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terça-feira, 26 de abril de 2011

Intervenção da Terapia Ocupacional no portador com o vírus HIV

            Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, também conhecida como HIV e encontra-se no sangue, esperma, secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue da pessoa.                Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar,   isso ocorre, porque o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver, começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. Mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la. 
           As formas de Contágio detectadas até hoje são:  transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue, também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou amamentação.  
            Os principais sintomas da Aids são:  febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer, como: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago), caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.             A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio, citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais, que atualmente, existem dois tipos de preservativos, masculina e feminina, outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos, instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.
           Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids, o que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença, pois melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa e sua função é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ), embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.             Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids, porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL

             A avaliação realizada pela Terapia Ocupacional enfoca, principalmente,  habilidades e déficits presentes nas áreas relacionadas com o desenvolvimento das atividades de vida diária e de vida prática, abordando os aspectos físicos, motores, cognitivos, sensoriais e psicossociais.
           A maioria dos portadores do vírus HIV apresentam alterações motoras e cognitivas significativas, com prejuízos no desempenho funcional, principalmente no autocuidado.

De modo geral, os déficits motores encontrados são:

• lentidão de movimentos;
• alteração de equilíbrio;
• prejuízo da deambulação;
• alteração do tônus muscular (hipertonia/ hipotonia);
• hemiplegias;
• alteração de força muscular;
• alteração da coordenação motora (grossa/ fina);
• diminuição da agilidade manual;
• alteração da sensibilidade (térmica/tátil/ dolorosa/estereognosia).

Quanto aos déficits cognitivos, encontramos:

• alteração de memória (presente/passada);
• alteração da atenção e concentração;
• desorientação temporo-espacial;
• lentidão de raciocínio.
         A intervenção da Terapia Ocupacional é voltada para a manutenção da autonomia/independência do paciente nas suas atividades de vida diária, permitindo a ele desenvolver novas habilidades, rever suas necessidades, prioridades e projetos, garantindo, assim, uma melhora na sua auto-estima, com ganhos na qualidade de vida.
          Em todo o processo de intervenção, tanto ambulatorial quanto a internação, a Terapia Ocupacional atua também sensibilizando e orientando a familia e/ou cuidador, visto que este é fundamental para a eficácia da intervenção.
           

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