar a interação do indivíduo com o processo pedagógico. Conseqüentemente o professor, atento e sensível às habilidades de seus alunos e responsável pelo planejamento dos conteúdos que pretende desenvolver em sala de aula, torna-se fundamental na seleção e uso dos dispositivos de Tecnologia Assistiva.
         Tecnologia Assistiva é qualquer item, peça de equipamento ou sistema de produtos, quando adquirido comercialmente, modificado, ou feito sob medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar as habilidades funcionais de um indivíduo portador de incapacidade. É também qualquer serviço que diretamente ajuda um indivíduo portador de incapacidade na seleção, aquisição ou uso de tecnologia assistiva.
        O objetivo da Tecnologia Assistiva é "proporcionar o maior grau de independência possível ao indivíduo portador de incapacidades nos aspectos cognitivos, acadêmicos, profissionais e vocacionais, proporcionando uma melhora na qualidade de vida desse indivíduo."(MELLO, sd, p.2). Um dispositivo de tecnologia assistiva, então é algo que auxiliará um determinado indivíduo a realizar uma determinada tarefa.
       O sucesso no uso de um dispositivo será a combinação entre o desempenho do sujeito e o do aparelho. Quanto mais desenvolvermos as habilidades do sujeito, menor será a complexidade do dispositivo necessário, portanto o uso de Tecnologia Assistiva não substitui as práticas de reabilitação. É conhecendo bem quem é o sujeito que se apresenta, qual tarefa ele precisa realizar, onde e com quem, que é possível pensar e projetar um dispositivo de tecnologia assistiva.


                                     Para pessoas com dificuldade de preensão palmar

domingo, 17 de abril de 2011

Reciclar é importante!!!




     Atualmente a quantidade de lixo produzida no Brasil é imensa: cerca de 15 mil toneladas por dia. Se todo esse lixo fosse colocado em caminhões de uma só vez, seria formada uma fila ocupando 150 km de estrada com 16.400 veículos. E o pior; em apenas três dias essa fila cresceria e ultrapassaria a distância entre Salvador e Aracaju (356 Km).
   Cerca de 35% desse lixo é composto de vidro, papel, latas e plástico. Retirar esse material do meio-ambiente é de grande vantagem. Uma das mais importantes é a economia de energia com a reciclagem desses materiais. Cada lata de alumínio reciclada economiza energia elétrica suficiente para manter uma lâmpada de 60 watts acesa por quatro horas. Se reciclarmos 100 toneladas de plástico, evitaremos a utilização de uma tonelada de petróleo. Além disso, outros 35% desse material descartado (o lixo orgânico), poderiam ser transformados em adubo, isso significa que 70% da poluição do meio-ambiente seria transformada em algo utilizável para todos. 
    Reciclar só traz vantagens. Gera emprego, reduz a quantidade de lixo jogada nos lixões, atenua a utilização dos recursos naturais e principalmente, diminui a poluição. Mas para as cidades que possuem milhões de habitantes, como realizar a reciclagem? Em primeiro lugar é preciso separar os tipos de lixo. Para isso necessita-se de um sistema, que é um pouco caro, chamado “Coleta Seletiva de Lixo”. 
    Na Coleta Seletiva, o lixo orgânico é separado de papel, vidro, plástico e metais, que são os considerados reaproveitáveis. Em algumas cidades podemos encontrar caixas de lixo coloridas – uma cor para cada tipo de lixo – onde são depositados esses materiais recicláveis. 
   No momento que estamos vivendo é importantíssimo conscientizar as pessoas para a necessidade da reciclagem, para com isso poder melhorar a qualidade de vida de toda uma população, na qual a desigualdade social é uma triste realidade e se evidencia com a utilização irracional do patrimônio natural. 
   A degradação ambiental é uma realidade e é preciso alertar para suas consequências. Estamos esgotando as reservas naturais do planeta e seus recursos naturais em uma velocidade vertiginosa e não se cria nenhuma forma que possibilite a construção de um modelo de vida sustentável para o futuro.

                      FEIRA DE ARTESANATOS FEITOS COM GARRAFA PET 



 



sábado, 16 de abril de 2011

Áreas de atuação da Terapia Ocupacional

           TERAPIA OCUPACIONAL EM NEUROLOGIA ADULTO / INFANTIL

   Destina-se a melhorar a função, reduzir as limitações e melhorar o bem-estar geral dos pacientes que sofreram de doenças, lesões traumáticas e distúrbios do sistema nervoso.
    O objetivo da Terapia Ocupacional para adultos com alterações neurológicas são: estimular a reaquisição de habilidades percepto-cognitivas; estimular a independência nas atividades diárias e/ ou orientar tais tarefas; verificar a necessidade / prescrever e/ ou confeccionar adaptações; trabalhar na reinserção do indivíduo às atividades sociais e/ ou profissionais; e com crianças portadoras de alterações neurológicas são: favorecer as aquisições percepto-cognitivas próprias para a idade; possibilitar o brincar; favorecer o desenvolvimento motor de acordo com o quadro clínico e a idade do paciente; estimular a independência nas atividades da vida diária e/ ou orientar tais tarefas; verificar a necessidade, prescrever e/ ou confeccionar adaptações; favorecer melhor posicionamento; atuar na orientação familiar e na inclusão escolar com adaptações de mobiliário, instrumentos e orientação aos professores.
     
           TERAPIA OCUPACIONAL EM ORTOPEDIA & TRAUMATOLOGIA 

     Melhorar a capacidade funcional do paciente, seja ele portador de uma disfunção temporária ou permanente.
     O objetivo é a prevenção de deformidades, o treino da independência nas atividades de vida diária, à promoção da analgesia, ao controle do edema, ao ganho de movimento e/ou força, resistência, ao manuseio da cicatriz, reeducação sensitiva e à confecção de órteses e/ou próteses e/ou adaptações. Trata dos distúrbios do sistema nervoso periférico, tais como: síndrome do túnel do carpo, compressões radiculares ou de nervos, neuropatia por diabetes ou após quimioterapia; distúrbios vasculares como linfedema, úlceras varicosas, amputações de extremidades, etc; dor aguda ou crônica, após trauma ou cirurgia; disfunções posturais, tais como: escoliose, dorso curvo, má postura; lesões de músculos, tendões, articulações, devido a prática desportiva ou decorrentes de sobrecarga ou movimentos repetitivos; dores articulares, conseqüentes de doenças reumáticas, como: osteoartrose, artrite reumatóide e artrite gotosa (gota).

             TERAPIA OCUPACIONAL EM SAÚDE MENTAL 

       A terapia ocupacional em saúde mental é um instrumento de grande valia que permite trabalhar diversas habilidades e aspectos do ser humano. A transformação do material, o fazer concreto e a possibilidade de expressão e compreensão da psicodinâmica são atributos possíveis dentro da atividade artística no setting terapêutico. Esse fazer contribui de forma decisiva para a construção ou reconstrução de uma identidade, da autonomia e da funcionalidade das pessoas, o fazer permite que o indivíduo tenha experiências aproximadas de sua práxis cotidiana.

             TERAPIA OCUPACIONAL NA SAÚDE DO TRABALHADOR  

        É a ciência que realiza um trabalho integrado com outras ciências relacionadas à saúde, onde o Terapeuta Ocupacional está apto a compreender as relações saúde-sociedade, como também as relações de exclusão-inclusão social, considerando as realidades regionais e as prioridades assistenciais, buscando a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e orientando a participação dos mesmos em atividades selecionadas para facilitar, restaurar, fortalecer e promover a saúde.
        A intervenção Terapêutica Ocupacional se desenvolve através de atividades terapêuticas com enfoque educativo, preventivo, curativo ou reabilitador em uma abordagem individual ou grupal objetivando possibilitar a redução da fadiga, do cansaço, desgaste do trabalhador, acidente de trabalho e o absenteísmo e aumentar o conforto, a motivação, a produtividade, a rentabilidade e a satisfação com o seu trabalho, entre outros.

            TERAPIA OCUPACIONAL NA GERONTOLOGIA / GERIATRIA

        De um modo geral, é função do Terapeuta Ocupacional restabelecer as perdas físicas, mentais e sociais, que causam desajuste no idoso. 
         Este age como um facilitador que capacita o mesmo a fazer o melhor uso possível das capacidades remanescentes, a tomar suas próprias decisões e lhe assegurar uma conscientização de alternativas realísticas. Através do estímulo ao auto-conhecimento e ao autocuidado, gerando uma melhoria na auto-estima, o idoso tem condições de lidar com seus potenciais e a partir daí construir uma maneira própria de se relacionar com o meio social, atuando nele mais autonomamente. Basicamente, procura-se que o idoso tenha um desempenho mais independente possível, enfatizando as áreas de auto-cuidado, do trabalho remunerado ou não, do lazer, da manutenção de seus direitos e papéis sociais.
         A atividade é um meio através do qual se vivencia significado existencial através da expressão de valores, da auto-responsabilidade, da (re)descoberta de competências e habilidades, do compromisso, e de sistematicidade, podendo envolver ainda convívio social pautado por bem-estar.

            TERAPIA OCUPACIONAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 

        Estimula e incentiva as habilidades esperadas em cada faixa etária; intervêem no recém-nascido de risco prevenindo sequêlas e atraso no desenvolvimento; auxilia no processo de aprendizagem escolar da criança com déficits e dificuldades pedagógicas; orienta à familia para descoberta de potencialidades e de como lidar com a criança especial ou não; favorece o máximo de independencia para as atividades da vida diária, pois tal independencia permite a liberdade de desempenho nas atividades educacionais, lazer, exercendo real significado para o individuo. Tudo isso através do brincar.
 
        

 
    

  

Benefícios do alongamento


   Os exercícios de alongamento são muito importantes para a nossa musculatura, devem ser realizados diariamente por todas as pessoas,de todas as idades, e principalmente antes e depois de atividades física. Os alongamentos devem ser realizados para que nenhum dano e/ou problema muscular possa te prejudicar ou lesionar.
   As vantagens ao fazer exercícios de alongamento já são sentidas de imediato, conheça elas.
   Seu corpo vai se sentir muito mais relaxado, e as tensões musculares são diminuidas.
   Você terá menos chances de ter uma lesão muscular, distenção ou algum tipo de entorse pois o alongamento da mais resistencia aos músculos. 
   A circulação sanguínea é ativada, a sua postura também são melhorados, previne dores e cansaços fisicos, reduz ansiedade e o estresse.
   Ao fazer exercícios de alongamento respire calmamente e suavemente, procure alongar os musculos de forma bem calma e lenta, a cada exercício de alongamento executado o tempo ideal deve ser de 10 a 15 segundos.


 

domingo, 10 de abril de 2011

Conheça a bandagem terapêutica, método japonês que recupera lesões


Técnica criada no Japão há mais de 25 anos, a bandagem terapêutica, também chamada de Therapy Taping, é cada vez mais usada no Brasil, especialmente em casos de recuperação de lesões musculares e de má formação congênita de membros. Segundo o fisioterapeuta Nelson Morini, da Reactive, o método trabalha a partir do sistema tegumentar, do qual fazem parte a pele e seus anexos, como os pelos. “A pele interfere diretamente nas funções fisiológicas do corpo humano, pois seus sensores se comunicam com os sistemas abaixo dela, como o muscular e o circulatório”, explica ele, que trouxe o tratamento para o país em 1998 e é presidente da Therapy Taping Association.

De acordo com o resultado desejado, mudam a posição, a direção, a tensão e o corte da bandagem. Menos 50% de tensão, por exemplo, serve para estimular a musculatura, enquanto mais 50% de tensão funciona para corrigir alguma coisa. “Um caso em que usamos mais 50% de tensão é o de crianças que nascem com os pés tortos. Já menos 50% de tensão ajuda a diminuir a rigidez de um músculo após um derrame”, diz Nelson.

O fisioterapeuta afirma que a técnica pode ser usada por qualquer faixa etária, desde que se respeite a pele mais frágil de bebês e idosos. “Nesses casos, usa-se a bandagem com pouca ou nenhuma tensão”, ensina ele. Atletas e pessoas com dores musculares também se beneficiam do método. “O tratamento funciona até para feridas que custam a fechar. Colocamos a bandagem ao redor da área atingida, a fim de aumentar a circulação no local e estimular a cicatrização”, garante Nelson.

A bandagem usada pelo profissional é importada da Coréia e é feita em algodão e elastano, com uma cola de acrílico que permite sua fixação. “Um material de boa qualidade é hipoalergênico porque cada fio de elastano é envolvido por um de algodão. Além disso, o tecido é poroso e permite que a pele respire”, conta Nelson. Em média, a bandagem fica aplicada por um período de três a cinco dias, sendo substituída por uma nova. “O número de trocas vai depender do tempo de uso, que varia de acordo com a gravidade da lesão. Pode durar de duas semanas a seis meses”, acrescenta ele.

Uma vez aplicada a bandagem, é recomendável que o paciente aguarde meia hora antes de fazer qualquer atividade que envolva água ou suor. Depois desse período, a cola seca, o material adere à pele e a pessoa fica liberada para levar uma vida normal. “Uma das vantagens do método é não limitar os movimentos. Dá para tomar banho e fazer exercícios como nadar e correr”, assegura Nelson.


Integração Sensorial

Todos sabemos que o olfato, o paladar, o tato, a audição e a visão são os 5 sentidos. Mas engana-se quem pensa que possuímos somente estes cinco. Existem também os sentidos proprioceptivo e vestibular.



A propriocepção é a capacidade de reconhecer a localização espacial do próprio corpo, a sua posição, a força exercida pelos músculos, e a posição em relação às outras partes sem precisar utilizar a visão. Essa percepção permite-nos, por exemplo, desviar de um objeto mesmo sem saber a que distância precisa ele se encontrar, ou mesmo tocar uma parte do corpo com os olhos fechados. Os seus receptores encontram-se, em maioria, nas articulações. Graças a propriocepção podemos andar, segurar e manipular objetos e coordenar movimentos.

O sentido vestibular tem os seus receptores localizados no ouvido e são sensíveis à alterações angulares da cabeça. É responsável pelo equilíbrio do corpo, além de atuar na identificação da posição do corpo, permitindo que se saiba quando está deitado, sentado, em pé ou em qualquer outra posição. Também é graças ao sistema vestibular que conseguimos coordenar movimentos dos dois lados do corpo em conjunto, como andar de bicicleta e cortar com uma tesoura.

O cérebro recebe a informação desses estímulos sensoriais captados pelos "7 sentidos" que são interpretados, processados e organizados por ele para a formação de uma estrutura de comportamento e aprendizagem. A essa organização realizada pelo cérebro dá-se o nome de integração sensorial. Qualquer alteração na hora de processar as informações causada por diversos motivos, como uma lesão no sistema nervoso central, ou simplesmente uma imaturidade do mesmo, causa uma disfunção da integração sensorial. Esse distúrbio na recepção e organização das informações sensoriais recebidas afeta o desempenho nas diversas áreas podendo ocasionar atraso escolar, dificuldade na relação com os outros, dificuldade de atenção e concentração, auto-estima prejudicada, alteração no tônus muscular, dificuldade de equilíbrio e na coordenação motora global e fina. Alguns dos sintomas da disfunção da Integração Sensorial são interpretados e tratados erroneamente, e muitas vezes são confundidos com problemas emocionais.

Alguns comportamentos que podem indicar uma Disfunção da Integração Sensorial:

- dificuldade em manter a atenção em sala de aula ou brincadeiras mais complexas;
- comportamento hiperactivo;
- sentido tátil mal desenvolvido, aversão ao toque, não gosta de se sujar;
- dificuldade em se alimentar, não aceita alimentos com texturas diferentes;
- oscilação de humor de forma que chama a atenção;
- dificuldade em graduar a força;
- problemas de linguagem (fala, leitura e escrita);
- evita ambiente com muitas pessoas e ambientes barulhentos;
- problema na articulação da fala sem razão aparente;
- esbarra constantemente nos objetos ao redor, derruba coisas sem querer;

Quando houver suspeita de uma disfunção da Integração Sensorial deve-se procurar um Terapeuta Ocupacional  que realizará uma avaliação para identificar o problema. O tratamento baseia-se no princípio de uma reorganização do modo de funcionamento dos sistemas sensoriais. Para isso são utilizadas atividades lúdicas, brincadeiras e jogos que trabalham os sistemas integrados. O tratamento modifica a dieta sensorial utilizando organizadores para regulação. Os organizadores podem ser desde o toque do terapeuta, a criação de ambiente favorável e até um material para desenvolver uma função específica. A criança reorganiza o seu modo de funcionamento para as funções cotidianas. Para isto é necessário que a família e a escola estejam integrados aos objetivos do tratamento.



A família também pode ajudar. É através do brincar a melhor forma de desenvolver a integração sensorial.

- jogos corporais, ir a parques com diferentes estímulos e desafios (balanço, gira-gira, ponte movediça), tendo o cuidado de respeitar o limite de cada criança.
- evitar o excesso de limpeza, se possível deixar descalço, fornecer momentos de contato corporal de uma forma prazerosa, dar toques diferentes leve e profundo.
- balançar no colo, na rede ou no cobertor.
- dançar.
- favorecer atividades de pintura, massa de modelar e argila.
- construir histórias onde represente as ações de forma concreta (passar por túneis, escadas, cordas) e por meio de desenhos e pinturas.


Deve-se lembrar que estas brincadeiras só são válidas com o consentimento da criança, não devendo esta ser forçada a nada.

Treino de AVD's - Amarrar sapatos usando apenas uma mão

Um vídeo interessante onde é ensinado, de uma forma simples, uma técnica para ensinar a amarrar sapatos utilizando apenas uma mão. Este tipo de ensino pode ser importante, por exemplo, para casos de pacientes hemiplégicos.



Espero que seja útil Ocupacionalmente.

Eventos

CURSOS 24 HORASPara pessoas que não têm tempo para fazer  aquele curso que estava desejando há meses
Conheçam os cursos 24 horas e estude nos horários que quiser e/ou tiver tempo, de maneira prática, fácil e barata. Mais de 120 mil alunos já foram formados, agora só falta você.

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CASO HAJA INTERESSE PEDE-SE PARA ENVIAR O CURRICULO E SE MANISFESTAR QUANTO AO REAL INTERESSE NAS VAGAS.
DIAMANTE DO NORTE- C.H. 16 HS - SALARIO 720,00
TERRA RICA - C.H. 24 HS - SALARIO 1.188,00
Caso não tenham interesse, pede-se a gentileza de divulgar aos colegas em páginas da internet que tenham acesso
 
Nelma: Diretora APAE DIAMANTE DO NORTE
(44) 3429-1458


       Vaga Nasf em Monte Alegre de Minas
   A Prefeitura de Monte Alegre de Minas estão contratando profissionais para formação do Nasf, existe a vaga para Terapeuta Ocupacional, carga horária 20hrs (os dias podem se alternados).
Interessados entrar em contato pelo telefone (34) 9226-7043 ou pelo email : melclamobo@hotmail.com.


 












 

sábado, 9 de abril de 2011

Terapia Ocupacional e Fisioterapia: Qual a diferença???

     Algumas pessoas desconhecem a diferença entre a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional, acreditando que uma substitui a outro, ou mesmo que não existe diferença entre as profissões. Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais são profissionais que cuidam da saúde, de maneira diferente, e trabalham de forma complementar. Assim, uma pessoa pode ser atendida por um fisioterapeuta e um terapeuta ocupacional para cuidar de um mesmo problema ou mesmo de problemas diferentes.
   O terapeuta ocupacional trabalha com atividades humanas, planeja e organiza o cotidiano (dia-a-dia), possibilitando melhor qualidade de vida. Seu interesse está relacionado ao desenvolvimento, educação, emoções, desejos, habilidades, organização do tempo, conhecimento do corpo em atividade, utilização dos recursos tecnológicos e equipamentos urbanos, ambiência, facilitação e economia de energia nas atividades cotidianas e laborais ( trabalho), objetivando o maior grau de independência e de autonomia possível.                O terapeuta ocupacional se ocupa da realização de atividades desde as mais simples, como escovar os dentes ou levar alimentos à boca, às mais complexas, como dirigir um automóvel ou dirigir uma empresa, promovendo, prevenindo, desenvolvendo, tratando, recuperando pessoas que apresentem quaisquer alterações na realização de atividades de autocuidado ou de interação social, melhorando o desempenho funcional e reduzindo desvantagens.
   O Fisioterapeuta trabalha com recursos físicos, voltados à promoção, prevenção tratamento e recuperação de pessoas que apresentem alterações do movimento e suas conseqüências. Seu interesse está relacionado ao bom funcionamento do corpo, desde as funções básicas de respiração até as funções mais complexas, que envolvem vários sistemas do corpo. Utiliza recursos manuais e tecnológicos objetivando o maior grau de independência possível na realização dos movimentos necessários à realização das atividades cotidianas, proporcionando melhor desempenho funcional e reduzindo danos.

                                                                                             Terapia Ocupacional


                                                Fisioterapia

O que é Terapia Ocupacional????


      A Terapia Ocupacional é um “campo de conhecimento e de intervenção em saúde, na educação e na esfera social que reúne tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia de indivíduos que apresentam, por razões ligadas a problemáticas específicas (cognitivas, físicas, sensoriais, psicológicas, mentais e sociais), temporária ou definitivamente, dificuldades na inserção à participação na vida social. As intervenções dimensionam-se pelo uso de atividades, elemento centralizador e orientador na construção complexa e contextualizada do processo terapêutico” (CREFITO-3).
    As áreas de desempenho são amplas categorias de atividade humana que fazem parte tipicamente da vida cotidiana. Elas são atividades da vida diária, atividades de trabalho e produtividade, e atividades de lazer ou recreação. (...)
                                              GALLEGA (2001) define os objetivos fundamentais da Terapia Ocupacional: a promoção da qualidade de vida, a autonomia e aindependência do indivíduo, tanto no seu desempenho funcional quanto ocupacional.

Atividade Terapêutica

                   O diferencial nesta profissão é o uso da ATIVIDADE TERAPÊUTICA. Essas atividades podem ser: físicas, lúdicas, pedagógicas, artesanais, treino para independência pessoal, para o trabalho, dentre outros. Por exemplo, pintura, desenho, jogos, teatro, treino de AVD e AVP e etc.
                   Cabe ressaltar que essas atividades são especificas para cada paciente e irá ajudar as pessoas a alcançarem seu nível máximo de funcionalidade e independência.
                                 
Atividades da Vida Diária (AVD) e Atividade da Vida Prática (AVP)

                  O terapeuta ocupacional é o responsável por avaliar e trabalhar as Atividades da Vida Diárias (AVD´s) e as Atividades da Vida Prática (AVP´s). As AVD´s incluem as atividades alimentares, vestuários e higiene e as AVP´s está associada ao lazer, brincar e trabalho.

Como é a Atuação ?
   
                 O terapeuta ocupacional avalia as funções do individuo (Física, Psicológica e Social), identifica suas dificuldades e limitações e desenvolve um programa de atividade.
                 O processo terapêutico ocupacional baseia-se na relação estabelecida entre o terapeuta ocupacional, o paciente e a atividade, utilizando uma análise das atividades para que se alcance os objetivos propostos para o tratamento. 

Diagnósticos Indicados:

* Acidente Vascular Cerebral – AVC
*Alzheimer
* Parkinson
* Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor
*Autismo
* Bebês de alto-risco
* Deficiente Mental
* Deficiente Visual
* Depressão
*Dificuldade Aprendizagem
* Dificuldade de Memória
* Doenças Neurológicas
*L.E.R
* Paralisia Cerebral (PC)
*Síndromes Genéticas (Síndrome de Down, Rett...)
* Transtornos Mentais

Profissionais
 
                 A terapia ocupacional, como sendo uma profissão da área da saúde atua em conjunto com os profissionais de diversas áreas, tais como: clinico geral, pediatra, psiquiatra, geriatria, neurologista (adulto e infantil), ortopedista (adulto e infantil), fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicóloga.
                 Podendo oferecer ao paciente uma abrangência global às suas necessidades, seja sob seus aspectos físicos, biológicos, mentais ou sociais.
 


História da Terapia Ocupacional

Procurei fazer uma breve síntese do histórico da Terapia Ocupacional, afinal, sempre é bom relembrar como tudo "iniciou" e  perceber o quanto evoluímos assim como também se precisa fazer para que possamos conquistar nosso devido espaço.

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A história da Terapia Ocupacional é recente, mas a atividade humana, enquanto recurso terapêutico foi utilizada, de forma pouco consciente e pouco científica, desde os tempos mais remotos. O homem percebe que as atividades possuem características capazes de influenciá-lo, afetá-lo e transformá-lo e as utiliza a princípio de forma intuitiva, para trabalhar aspectos físicos e emocionais.                                                                                                                        Com a Revolução Industrial, no final do século XIX, surgiram os acidentes industriais e com eles o número de pessoas incapacitadas aumentou. Era fundamental que aparecesse uma nova forma de tratamento para as incapacidades que surgiam a partir daí.                                  
                                             Nas duas primeiras décadas do século XX ocorreu o início formal da Terapia Ocupacional, com o renascimento do tratamento moral, impulsionado pela necessidade de tratamento de soldados feridos na Primeira Guerra Mundial.                                                                                    
                                             Em 1915 William Rusch Dunton publica o livro Occupational Therapy: manual for nurses, surgindo, então, pela primeira vez, o termo Terapia Ocupacional e a primeira escola na área, em Chicago (EUA); e em 1957 surge a World Federation of Occupational Therapy (WFOT), que contribuiu positivamente para o desenvolvimento da profissão, universalizando o programa educativo e expondo padrões básicos exigidos para a formação do terapeuta ocupacional.                          
                                             No Brasil, o primeiro curso de Terapia Ocupacional, instalado pela ONU, com duração de um ano, foi ministrado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sendo regulamentado em 1964.                                                                                                                                                 No dia 13 de outubro de 1969, a profissão adquiriu seus direitos, por meio do Decreto-lei nº. 938/69, no qual foram definidas as atribuições da Terapia Ocupacional e reconhecida a sua formação como um curso superior.