Além de garantir muita diversão, Nintendo Wii passa a ser um importante aliado em tratamentos terapêuticos.
O Wii é um videogame diferente dos outros por possuir um sistema de controle que obriga os jogadores a interagir. As ações do personagem na tela acontecem de acordo com a ação do jogador no mundo real, fazendo com que ele pratique exercícios físicos em frente à televisão.
O especialista em tecnologia Luís Henrique Amaral, representante da Nintendo no Brasil, acredita que jogos como o Wii Fit foram desenvolvidos com a intenção de mudar os hábitos dos jogadores. “O fato de auxiliar no controle do peso, e proporcionar a oportunidade de aumentar e melhorar a coordenação motora, já mostra que não é apenas um entretenimento sem outros fins”, argumenta. Ele ainda ressalta que a proposta do console é fazer com que o público jogue de uma maneira diferente e mais interativa. O motivo seria atrair pessoas que não têm o hábito de usar os videogames e que até hoje não viam a menor graça em jogos virtuais.
Essa ferramenta de entretenimento pode fazer muito mais e ajudar pacientes a recuperar o equilíbrio, coordenação, resistência e força muscular. Assim, surgiu a idéia em realizá-lo, em um hospital canadense, tratamentos com o Wii.
“Por ser um recurso novo no Brasil, ainda não há pesquisas que apontem o resultado no país”, conta o fisioterapeuta Fábio Navarro Cyrillo. Mas, um estudo realizado no Canadá com 20 pacientes, vítimas de acidente vascular encefálico, mostrou o seguinte resultado: dez pacientes que fizeram tratamento convencional e mais 20 sessões de terapia virtual obtiveram mais benefícios quando comparados a outro grupo de dez pessoas que realizou apenas a tratamento terapêutico tradicional.
C.G., 18 anos, sofre de distrofia muscular - doença que causa fraqueza progressiva e degeneração dos músculos usados durante o movimento voluntário - e já sentiu benefícios no tratamento, que precisará fazer a vida toda. A sessão semanal com o Wii destina 20 minutos, aliados a 40 minutos de tratamento convencional, ao videogame, que virou a sua motivação. “Quando estou jogando, me distraio e, sem perceber, consigo dobrar o joelho direito. Normalmente tenho dificuldade em fazer esse movimento”, revela.
A utilização da realidade virtual é apenas o início da reestruturação dos processos envolvidos na reabilitação. O videogame deve ser utilizado juntamente com o tratamento comum,pois jamais será possível substituir o papel dos profissionais no processo do tratamento terapêutico.
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